Suicídio: uma compreensão sob a ótica da psicologia existencial
Neste estudo discutimos as diferentes interpretações acerca do fenômeno suicídio
no que diz respeito à ênfase na culpabilização da sociedade, do indivíduo, ou ainda,
na ausência de culpado, em que o suicídio é tomado como possibilidade existencial.
Após tais discussões, apresentamos os argumentos controversos sobre a necessidade de formação de redes de ajuda. A posição que sustentamos tem como base a
fenomenologia e a hermenêutica em que o fenômeno de pôr fim à vida é tomado em
seu caráter mais originário. Para tanto, esclarecemos como passamos da ideia de
pôr fim à vida ao suicídio e como esse ato ganha o estatuto de coragem ou covardia
em uma perspectiva da biopolítica. Apresentamos as diferentes lidas do profissional
de psicologia com aqueles que decidem pôr fim à vida. E passamos a discutir o ato
de dar fim à vida em seu caráter de desespero, desmedida e patologia para, então,
podermos argumentar a favor de uma interpretação existencial.