Banco de Conceitos
Este Glossário se constitui num Banco de Conceitos que tem como finalidade organizar os conceitos fundamentais da disciplina Representação Simbólica e Tecnologias da Virtualidade no Turismo estudados nas leituras realizadas para este curso. Os conceitos deste glossário formam o material teórico básico desta disciplina. Este glossário constitui uma parte da avaliação.
Critério de ordenação atual: Por data de atualização crescente Por ordem cronológica: Por data de atualização | Por data de criação
FA | Tempo-movimento-duração | ||||
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São imagens "em movimento", ou seja, que implicam conotação temporal, duração. Elas são capazes providenciar sensação de continuidade com outras imagens, as quais cada indivíduo acessa implicitamente em sua memória, formando em conjunto o movimento. Fonte: ROVIDA, M.F. A imagem complexa na “cultura visual”. Contempo, São Paulo, v.1, n.1, dez. 2009. Disponível em: < http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6726/6099>. Acesso em: 31 mar. 2013 | |||||
FA | Tempo-estático-memória | ||||
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O Tempo-estático-memória trata de como imagens são compreendidas por meio de uma memória imagética que todos temos. Importante observar que a memória imagética não tem como fonte primária uma imagem necessariamente. A imagem da memória pode ser criada com base em textos, contos, sons etc. Fonte: ROVIDA, M.F. A imagem complexa na “cultura visual”. Contempo, São Paulo, v.1, n.1, dez. 2009. Disponível em: < http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6726/6099>. Acesso em: 31 mar. 2013 | |||||
FA | Imagem Complexa | ||||
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A cultura visual utiliza-se da penetração na imagem, a qual possui profundidade e interioridade, ou seja, é uma imagem complexa. A imagem complexa é baseada na dualidade do processo de comunicação, o qual, para ser eficientemente complexo deve estar carregado tanto de objetividade quanto de subjetividade. Para que se tenha uma compreensão adequada desta proposta, é necessário que se revise a própria definição do que é conhecimento. Pois, neste caso, o que gera o conhecimento é composto tanto pelo certo, quanto pelo incerto, apontando para imagens carregadas de informação como fontes legítimas de conhecimento. Fonte: ROVIDA, M.F. A imagem complexa na “cultura visual”. Contempo, São Paulo, v.1, n.1, dez. 2009. Disponível em: < http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6726/6099>. Acesso em: 31 mar. 2013 | |||||
FA | Cultura Visual | ||||
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Segundo Nicholas Mirzoeff, a cultura Visual está presente na sociedade que busca informação, significado e prazer em interfaces com a tecnologia visual. Esta sociedade, segunda ROVIDA, utiliza-se da penetração na imagem, a qual possui profundidade e interioridade, ou seja, é uma imagem complexa. Reflexão: Importante notar a mudança na perspectiva de alguns pensadores, acadêmicos e pesquisadores na apreciação da relação da sociedade com a imagem. Passam a ser considerados, entre outros pontos, os aspectos positivos do aprendizado por meio das imagens. Fonte: ROVIDA, M.F. A imagem complexa na “cultura visual”. Contempo, São Paulo, v.1, n.1, dez. 2009. Disponível em: < http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo/article/viewFile/6726/6099>. Acesso em: 31 mar. 2013 Link direto NICHOLAS MIRZOEFF - What is Visual Culture - Capítulo 01 - http://www9.georgetown.edu/faculty/irvinem/theory/Mirzoeff-What_is_Visual_Culture.pdf | |||||
TECNOLOGIA | |||||
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O dicionário Michaelis define tecnologia como: sf (tecno+logo2+ia1) 1 Tratado das artes em geral. 2 Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria. 3 Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. 4 Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral: Nossa era é a da grande tecnologia. T. de montagem de superfície, Inform: método de fabricação de placas de circuito, no qual os componentes eletrônicos são soldados diretamente sobre a superfície da placa, e não inseridos em orifícios e soldados no local. T. social, Sociol: conjunto de artes e técnicas sociais aplicadas para fundamentar o trabalho social, a planificação e a engenharia, como formas de controle. De alta tecnologia, Eletrôn e Inform: tecnologicamente avançado: Vendemos computadores e vídeos de alta tecnologia. Sin: high-tech. Tecnologia seria, portanto, a aplicação de conhecimento técnico e científico na produção de processos e materiais. Todo o avanço nesse sentido pode ser considerado uma nova tecnologia. Por exemplo a lapidação de pedras para o uso como armamento, na era pré histórica, pode ser considerada uma tecnologia para a época. “A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como uma colher de madeira e a fermentação da uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da água do mar. Frequentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, assim como filosóficas e sociológicas, já que tecnologia pode ser vista como uma atividade que forma ou modifica a cultura” Conforme cita Borgmann, a tecnologia modifica a cultura de uma sociedade. Uma grande discussão com respeito a tecnologia é sobre os seus benefícios e seus malefícios. Como pontos positivos podemos destacar o avanço tecnológico da sociedade, a facilidade nos processos e a melhora na qualidade de vida dos seres humanos. Já como fatores negativos temos o desemprego, por exemplo, e o ocasionamento de conflitos entre pessoas e até mesmo países. No turismo, existem diversos usos da tecnologia. Um desses usos é aplicado a questão da segurança. Se não houvesse a existencia das camêras de monitoramento e/ou dispositivos de alarmes, muitos turistas se sentiriam ameaçados por fatores externos e não estariam dispostos, muitas vezes, a conhecer determinado atrativo turístico. Outro exemplo que pode ser aplicado ao turismo com relação à tecnologia é o GPS (Global Position System). Este sistema de posicionamento ajuda muitos turistas e viajantes independentes a localizarem-se e assim otimizar o seu tempo de viagem. Mesmo com alguns pontos negativos e alguns a melhorar, o conceito de tecnologia é visto positivamente ao passo que melhora uma sociedade e contribui para a sua evolução. | |||||
