Após atropelamento por motocicleta, Mário, 68 anos, foi internado em um hospital terciário de Bauru, apresentando extensa lesão de partes moles sem fratura óssea em perna esquerda decorrente do trauma. Ao exame físico da admissão apresentava pulso arterial presente e débil distalmente à lesão, e também assimétrico em relação ao lado contralateral, que também são débeis e apresenta perda de fâneros e escurecimento das unhas. O tratamento proposto inicialmente foi conservador até estabilização do quadro clínico, no entanto, após alguns dias evoluiu com sinais de mau cheiro e mudança da coloração tecidual localizada, sem saída de secreção purulenta. Como o paciente é diabético com má aderência ao uso de medicamentos via oral, segundo familiares, já apresentava uma lesão que não cicatrizava no mesmo pé. Em visita médica, o estudante de Medicina ao indagar o médico assistente sobre o quadro clínico e tratamento, foi informado que trata-se de uma gangrena e que o tratamento baseia-se no desbridamento do tecido desvitalizado e antibioticoterapia. Uma alternativa é a oxigenioterapia hiperbárica.


Última modificación: miércoles, 30 de octubre de 2019, 17:04