Programação

  • Sobre o curso

    Curso de Pós-graduação do Depto de Sociologia da USP

    2º semestre de 2017

    (Desenvolvimento, Instituições e Políticas Públicas de CT&I)


    Inovação, Tecnologia e Desenvolvimento


    • Prof. Glauco Arbix

    • Aulas: toda segunda-feira, das 9:00 às 13:00h

    • Local: Sala 106-A – Ciências Sociais



    Dropbox com os arquivos: https://www.dropbox.com/sh/ktx9c528txhej1o/AACLUnF3HSmyc8FnTaBXE2tka?dl=0

    Calendário de apresentações: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1vbSUWeVfRrgFlI8R537ZsJOs27NObjyDkeJSlecNCZU/edit?usp=sharing


    20.11 - Prazo máximo para entrega do Trabalho final (por email)

    27.11 – Entrega das notas finais do curso

  • Tópico 2

    14.08 - Aula 2.  Como entender a Ciência e Tecnologia


    Objetivos

    1. Conceitos e controvérsias. Diferenças entre CT&I. Relações explícitas e implícitas. Sinergias.  


    Leitura Obrigatória

    • Arthur, W. Brian. The Nature of Technology: What It Is and How It Evolves, NY: Freepress, 2009 (caps 2, 3, 8, 9, 10)

    • Peter Atkins, Galileo´s Finger: the Ten Great Ideas of Science. Oxford Univ. Press: NY, 2004 (cap 1)


  • Tópico 3

    21.08 - Aula 3. Como os Sistemas Científicos se desenvolvem e declinam


    Objetivos

    1. A edificação dos sistemas científicos dominantes, sua trajetória e as razões de sua involução. Impactos do mundo pós-guerra fria sobre a produção científica. Retração dos Estados Unidos? Avanço dos BRICs? Da Índia e China? Somente da China?


    Leitura Obrigatória

    Leitura sugerida:

    • Margaret McMillan Dani Rodrik Claudia Sepulveda, “Structural change, fundamentals and growth: a framework and case studies”.  NBER: Working Paper 23.378, May 2017

    • Yongda Yu, Junbo Yu, Xinglin Pan & Roger Stough, “The Rise of China's Innovation Economy: 'Opening Up' Policy to Manufacturing Maturity, and on to Innovation Based Economic Growth and Labor Market Dynamics?” (August 9, 2016). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=2820864 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2820864

    • John Mathews & Hao Tan, China’s Renewable Energy Revolution. London: Palgrave Macmillan, 2015. Chapter 06 (“Global Impact of China’s Energy Revolution”), pp 127.

    • Ruttan Vernon W. Is War Necessary for Economic Growth? Military Procurement and Technology Development. New York, NY: Oxford University Press, 2006 (P 21-32, 91-114 e 115-129)


  • Tópico 4

    28.08 - Aula 4. A formação do paradigma moderno

    Objetivos

    1. Fundamentos para o debate. Como a Ciência avança? As revoluções científicas e os paradigmas de Kuhn. Vannevar Bush apresentou o relacionamento dicotômico entre ciência básica e aplicada como suporte para tecer um pacto entre o governo americano e a Ciência no pós-guerra. Um pacto que esteve na raiz de um boom de pesquisa e que foi replicado mundo afora. Quais suas contradições?


    Leitura Obrigatória

    • Bush, Vannevar. Science: Endless Frontier. A report to the Presidente on a Program for Postwar Scientific Research. Washington, DC: NSF, 1945


    Leitura sugerida:

    • Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Cientificas. Ed. Perspectiva: SP, 1989 (caps 9, 10 e 11)

    • Ian Hacking, “Introductory Essay”. In Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions. 50th Anniversary Edition (Fourth Edition). Chicago: The University of Chicago Press, 2012 (1962).

    • Steve Fuller, The struggle for the soul of Science. Kuhn versus Popper. UK: Icon Books, 2003. Chapter 1


  • Tópico 5

    11.09 - Aula 5. Formação dos Sistemas de CT&I

    (Entrega do Reaction Paper nº 1: Charles Edquist, “Systems of Innovation. Perspectives and Challenges”)


    Objetivos

    1. Os alunos entrarão em contato com os principais conceitos que sustentam o modo como se organizam a produção de CT&I e o funcionamento dos mecanismos de suporte mais importantes. E serão convidados a refletir sobre rotas alternativas. Experiências internacionais serão utilizadas como referência (Los Alamos, Projeto Apollo. A disseminação de laboratórios nacionais; origens das agências como a NSF e CNPq)


    Leitura Obrigatória

    • Charles Edquist, “Systems of Innovation. Perspectives and Challenges”. In Jan Fagerberg, David Mowery & Richard Nelson, Innovation Studies. Evolution and Future Changes. Oxford: Oxford Un Press, 2005

    • Jan Fagerberg, Ben Martin & Esben Andersen, “Innovation: Towards a New Agenda”. In Jan Fagerberg, Ben Martin & Esben Andersen, The Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford University Press, 2005

    Leitura sugerida:

    • Clayton Christensen, Michaerl Raynor & Rory McDonald. “What is Disruptive Innovation? Cambridge: Harvard Business Review, Dec 2015

