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Leticia de Oliveira Sousa

Determinantes Sociais de Saúde

por Leticia de Oliveira Sousa - quarta-feira, 31 mai. 2023, 13:01
 

De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. 

O esquema de Dahlgren e Whitehead apresenta os diferentes níveis de determinação social, desde a camada mais externa, onde visualizamos as condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais, até a mais proximal ao indivíduo, correspondendo aos fatores hereditários e outras características pessoais, como idade e sexo.

A imagem apresenta o esquema dos determinantes sociais de saúde em um formato de meio círculo.




F

DS

Feminismo Negro

por Debora Santos Rodrigues - quarta-feira, 31 mai. 2023, 22:49
 

O feminismo negro surge quando o movimento feminista, que reduzia as lutas das mulheres a uma pequena parcela (mulheres brancas  e de classe média e alta) e o movimento negro, que não debatia as questões de gênero. Ambos mostraram  desinteresse pelas causas das mulheres negras que estavam sujeitas as facetas do racismo e da opressão de gênero de forma mais violenta. Nisto surge o feminismo negro que veio para tratar da realidade da mulher negra que é apagada diariamente. Entendendo que discussão de raça e gênero não podem ser tratadas separadamente, pois a separação coloca a mulher negra em um limbo e a violência que ela sobre tem a intersecção das duas opressões. 




H

DA

Heteroidentificação

por Dalila Amaral Abreu de Lima e Silva - sábado, 17 jun. 2023, 00:48
 

“É um modelo de identificação étnico-racial de um indivíduo a partir da percepção social de outra pessoa". Ou seja, é quando uma pessoa identifica outra como pertencente a uma raça/cor a partir de sua percepção das características dessa pessoa.

Esse modelo inicialmente foi utilizado para complementar a autodeclaração de candidatos(as/es) negros(as/es) a vagas reservadas em concursos públicos federais.

A regulamentação desse procedimento foi realizada pela Portaria Normativa MPOG nº4, de 6 de abril de 2018, nos termos da Lei 12.990, de 9 de junho de 2014. 

Para esse modelo de identificação é utilizado o quesito de raça/cor estabelecido pelo IBGE.




Leitura recomendada
Portaria MPOG nº4/2018: https://docs.uft.edu.br/share/s/FpKipHAqTAaQSSvRRc6sXQ
Lei 12.990/2014: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12990.htm
Quesito raça/cor IBGE: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html


I

IC

Interseccionalidade

por Iasmin Cordeiro de Oliveira - sábado, 27 mai. 2023, 21:55
 

Termo usado, pela primeira vez, em 1989 pela jurista afro-americana Kimberlé W. Crenshaw para definir a interdependência das relações de poder de raça, sexo e classe. Sua origem remonta ao Black Feminism (feminismo negro), movimento do final dos anos 1970. A interseccionalidade propõe considerar as múltiplas fontes de identidade que permeiam um indivíduo, visando apreender as complexidades das identidades e das desigualdades sociais. A abordagem interseccional, mais do que apenas reconhecer que existem vários sistemas de opressão, evidencia a sua interação na produção e reprodução das desigualdades raciais - de forma que a opressão sofrida por uma mulher negra, por exemplo, não pode ser analisada como simplesmente a soma da opressão de gênero e de raça.


L

Ed

Letramento Racial

por Emily de Mesquita Cordeiro - quarta-feira, 31 mai. 2023, 20:49
 

Conjunto de práticas, baseado em cinco fundamentos. O primeiro é o reconhecimento da branquitude. O indivíduo reconhece que a condição de branco lhe confere privilégios. O segundo é o entendimento de que o racismo é um problema atual, e não apenas um legado histórico. Esse legado histórico se legitima e se reproduz todos os dias e, se não for vigilante, o indivíduo acabará contribuindo para essa legitimação e reprodução. O terceiro é o entendimento de que as identidades raciais são aprendidas. Elas são o resultado de práticas sociais. O quarto é se apropriar de uma gramática e de um vocabulário racial. O quinto é a capacidade de interpretar os códigos e práticas “racializadas”.


M

GN

Microagressões

por Gustavo Nogueira Nobrega - quinta-feira, 1 jun. 2023, 16:07
 

Microagressões são formas sutis de insultos verbais, não verbais e visuais, direcionadas a indivíduos com base em raça, gênero, etnia, classe social, dialeto ou religião, frequentemente feitas automaticamente ou inconscientemente pelos agressores, mas que são capazes de causar um profundo impacto sobre a vida dos agredidos.

