Programação

    • Olas, 

      Como tarefa para avaliação final do curso de Música Contemporânea, História, Análise e Processos cada um de vocês deverá entregar um texto baseado em uma das opções abaixo: 

      • um artigo sobre um dos tópicos abordados no curso

      ou 

      • uma resenha sobre um dos textos discutidos no curso

      A data de entrega é 18/07/2023.

      Abraços,

      Fernando, Paulo e Rogério

  • Tópico 1

    Módulo: Prof. Paulo de Tarso Salles

    • Quarta-feira
    • Início: 14:40
    • Final: 17:20

    Aula 01 - 

    Música minimalista e música repetitiva.

    Vídeo: Koyaanisqatsi (1983) de Godfrey Reggio, com música de P. Glass.


    Steve Reich e Philip Glass: leitura das entrevistas feitas por William Duckworth no livro: Talking Music: Conversations with John Cage, P. Glass, L. Anderson, and Five Generations of American Experimental Composers. Ver em Duckworth, 1999, p. 290-317 (Reich); p. 318-344 (Glass). A biblioteca tem o original, mas aqui estão cópias em PDF (Steve Reich - entrevista e Philip Glass - entrevista). 

    Reich, Clapping Music



    Riley, In C


    Reich, Music for 18 Musicians



    Aula 02 - 

    Microtonalidade e luthieria.

    Harry Partch e Walter Smetak

    Sobre Harry Partch, ler seu livro Genesis of a Music (ver o arquivo PDF abaixo) e dar uma olhada no site https://www.elbphilharmonie.de/en/blog/the-fabulous-instruments-of-harry-partch/78, onde se podem ver os instrumentos que ele criou para realizar a música que ele tinha em mente. O site https://www.harrypartch.com/music traz informações sobre vida e obra. Ouvir a obra "Barstow", trecho de Wayward (1941-1955) será a base de discussão do estilo e estética de Partch: 

    Quanto a Walter Smetak, a tese de Marco Scarassatti (2001): Retorno ao futuro: Smetak e suas plásticas sonoras, oferece uma boa noção de seus processos criativos, que podem ser encontrados na música de ex-alunos como Tom Zé e do grupo Uakti.

    Ouvir os álbuns Interregno ( ) e Smetak ( ).

    Exposição "Smetak Imprevisto": 

    Referências: 

    http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9570/walter-smetak#:~:text=At%C3%A9%20sua%20estada%20no%20Rio,piano%20e%20orquestra%20de%20cordas.

    https://waltersmetak.com.br/biografia.html

    Aula 03 - 

    John Cage e a Escola de New York (Morton Feldman, David Tudor, Earle Brown e Christian Wolff)

    • Music of Changes (1951) - 
    • Sonatas and Interludes for Prepared Piano (1946-1948) - 
    • HPSCHD (1969), com Lejaren Hiller - 

    Morton Feldman

    • For Bunita Marcus (1985), para piano - 

    Earle Brown

    • December 1952 - 

    Aula 04 - 

    George Crumb: simbolismo e intertextualidade

    A música de Crumb (1929-2022), de certa forma, apresenta características comuns a diversas tendências observadas ao longo do século XX e realiza uma espécie de síntese estilística, vista em compositores no início do séc. XXI. Notam-se as demandas técnicas para os intérpretes, com passagens com ritmos complexos, semelhantes a certos gestos comuns entre os compositores do modernismo; mas também é possível destacar elementos como a preparação do piano, assim como sua amplificação, que demandam do intérprete um estudo aprofundado da partitura e da sonoridade resultante. Quanto ao aspecto estético, Crumb demonstra apreço pelo ecletismo, que lhe permite inserir passagens tonais - por vezes citações literais - de obras do repertório barroco, clássico e romântico, lado a lado com estruturas que flertam com um amplo espectro harmônico que vai do modalismo simples ao polimodalismo (incluindo coleções de tons inteiros e octatônica).

    Sites e escutas sugeridos:
     http://www.georgecrumb.net/

    Makrokosmos, v. I



    Makrokosmos, v. III - Music for a Summer Evening



    Mundus Canis, para violão e percussão



    Madrigals, Book I, para soprano, percussão, harpa e contrabaixo (1965), sobre poemas de Federico Garcia Llorca.


    Esta aula encerra minha participação no semestre. 



