Numa enfermaria do setor de Moléstias Infecciosas estavam duas pacientes (Rita e Suelen) conversando sobre os motivos de sua internação. Rita, 35 anos, estava internada há 1 semana devido à infecção de sítio cirúrgico após a realização de apendicectomia supurada. Após a cirurgia inicial, foi necessária a drenagem percutânea do abscesso intracavitário e foi aberta a ferida cirúrgica em toda sua extensão. Suelen, 22 anos, diabética insulino-dependente, queixava-se da dificuldade de tratamento de uma recorrente infecção urinária. Muito curiosas, foram ler seus prontuários médicos que haviam sido deixados na enfermaria após a visita médica diária. Ambas ficaram muito assustadas.

No prontuário de Rita estava escrito que sua infecção foi inicialmente causada por um germe gram positivo da sua flora normal devido a um erro na prescrição inicial de sua antibioticoprofilaxia, que não foi substituída pela antibioticoterapia. No prontuário de Suelen estava escrito que sua infecção era causada por um germe gram negativo, cujo antibiograma mostrava resistência à grande maioria dos antimicrobianos. Neste momento chegou um graduando de medicina do 5 o  ano que tentou acalmar a aflição de ambas e frente aos vários questionamentos, tentou explicar os conceitos de infectividade, patogenicidade e virulência de ambos os germes, assim como infecção e contaminação, porém a aflição de ambas somente aumentou e queriam saber se estavam com a temida infecção hospitalar, o que explicava porque estavam recebendo os antibióticos na veia. O jovem médico mais uma vez tentou tranquiliza-las dizendo que o Serviço de Controle de Infecção do hospital era muito atento à todas as questões epidemiológicas, de vigilância e assistenciais.

Ultime modifiche: lunedì, 21 ottobre 2019, 10:42