    • Steinmueller, W Edward. “Innovation Studies at Maturity”. In Jan Fagerberg, Ben Martin & Esben Andersen, E. Innovation Studies. Evolution and future challenges. Oxford: Oxford Un Press, 2013


  • Tópico 6

    18.09 - Aula 6. O Quadrante das Ciências


    Objetivos

    1. Donald Stokes e a polêmica com Bush. O modelo linear da inovação. Reconfiguração das bases para um novo relacionamento entre a Ciência, Tecnologia e a atuação de governos e da indústria


    Leitura Obrigatória

    • Donald Stokes, O Quadrante de Pasteur. A Ciência Básica e a Inovação Tecnológica. Campinas: Editora Unicamp, 2005, (caps 1, 2, 3 e 4)

    • Venkatesh Narayanamurti, Tolu Odumosu & Vinsel Lee. "RIP: The Basic/Applied Research Dichotomy." Issues in Science and Technology Vol 29, no. 2 (Winter 2013)

    Leitura sugerida:

    • Paul Romer, “The Arc of Sciences”. Palo Alto: Stanford University. Paper, 2005


  • Tópico 7

    25.09 - Aula 7. Tensões entre CT&I e Desenvolvimento Econômico


    Objetivos

    1. A partir de alguns trabalhos clássicos o curso abordará questões sobre CT&I e o crescimento econômico. Como os economistas lidam com Ciência e Tecnologia: fator endógeno ou exógeno? Após a formulação de Robert Solow, o conhecimento passou a ganhar cada vez mais importância nas teorias sobre o crescimento econômico. As tentativas de Paul Romer para incorporar o conhecimento como variável explicativa do crescimento econômico.


    Leitura Obrigatória

    • Paula Stephan, “Economics of Science”. In B. H. Hall & N. Rosenberg, editors, Handbook of Economics and Innovation. Amsterdam: Elsevier. Vol. 1, Chapter 7, pp. 217-274, Elsevier. Leitura: seções 1, 2 e 9

    • Henry Sauermann, Paula Stephan, “Conflicting Logics? A Multidimensional View of Industrial and Academic Science”. Organization Science, Vol. 24, No. 3, May–June 2013, pp. 889–909


    Leitura sugerida:

    • Robert Solow, “A Contribution to the Theory of Economic Growth”. The Quarterly Journal of Economics, Vol 70, nº 1 (Feb 1956), pp 65-94

    • Robert Solow, “Growth Theory and After”. Solow Prize Lecture: 1987. Disponível em: http://www.nobelprize.org/nobel_organizations/nobelfoundation/publications/lectures/index.html

    • Paul Romer, "Endogenous Technological Change." Journal of Political Economy 98, no. 5 (1990): 72-102

    • Philippe Aghion, & Peter Howitt, The Economics of Growth. Cambridge: The MIT Press, 2009 (Introduction)


  • Tópico 8

    02.10 - Aula 8: Brasil: em busca do desenvolvimento

    (Prazo máximo para informar o livro escolhido para o trabalho final)


    Objetivos

    1. Desenvolvimento, política industrial e políticas de inovação. A industrialização, heterogeneidade e protecionismo. O lugar do Estado como pivô da sociedade. Transformações no ambiente econômico e persistência de vícios e hábitos. Balanço do desenvolvimentismo e a busca por novas sínteses.


    Leitura Obrigatória


    • Dani Rodrik, “Premature deindustrialization”. Journal of Economic Growth, March 2016, Vol 21, Issue 1, pp 1–33

    • Glauco Arbix, Inovar ou Inovar. A indústria brasileira entre o passado e o futuro. SP: Ed. Papagaio-Sociologia USP, 2007 (Introdução e Cap. 1).

    • Carlos Henrique Brito Cruz, “Ciência Fundamental: Desafios para a Competitividade Acadêmica no Brasil”. Parcerias Estratégicas, v. 15, n.31, 2010

    Leitura sugerida:

    • Fernanda De Negri & Flávia Squeff, “O mapeamento da Infraestrutura Cientı́fica e Tecnológica no Brasil”. Brasília: IPEA, 2015. Paper baseado na Nota Técnica 021, IPEA-2014

    • Richard Grabowski, “Premature deindustrialization and inequality”. International Journal of Social Economics, Vol. 44, nº 2, 2017, pp. 154-168

    • Stephan Haggard, “The Developmental State Is Dead: Long Live the Developmental State!”.  Paper, Annual Meeting of the American Political Science Association, 2013


  • Tópico 9

    23.10 - Aula 9. Ponto de inflexão: Políticas de Tecnologia e Inovação

    (Entrega do Reaction Paper nº 2: Venkatesh Narayanamurti, Tolu Odumosu & Lee Vinsel, “The Discovery-Invention Cycle”

    Objetivos

    1. A inovação como nó da questão da produtividade e sustentabilidade do crescimento. Neste modulo serão apresentados os principais dilemas da economia brasileira, sua baixa produtividade e seus impactos na competitividade. Trajetórias do setor privado brasileiro e o peso do protecionismo.  


