Chegando à escola fomos para a sala de professores, e aguardamos que o professor viesse nos buscar para o início das aulas. Fomos à sala da direção, pegamos o material, e enchemos a caixa de água no pátio interno do colégio. Um aluno, a pedido do professor nos auxiliou na leva da caixa cheia de água para a sala. Aguardamos o sinal e os alunos começaram a entrar.
A sala tem por volta de trinta alunos, que são muito ouriçados, falam bastante. O professor nos alertou que para termos um melhor controle da sala as nossas atividades fossem sempre impressas, as quais os alunos deveriam responder e entregar valendo nota. Porém como este experimento fazia parte da feira de ciências e acabou não sendo aplicado devido a outro evento que ocorreria nesta data, não havia roteiro, apenas um plano de aula, o qual procuramos seguir.
O plano de aula possuía como objetivos a experimentação e constatação dos alunos sobre o que ocorria na demosntração, baseada em perguntas norteadoras, que eram:
- A velocidade do barquinho é maior no início ou no fim do trajeto? Por quê?
- Você acha que o formato da vasilha influi no desempenho do barquinho?
- O que você faria para obter uma velocidade maior com esse barquinho?
Escrevemos estas questões na lousa e pedimos que eles fizessem numa folha para entregar essa atividade, individualmente.
Resolvemos dividir a sala pelo volume de alunos em duas, para que eles pudessem visualizar e discutir enquanto demonstrávamos. Primeiramente participaram os alunos à esquerda, mais ou menos 15 alunos. Após demonstramos para os 15 alunos restantes á direita.
Jogávamos então à agua no recipiente dos barquinhos e pedíamos que eles discutissem as questões conosco. Para a primeira questão as respostas (em sua grande maioria) chegaram num senso comum entre os dois grupos: de que a velocidade ficava maior no início do trajeto porque tinha um volume maior de água saindo. Muitas repostas possuíam em comum a atribuição de velocidades à “pressão” com que a água fazia no inicio.
Na segunda questão a maioria dos alunos disse que o formato da vasilha não contribuía. Surgiram comentários que isso era um fator limitante no movimento do barquinho, que sempre batia nas laterais quando ganhava velocidade.
Para a terceira questão a maioria dos alunos disse que aumentando a grossura dos canudinhos seria possível aumentar a velocidade, ou jogando mais água, pois aí a “pressão“ ia ser maior, aumentando a velocidade.
No fim da aula discutimos os conceitos de forma a fixar as ideias que estavam certas e as que não eram corretas e o porquê.
Também realizamos um sorteio para definir o assunto a ser tratado na próxima aula, e a escolha dos alunos foi aprender mais sobre como funcionam as montanhas russas, trabalhando com conceitos de energia.
A sala estava bastante alvoroçada, mas conseguimos conduzir a aula sem maiores problemas. Eles falam muito e gostam de participar, então achamos que será uma sala boa para aplicar experimentos, já que é bem participativa.