Programação

  • Tópico 1

    Aulas

    Sextas-feiras, das 10:00 às 11:45

    CMU, sala 14

    Avaliação

    cada aluno irá compor três peças curtas (de 1 a 5 minutos de duração), explorando em cada uma delas uma das diferentes estratégias composicionais discutidas nas aulas. As peças podem ser tocadas ao vivo ou a partir de uma gravação (ou midi), com comentários do autor e debate com a classe. Cada peça deve ser acompanhada de um breve texto no qual são comentadas as estratégias adotadas e como elas se relacionam com o conteúdo estudado.

    Data de entrega das peças para avaliação

    dias 24 novembro, 01 e 08 de dezembro de 2023. 

    Bibliografia

    ANTOKOLETZ, Elliott. The music of Béla Bartók: a study of tonality and progression in Twentieth-Century musicBerkeley, CA: University of California Press: 1984.

    ANTOKOLETZ, Elliott. Twentieth-Century Music. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992.

    BERIO, L. e DALMONTE, R. Berio: entrevista sobre a música contemporâneaRio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

    BERGER, Arthur. "Problems of Pitch Organization in Stravinsky". Perspectives in New Music, v.2, n.1, Autumn-WInter 1963, pp. 11-42.

    BERNARD, Jonathan. "Voice Leading as a Spatial Function in the Music of Ligeti". In: Music Analysis, v. 13, n. 2/3, pp. 227-253, 1994.

    BERRY, Wallace. Structural functions in music. New York: Dover, 1987.

    BOULEZ, Pierre. A música hoje. São Paulo: Perspectiva, 1981.

    BOULEZ, Pierre. A música hoje 2. São Paulo: Perspectiva, 1992.

    CAGE, John. Silence. Middletown, Connecticut: Wesleyan University Press, 1983.

    CLENDINNING, Jane P. Contrapuntal techniques in the music of György Ligeti. Tese de Doutorado, Yale University, 1989.

    CONE, Edward T. "Stravinsky, o progresso de um método". Tradução de Antenor F. Corrêa e Graziela Bortz. In: Música Hodie, Revista da UFG, v. 7, n. 1, 2007.

    COOK, Nicholas. A guide to musical analysis. New York: Norton, 1992.

    CORREA, Antenor Ferreira. Análise musical como princípio composicional. Brasília: Editora UnB, 2014.

    FERRAZ, Silvio. Música e repetição: a diferença na composição contemporânea. São Paulo: EDUC, 1998.

    GRAEBNER, Eric. An Analysis of Schoenberg's Klavierstück, Op. 33A. Perspectives of New Music, v. 12, n. 1/2, (Autumn, 1973 - Summer, 1974), pp. 128-140.

    GUIGUE, Didier. Estética da sonoridade: a herança de Debussy na música para piano do século XX. São Paulo: Perspectiva, 2011.

    KOSTKA, S. Materials and techniques of twentieth-century music. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2006.

    LEWIN, David. Musical Form and Transformation: Four Analytical Essays. Oxford; New York: Oxford University Press, 2007.

    MENEZES, Flo. Apoteose de Schoenberg. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.

    MENEZES, Flo (org.). Música Eletroacústica: história e estéticas. São Paulo: EDUSP, 1996.

    MESSIAEN, Olivier. Technique de mon langage musical. Paris: Alphonse Leduc, 1944.

    MESSIAEN, Olivier. Traité de rythme, de couleur e d'ornithologie. Tomo I, Paris: Leduc, 1994.

    MIRKA, Danuta. The Sonoristic Structuralism of Krzysztof Penderécki. Olkusz, Drukarnia: Musica Academy in Katowice, 1997.

    NATTIEZ, Jean-Jacques (ed.). The Boulez-Cage Correspondance. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

    OLIVEIRA, João Pedro. Teoria analítica da música do século XXLisboa: Calouste Gulbekian, 1998.

    OSMOND-SMITH, David. From myth to music: Lévi-Strauss's Mithologiques and Berio's Sinfonia. In: The Musical Quarterly, v. 67, n. 2, pp. 230-260, 1981.

    PERLE, George. Symmetrical formations in the String quartets of Béla Bartók. In: Music Review, n. 16, November 1955.

    PERLE, George. Twelve-Tone Tonality. 2nd ed. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1996.

    PERSICHETTI, Vincent. Twentieth century harmony: creative aspects and practice. London: Faber & Faber, 1978.

    POUSSEUR, Henry. Apoteose de Rameau. Tradução de Maurício Ayer e Flo Menezes. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

    RAHN, John. Basic Atonal Theory. New York: Schirmer Books, 1980.

    SALLES, Paulo de Tarso. Villa-Lobos: processos composicionais. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

    SALLES, Paulo de Tarso e DUDEQUE, Norton. Villa-Lobos, um compêndio: novos desafios interpretativos. Curitiba: Editora UFPR, 2017.

    SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical [1937-48]. Tradução de Eduardo Seincman. São Paulo: EDUSP, 1993.

    SHIMABUCO, Luciana Sayure. A forma como resultante do processo composicional de György Ligeti no Primeiro Livro de Estudos para piano. Campinas: Tese de Doutorado em Música, IA/UNICAMP, 2005.

    STRAUS, Joseph. Introdução à Teoria Pós-Tonal. Tradução de Ricardo Bordini. Salvador e São Paulo: EDUFBA e Editora UNESP, 2013 [2005].

    VAN DEN TOORN, Pieter C. The music of Igor Stravinsky. New Haven and London: Yale University Press, 1983.

    VISCONTI, Ciro. Simetria nos Estudos para violão de Villa-Lobos. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.