    Leitura Obrigatória

    • William Bonvillian. “The new model innovation agencies: An overview” Science and Public Policy, 2013, pp. 1–13

    • Glauco Arbix e João De Negri. “Chega de Saudade”. Folha de S. Paulo, 02.06.2014, p.3

    Leitura sugerida:

    • Venkatesh Narayanamurti, Tolu Odumosu & Lee Vinsel, “The Discovery-Invention Cycle: Bridging the Basic-Applied Dichotomy”. Harvard Kennedy School, Discussion Paper # 2013-02, Science, Technology, and Public Policy Program Discussion Paper Series, Feb. 2013

    • Jon Gertner, The Idea Factory: Bell Labs and the Great Age of American Innovation, NY: Penguin Books, 2013 (Introduction, Chapters 19 and 20)


  • Tópico 10

    30.10 - Aula 10. O nó que amarra Inovação e Produtividade

    Objetivos

    1. A polêmica sobre Inovação e produtividade. Serão destacados os programas e as tentativas federais, estaduais e municipais de estimular a competitividade. Como avaliar seus impactos. O peso da qualificação da força de trabalho e o lugar especial da qualificação da mão de obra e da educação.  


    Leitura Obrigatória

    • De Negri, Fernanda e Cavalcante, “Os dilemas e os desafios da produtividade no Brasil”. In De Negri, F. e Cavalcante, R. Produtividade no Brasil. Desempenho e determinantes. Brasília: ABDI-Ipea, 2014.

    • Gary P. Pisano. “The Evolution of Science-Based Business: Innovating How We Innovate”. Harvard Business School: Working Paper 10-062, 2010

    Leitura sugerida:

    • Pierre Mohnen & Bronwyn Hall. “Innovation and productivity: an update”. UN-MERIT. Working Paper Series, #2013-021

    • Dale Jorgenson, Mun Ho & Jon Samuels, “Information technology and U.S. productivity growth: evidence from a Prototype Industry Production Account. In Matilde Mas & Robert Stehrer (eds.), Industrial Productivity in Europe: Growth and Crisis. Northanpton: Edward Elgar, 2012


  • Tópico 11

    06.11 - Aula 11. O lugar especial do Venture Capital e das empresas de base tecnológica

    Objetivos

    1. Linhas de futuro: Seed, Angel e Venture Capital. Como o setor público e o privado podem apoiar o desenvolvimento do empreendedorismo e startups de base tecnológica no Brasil?

    Leitura Obrigatória

    • Carlos Torres Freire, Felipe Maruyama & Marco Polli. “Políticas públicas e ações privadas de apoio ao empreendedorismo inovador no brasil: programas recentes, desafios e oportunidades”. In: Lenita Turchi & José Mauro de Morais (Orgs), Políticas de apoio à inovação tecnológica no Brasil. Brasília: IPEA, 2017, forthcoming

    Leitura Sugerida: 

    • Gordon Murray, Marc Cowling, Weixi Liu & Olga Kalinowska-Beszczynska, “Government Co-financed ‘Hybrid’ Venture Capital Programs: Generalizing Developed Economy Experience and its Relevance to Emerging Nations”. Kauffman International Research and Policy Roundtable. University of Exeter Business School, UK. Liverpool, 11-12 March 2012

    • Josh Lerner, “The Future of Public Efforts to Boost Entrepreneurship and Venture Capital”. Small Business Economics, Vol 35, (3) 2010, pp 255-264

    • Paul Miller & Kirsten Bound, “The Start-Up Factories: the Rise of Accelerator Programs to Support New Technology Ventures”. NESTA: Discussion Paper, June 2011


  • Tópico 12

    13.11 - Aula 12. O Brasil pode avançar mais e mais rápido em CT&I?

    Objetivos

    1. Como melhorar a qualidade das políticas públicas de CT&I no Brasil? Como ampliar, identificar e construir novas fontes de financiamento? Como diversificar o sistema nacional de inovação, suas fontes de recursos, programas e instituições? O desenvolvimento necessário de métricas e sistemas permanentes de avaliação de políticas e de impacto.


    Leitura Obrigatória

    • Glauco Arbix, “2002-2014: Trajetória da inovação no Brasil”. São Paulo: Friedrich Ebert Stiftung. Análise 17.nov.2016

    • William B. Bonvillian. “All That DARPA Can Be”. The American Interest: September/October, 2015

    • Fernanda De Negri e Flávia Squeff. "Investimentos em P&D do Governo Norte-americano: Evolução e Principais Características". Radar Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, nº 36. Brasília: IPEA, 2014

    Leitura sugerida

    • Joseph Stiglitz & Bruce Greenwald, Creating a Learning Society. A New Approach to Growth, Development, and Social Progress. NY: Columbia University Press, 2014 (Chapter 12)

    • Ben Ross Schneider. Designing industrial policy in Latin America. New York: Palgrave MacMillan, 2015 (Chapters 2 e 3, pp 8-53)

    • Zil Miranda e Evando Mirra. "Trajetórias do Desenvolvimento no Brasil". Revista da USP, nº 93, Dossiê Inovação 2012