Nome:

Mariana De Marchi e Walter Leopoldo

Escola:

Amorim Lima

Turma:

9A

Experimento:

Máquina de Heron

Relato:

Neste doze de junho, chegamos à escola no horário de costume, um pouco antes das 13h. Inicialmente, passamos na sala de ciências para deixarmos nossos materiais e em seguida fomos até o salão para acompanhar as atividades dos alunos. Como nos outros dias, estes mostraram pouco interesse na resolução dos roteiros propostos. Sabemos que a meta da escola é atiçar a curiosidade nos jovens e incentivar a procura independente e responsável pelo conhecimento, porém, não vemos esta meta sendo totalmente atingida. Em todas as nossas atividades, e hoje não foi diferente, vimos diversos alunos preenchendo os itens dos roteiros com desleixo, além de diversas situações de cópia de respostas. Não que não existam alunos cumprindo “corretamente” suas tarefas, mas este grupo não representa a maioria.

                Às 14h, fomos ao laboratório. A professora Solange demorou cerca de quinze minutos para chegar à sala e só então os alunos se organizaram nas bancadas. Em seguida, entregamos aos alunos a primeira página de atividades, juntamente com os dois textos iniciais, necessários para que as perguntas desta parte da atividade fossem respondidas. A primeira reação dos jovens foi “Pra que tanta coisa?”. Pelo jeito, as três páginas de atividades foram um tanto “assustadoras” para eles. De início, pouquíssimos se interessaram pela atividade, mas com o passar do tempo a grande maioria respondeu às questões propostas.

                Precisamos destacar uma estratégia que nos propusemos a utilizar hoje: a entrega do roteiro do experimento somente seria feita se a primeira parte, ou seja, as questões iniciais, fossem respondidas. Creio que isto ajudou a cumprirmos nossos objetivos. Quando o primeiro aluno recebeu seu “kit” e começou a realizar a experiência propriamente dita, os outros acharam-na interessantíssima e logo responderam às questões da primeira parte para poderem também pegar suas “maquininhas”.

                A maior parte da aula foi dedicada à diversão com a atividade. Os alunos pareceram gostar bastante da proposta e conseguiram responder às questões de maneira apropriada. Pelo que vimos nas respostas, eles foram capazes de associar os conceitos de força e energia à explicação daquilo que observavam. Mostraram-se também bastante responsáveis ao lidarem com materiais potencialmente perigosos. Em nenhum momento tivemos problemas graves com a falta de cuidado no manuseio da aparelhagem. Apenas alguns foram “vítimas” de respingos de água quente, o que gerou reações do tipo “Ô professora, nem doeu não. Tá tirando?”. Como uma de nossas preocupações iniciais era exatamente a segurança do experimento, acreditamos que nossos cuidados nas orientações foram suficientes.

                De maneira geral, os alunos olhavam o experimento com grande curiosidade e interesse. Um deles nos perguntou se o que acontecia ali era similar ao que ocorria com a panela de pressão e, além disso, tentou traçar um paralelo com o funcionamento do motor de um carro. Outra aluna filmou o experimento pois achou “Muito louco, fessora!”, além de nos pedir para levar uma das máquinas para casa. Outro fato curioso aconteceu ao final da aula. Quando os alunos do nono ano já haviam saído da sala, um aluno mais novo, talvez do sexto ano, entrou no laboratório para cumprimentar a professora. Quando viu que tínhamos feito uma experiência com a turma anterior, ele ficou muito animado. Por isso, resolvemos mostrar a ele o que tínhamos feito. Ficamos com um pouco de medo de deixar um aluno mais novo mexer em um experimento que envolvia fogo e água quente, mas acompanhamos bem de perto. Quando ele viu a máquina girando, ficou fascinado. Logo, um grupo de quatro crianças havia se formado ali. O primeiro aluno, Rogério, disse “Ah, entendi. A água ferve e o ventinho faz o negócio girar”. Achamos genial.

                Podemos com certeza dizer que conseguimos cumprir nossos objetivos e sintetizar uma boa parte do conteúdo do semestre em uma atividade simples e divertida para os alunos.