Trata-se de discutir e aprofundar questões, conceituações e preocupações presentes na Antropologia contemporânea (sem obviamente a pretensão de esgotá-las), a partir do desdobramento de tendências e projetos críticos que tiveram lugar na disciplina desde os anos 1970 e 1980. São propostos enfoques variados, que recaem sobre dilemas teóricos persistentes (relativismo e universalismo, objetividade e conhecimento situado, “estrutura” e “ação”), sobre conceitos e temas fundantes (natureza, cultura, sociedade, parentesco, cosmologia, religião) – revisitados e, eventualmente, questionados – e sobre recortes e objetos que experimentaram um renovado interesse teórico e político (violência, ética, moralidade, subjetivação). Tendo em vista a expansão do escopo da Antropologia e a maior diversidade e complexificação dos modos de concebê-la e praticá-la, as aulas foram organizadas de modo a realçar a pluralidade e a reflexividade que marcam a trajetória atual da disciplina, bem como suscitar articulações e/ou contrapontos entre temas e perspectivas.