    WEBERN, Anton. O caminho para a música nova. Tradução de Carlos Kater. São Paulo: Novas Metas, 1984.

    ZUBEN, Paulo. Ouvir o som. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.

  • Tópico 2

    Aula 01: canto de pássaros

    Em busca da Natureza: compondo com materiais irregulares e regulares

    • Ritmos com valores acrescentados (MESSIAEN, 1944, p. 16-17)
    • Ritmos aumentados ou diminuídos (MESSIAEN, 1944, p. 18-19)
    • Canto de pássaros
    • Messiaen (1944, p. 34, cap. 9, os exemplos musicais estão na p. 92), Villa-Lobos, Silvio Ferraz
    • A "Melodia das montanhas" de Villa-Lobos (PAZ, 1988, p. 63)

    Messiaen: Quarteto para o fim dos tempos ("Danse de la fureur, pour les sept trompettes" - 25:26)


    Canto de tiziu:


    Canto de uirapuru:


    Canto de sabiá da mata:


    Canto de sabiá-laranjeira:


    Canto de garrincha (ou cambaxirra):


    Canto de sabiá-coleira:

    Tente transcrever trechos ou motivos das amostras de canto de pássaro acima ou de aves que você escuta cotidianamente.

  • Tópico 3

    Aula 02: 

    Canto de pássaro: discussão, mais alguns exemplos:

    Messiaen: Et Exspecto Resurrectionem Mortuorum (1964), para sopros e percussão, III mov. (vídeo, aos 8'11)


    Villa-Lobos: "O passarinho de pano" (Prole do Bebê nº 2), 1921.


    Villa-Lobos: Uirapuru (1917/1934). A transcrição do canto do uirapuru, usada pelo compositor, foi realizada pelo botânico inglês Robert Spruce, em expedição à Amazônia entre 1849-50.

     


  • Tópico 4

  • Tópico 5

    Villa-Lobos: melodia das montanhas 


    Além da Sinfonia nº 6, outra peça notável de Villa-Lobos com essa técnica é New York Skyline Melody.

    Sinfonia nº 6 (1944), gravação de Isaac Karabtchevsky e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP): 

    New York Skyline (1940), versão para piano, por Sônia Rubinsky, com ilustração gráfica de Carlos Kater: 

    Melodia da montanha (1938): ilustração musical publicada no Boletim Latino-Americano de Música (1946)

    Gravação de Sônia Rubinsky:   


  • Tópico 6

    Textura contínua

    Nota x Som

    Descontínuo x Contínuo

    • Ligeti - Continuum, para cravo (1968)


    • Murail - Tellur, para violão (1977)


    • Helmut Lachenmann - Quarteto de cordas n. 2

  • Tópico 7

    Formas processuais

    Reich - Clapping Music e Music for 18 Musicians.

    Clapping music


    Music for 18 musicians


  • Tópico 8

  • Tópico 9

    Dodecafonismo (cont.)

    Webern, O caminho para a música nova, p. 105; 139; 143. Coerência, lei serial e planta arquetípica (Goethe).

    Exercício: completar as matrizes seriais de Jelinek (Op. 15) e Schoenberg (Quarteto nº 4) - a resolução está no slide seguinte.

    Estratégias analíticas e composicionais: teoria dos conjuntos (OLIVEIRA, 1998; STRAUS, 2013).

    • Set Class Theory = Teoria dos Conjuntos
    • Pitch Class Set = Conjunto de Classe de Alturas

    Calculadora online de conjuntos de classes de altura (CCA): https://www.mta.ca/pc-set/calculator/pc_calculate.html

    Conjuntos ordenados (séries) e não-ordenados.

    A questão harmônica na música com 12 sons: Schoenberg, Op. 33a (GRAEBNER, 1974).


  • Tópico 10

    Dodecafonismo (cont.) 

    Os hexacordes combinatoriais e suas propriedades; Schoenberg, QC4, III.

    João Pedro Oliveira (1998, p. 134-143) e Joseph Straus (2013, p. 204): a matriz T/I e as 48 versões de uma série.

    • Matriz serial e as quatro formas de apresentação da série.
      • Hanns Jelinek (1901-1969): 4 Invenções a 2 vozes, Op. 15. 
      • Arnold Schoenberg: Quarteto de Cordas nº 4, III - "Largo" (16'32). 
      • Anton Webern: Concerto Op. 24, para 9 instrumentos. 
    • Propriedades da matriz T/I (12x12) 
      • Soma de O e I equivalem à classe de altura inicial da matriz.
    • Invariâncias e vetor intervalar.
    • Subconjuntos da série.
    • Combinatoriedade dos hexacordes seriais.

  • Tópico 11


    Dodecafonismo (cont.) 

    Combinatoriedade de hexacordes

    Schoenberg: Quarteto de Cordas nº 4, III.

    Vale a pena estudar a análise que David Lewin (2007) faz de "Simbolo", primeira peça do Quaderno Musicale di Annalibera (1952) de Luigi Dallapiccola. Trata-se de um procedimento peculiar de utilização de uma série dodecafônica, realizando transformações a partir de díades e tricordes.

  • Tópico 12

    Link para envio dos trabalhos (ver Tópico 1)

    Enviar até 13/12 (quarta)

    • cada aluno irá compor três peças curtas (de 1 a 5 minutos de duração), explorando em cada uma delas uma das diferentes estratégias composicionais discutidas nas aulas. As peças podem ser tocadas ao vivo ou a partir de uma gravação (ou midi), com comentários do autor e debate com a classe. Cada peça deve ser acompanhada de um breve texto no qual são comentadas as estratégias adotadas e como elas se relacionam com o conteúdo estudado.