As microagressões também expressam uma forma evoluída do racismo, visto que formas mais agressivas e sistêmicas de racismo não são mais socialmente aceitáveis como no passado.

Podem ser divididas em tês grupos:

  • Microataques são formas explícitas de derrogação racial. O ataque é proferido verbalmente ou não verbalmente com o intuito de ferir a vítima, através de xingamentos, comportamentos de esquiva ou ações discriminatórias aferidas de forma proposital.
  • Microinsultos são caracterizados por comunicações que transmitem indelicadeza e insensibilidade e menosprezam a herança racial ou a identidade de uma pessoa.
  • Microinvalidações são caracterizadas por comunicações ou comportamentos, geralmente inconscientes, que tendem a excluir, negar ou mesmo anular as realidades raciais ou culturais dos indivíduos.

Fonte: Revista Latinoamericana de Etnomatemática [https://www.redalyc.org/journal/2740/274047941004/html/]



N

ML

Negritude

por Maria Luiza Lamussi Monteiro da Silva - quinta-feira, 1 jun. 2023, 17:41
 

A negritude é uma expressão artística, filosófica e política que busca afirmar a identidade negra, valorizando as culturas, histórias e experiências dos povos africanos e afrodescendentes. Ela surge como uma reação ao colonialismo, ao racismo e à opressão enfrentada pelos povos negros ao longo da história. Ela busca resgatar e valorizar a contribuição dos povos negros para a história da humanidade, contestando visões eurocêntricas e promovendo a valorização da diversidade cultural e étnica. Ela enfatiza a importância da ancestralidade africana e da consciência racial, e busca promover a igualdade, a justiça social e o orgulho negro.


ML

Neurociência das raças

por Maria Luiza Lamussi Monteiro da Silva - quinta-feira, 1 jun. 2023, 17:45
 

Com o advento da neurociência está sendo possível demonstrar as bases neurais de diferentes processos psicológicos e sociais. Há algumas décadas, os cientistas já estudam sobre a representação mental de raça e etnia, e atualmente, vem surgindo estudos que apresentam evidências eletrofisiológicas, ressonância magnética funcional e outros métodos fisiológicos para entender como os indivíduos processam, avaliam e utilizam a variação humana ao longo da dimensão da raça. As áreas cerebrais que apresentam maiores ligações com a temática de etnias e raças são: amigdala, Córtex cingulado anterior, córtex pré-frontal dorsolateral e giro fusiforme.


R

LS

Racismo Ambiental

por Líryo Leti Salesi Pereira - terça-feira, 14 fev. 2023, 18:41
 

O termo é utilizado para fazer referência à discriminação que populações marginalizadas ou compostas de minorias étnicas sofrem a partir da degradação ambiental. Tendo a sua criação atribuída ao ativista afro-americano Benjamin Franklin Chavis Jr. e intimamente relacionada ao movimento dos direitos civis americanos, a expressão denuncia a distribuição desigual dos impactos ambientais, sendo os indivíduos periferizados e invisibilizados historicamente os principais prejudicados pela poluição ambiental.

Considerando o passado colonial, bem como a manutenção das estruturas sociais que acentuam as desigualdades étnicas e raciais no Brasil, é possível observar que a parcela mais vulnerável aos danos ambientais, não coincidentemente, é a população negra.

Leitura recomendada:

de Souza, A. S. (2015). Direito e racismo ambiental na diáspora africana: promoção da justiça ambiental através do direito. EDUFBA https://jornal.usp.br/atualidades/racismo-ambiental-e-uma-realidade-que-atinge-populacoes-vulnerabilizadas/#:~:text=O%20racismo%20ambiental%20%C3%A9%20um,sofrem%20atrav%C3%A9s%20da%20degrada%C3%A7%C3%A3o%20ambiental




Leticia de Oliveira Sousa

Racismo Institucional

por Leticia de Oliveira Sousa - quarta-feira, 31 mai. 2023, 12:52
 

O racismo institucional é o fracasso das instituições e organizações em prover um serviço profissional e adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional sempre coloca pessoas de grupos raciais ou étnicos discriminados em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por demais instituições e organizações. 

Bibliografia: CRI. Articulação para o Combate ao Racismo Institucional. Identificação e abordagem do racismo institucional. Brasília: CRI, 2006.



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