  • Tópico 2 - Rogério Costa - Música e tempo

    No ambiente da improvisação: tempo real e tempo diferido:

    No processo vivo da improvisação os performers lidam com uma multiplicidade de tempos e imagens: o passado longínquo que constitui os sujeitos (suas biografias e seus ritornelos pessoais) traz memórias e imagens de longo prazo (sistemas e idiomas com seus materiais e procedimentos), o passado imediato (que inclui o que é produzido pelos outros improvisadores) traz memórias e imagens da performance presente e possibilita as decisões em tempo real que almejam o futuro (se relaciona com a ideia de referente). Este mesmo passado possibilita, em certa medida, algum planejamento das ações futuras. Neste sentido, a improvisação ocorre num ambiente de multiplicidades na medida em que várias imagens mentais são geradas simultaneamente. A consciência do performer não para de realizar escolhas e estas escolhas resultam de processos de enfoque (percepção intencionada). Diante da profusão de imagens mentais (sonoras, visuais, táteis etc.) geradas no ambiente de performance a partir do fluxo sonoro, a atenção flutuante deve fazer escolhas em tempo real. Estas escolhas são, necessariamente, condicionadas por fatores emocionais. O pensamento “perambula” pelos diversos planos mentais: percepção, atenção e foco, concentração, meditação, emoção, afetação e intuição. Neste ambiente, o que são os pensamentos e ideias musicais? Uma improvisação pode se desdobrar a partir de um comportamento geral (por exemplo, atenção e cautela), a partir da utilização de um tipo de material sonoro (por exemplo, multifônicos dissonantes), de um tipo de atitude (ouvir com atenção todos os sons e interagir), a partir de um tipo de atuação instrumental (explorar possibilidades inauditas do instrumento), algum tipo de associação extra musical (imagem, sentimento, memórias, palavras) ou por uma combinação de todos estes tipos de elementos. 

    Para ser claro, músicos que prezam pela espontaneidade, sociabilidade e irrecuperabilidade da performance improvisada também trabalham 'fora do tempo' para desenvolver suas ferramentas e técnicas, suas habilidades e estratégias, e seus conceitos e comunidades (e muito mais),  assim como todo artista faz. E a música composta que incorpora improvisação – ou melhor, obscurece quaisquer distinções óbvias – está provavelmente em ascensão, com tantos artistas contemporâneos que cruzam fronteiras encontrando maneiras inovadoras de misturar músicas 'compostas anteriormente' e 'compostas no presente', ou ' criatividade em tempo de design' e 'tempo de jogo'.

    Exemplos:

    Orquestra Errante - https://www.youtube.com/watch?v=HW3GQu0H2NI&t=3s 

    Joëlle Leandre e Akosh S. - https://www.youtube.com/watch?v=AwZ95-wex4c 

    youtube.com/watch?v=AYbCmJefr7Q 

    Rádio Diáspora - https://www.youtube.com/watch?v=EFGvFXlVbro 

    https://www.youtube.com/watch?v=d63sV26E034 

    Tempo liso e estriado - Boulez

    Ainda sobre espaço e tempo, a definição de forma musical, definida pelo compositor francês Pierre Boulez, que parte de duas perspectivas sobre o tempo e espaço, a saber, tempo e espaço liso e estriados. O tempo e espaço estriado é um segmento (uma trajetória contínua que corresponde ao meio desses dois pontos) com fissuras, estrias, um só bloco contínuo, que torna o tempo amorfo e de puro presente. Um campo temporal estático, onde é possível perceber a sensação de um pulso, sendo ele periódico ou irregular. Um espaço que não mais permite pensar o tempo como passado-presente-futuro, mas como tempo presente de futuro instável com projeções variáveis, como acontece na música Messagesquisse (1976) de Pierre Boulez. O espaço e tempo liso é o contínuo sem cortes, presença de um presente puro, apenas o presente, como em um longo plano textural, ou seja é a perda de uma sensação de pulso que delineia um determinado plano musical. Boulez se vale da imagem do músico que, no espaço estriado, conta para ocupá-lo – como quem ocupa os horários de um dia de agenda –, e no tempo liso, se ocupa sem contar – como em uma caminhada despretensiosa.



  • Tópico 3 - Fernando Iazzetta

    Visões históricas e socioculturais da Música Contemporânea

    Playlist com repertório a ser discutido:
    https://www.youtube.com/playlist?list=PLdqxvqYyXeZpNnECBQdyR9jQfK7IxRdPo

    Sugestão de leituras para discussão:

    • Campesato, L., Iazzetta, F. (2019) "Práticas locais, discursos universalizantes: relendo a música experimental". In: Desobediência Sonora: Selos de Música Experimental e suas Tecnologias de Sustentabilidade, Editado por Cristiano Figueiró, 7-42. Salvador, EDUFBA.
      Link para baixar.

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