RECRIAÇÃO | |||||
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Recriação é sf (recriar+ção) Ato de criar de novo ou recriar, segundo o dicionário Michaelis. Já criação para o mesmo dicionário é sf (lat creatione) 1 Ação ou efeito de criar, de tirar do nada. 2 Totalidade dos seres criados. 3 O universo visível. 4 Produção, obra, invento. 5 Estabelecimento, formação, fundação, instituição. 6 Amamentação de uma criança. 7 Educação. 8 Animais domésticos que se criam para alimento do homem. 9 Propagação da espécie. 10 Alvenaria de pedras miúdas e argamassa que serve de enchimento aos vãos deixados pelas pedras mais volumosas. 11 Nas agências de publicidade, o conjunto formado pelos departamentos de redação e de arte. Pode-se definir recriação, na semântica que queremos, como a reinvencão de algo que já existe, só que de uma maneira diferente. Esta maneira pode ser baseada em novas ideias, novos conceitos, novas perspectivas, etc. No campo do turismo é bastante comum o conceito de recriação histórica que nada mais é que a reconstituição de fatos histórico para conhecimento dos turistas. Geralmente a recriação histórica é dada na forma encenações. Diversos atrativos turísticos dispõe de pessoal especialmente contratado para esta finalidade a fim de dar maior atratividade ao lugar. Em lugares onde grandes acontecimentos históricos aconteceram a representação teatral dá vida ao lugar. O Descobrimento do Brasil, a Queda da Bastilha ou o estilo de vida dos egípios são exemplos de como o turismo utiliza a história a seu favor para recriar acontecimentos e vivências. | |||||
IDENTIDADE | |||||
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sf (lat identitate) 1 Qualidade daquilo que é idêntico. 2 Paridade absoluta. 3 Álg Espécie de equação ou de igualdade cujos membros são identicamente os mesmos, ou igualdade que se verifica para todos os valores da incógnita. 4 Dir Conjunto dos caracteres próprios de uma pessoa, tais como nome, profissão, sexo, impressões digitais, defeitos físicos etc., o qual é considerado exclusivo dela e, consequentemente, considerado, quando ela precisa ser reconhecida. I. pessoal: consciência que uma pessoa tem de si mesma. A definição do dicionário Michaelis diz que a identidade de algo ou alguém é o conjunto de todas as suas características. Essa definição acompanha o lado antropológico da palavra. Segundo a Antropologia Em diversas áreas do conhecimento a palavra identidade tem definições específicas. Na sociologia a identidade é quando um grupo compartilha de uma mesma ideia. Podemos citar um exemplo: a identidade do povo muçulmano é a crença em Maomé. Um grupo cultural, o muçulmano, compartilha uma mesma ideia: a religião. O Wikipedia trás a definição de Identidade para a Medicina Legal que “numa série de exames feitos no vivo ou no morto, onde se apuram, no ser humano, a raça, sexo, estatura, idade, dentição, peso e conformação corpórea, sinais particulares (má-formações, cicatrizes, tipo sangüíneo, feições faciais, etc.)”. Outras áreas são exploradas pela semântica da palavra, porém todas elas remetem a um ponto central: as características mais marcantes do objeto de estudo. | |||||
LT | NÃO LUGAR | ||||
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Um lugar não relacional, não identitário e não histórico. Espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade. (Marc Augé) | |||||
LE | Viagem etnográfica | ||||
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grego ethno = nação, povo + graphein = escrever. Viagem para escrever sobre povos. Já pela definição, é possível perceber o seu propósito: viajar para escreve, mais especificamente sobre outros povos e nações. Pela leitura feita, percebe-se que esta viagem foi base para muitos escritos, como de Mário de Andrade e Lévi-Strauss, com o intuito de mostrar um Brasil pouco conhecido e reconhecido na época. Com base em viagens etnográficas, é possível enxergar a literatura de registro como um resultado quase inevitável, e com a variedade de dados coletados, inúmero trabalhos sociais, liteários, antropológicos, geográficos, sociais etc. "[..] seu livro O Turista Aprendiz, que é fruto de suas anotações diárias durante as viagens etnográgicas que realizou pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil nos anos 20. Alguns dos registros publicados neste livro também foram publicados em colunas jornalísticas de autoria do próprio Mário de Andrade, quando ele escrevia material como correspondete enquanto realizava suas viagens." "Cabe ressaltar que entre a primeira e a segunda viagem etnográfica que Mário de Andrade realizou, há a publicação dos seguintes livros: Macunaíma, Ensaio sobre a música brasileira e Clã do Jabuti [...]" "A viagem a Minas Gerais influi diretamente na busca de Mário de Andrade para um "olhar para dentro" do Brasil. Assim, as viagens etnográficas principiaram o trabalho e pesquisa que Mário de Andrade pretendia realizar, ou seja, tinha uma intenção clara quando realiza duas novas viagens que foram por ele classificadas e denominadas como viagens etnográficas, tanto pelo seu intuito e objetivo como pela forma que trabalha nelas."
Disponível em: http://www.pucsp.br/revistaaurora/ed6_v_outubro_2009/artigos/ed6/6_4_Marcelo_Burgos.htm | |||||