O racismo se manifesta de maneiras diferentes de acordo com o contexto local de cada país, seu processo de desenvolvimento social e cultural, as estruturas legais, as instituições e outros fatores. Pelo processo histórico da formação do mundo pautada pelos europeus (brancos) impondo sua cultura aos outros povos da América, África e Ásia, com caráter de dominação, o racismo traz a raça branca no topo da hierarquização, causando a opressão nas outras raças.

No Brasil, colônia de Portugal por mais de 300 anos, com escravidão de negros e negras legalizada por cerca de 400 anos, o racismo se manifesta de maneira mais escancarada exatamente sobre os negros, que representam mais da metade da população do País. Apesar de serem maioria em quantidade de indivíduos, vivem em uma situação de desvantagem social, ou seja, são um grupo minoritário em relação aos direitos e privilégios. Esta relação de dominação entre grupos sociais determina o conceito de “minoria”, bastante utilizado para falar da população negra, LGBT, mulheres, indígenas etc.
Para ter uma perspectiva de como o racismo atinge as pessoas negras, assista ao vídeo da Veja com relatos sobre como é ser negro ou negra no Brasil.



Desde 1989 (há apenas 30 anos), existe uma lei na Constituição que estabelece o racismo como crime (falaremos mais sobre isso no tópico de Racismo Estrutural). Porém, ainda é possível encontrar o pensamento racista em comentários na internet, em expressões do cotidiano, nas relações interpessoais. Agora, reflita, você já sofreu ou vivenciou uma situação de racismo? Se sim, como foi a sensação? Será que outras situações da sua vida foram influenciadas pela cor da pela das pessoas envolvidas?


💡 Você sabia?

Algumas expressões da língua portuguesa têm origem racista, veja 10 delas no vídeo: 


O racismo contra indígenas (uma das categorias de raça utilizada pelo IBGE) é bastante intenso no País; constantemente, sua cultura é vista como inferior, inclusive por governantes, empresários e ruralistas, porém possui menos visibilidade na mídia e na academia. Existem também grupos que discutem o racismo contra pessoas descendentes de asiáticos (amarelos), estereotipadas em diversos aspectos, mas cuja opressão sofrida é consideravelmente menor.

Os conceitos que trabalharemos ao longo do curso serão exemplificados e discutidos na perspectiva da população negra, com materiais disponíveis na internet que tratam do assunto de maneira clara e didática. Porém, você pode acessar os materiais complementares a seguir, caso queira compreender também alguns aspectos do racismo contra indígenas.


Material complementar:

  1. ARTIGO: Existência e Diferença: O Racismo Contra os Povos Indígenas

  2. VÍDEO:

Última atualização: segunda-feira, 6 jun. 2022, 20:10