Nome:

Gilberto Cavalcante
Henrique Gallo

Escola:
Turma:

1º ano do EJA

Relato:

Na nossa terceira aula tínhamos como objetivo fazer um experimento sobre quantidade de movimento, para  assim, contemplar o terceiro e último assunto sobre Mecânica, previsto no cronograma da professora para esse semestre. O cronograma forncedido pela professora compreendia, respectivamente, conceitos sobre posição, tempo, velocidade média, aceleração média e quantidade de movimento.

Como nas aulas anteriores, os alunos apresentaram dificuldades conceituais, porém o que mais nos chamou a atenção foi a falta de interesse nesse experimento (jogo de bolinhas). Apesar do experimento possuir possibilidades discussões mais amplas e uma maior facilidade para associação com exemplos, parece que o aparato visualmente mais simples que o aparato das duas aulas anteriores, chamou menos a atenção.

É claro que isso não foi o fato principal, pois apesar do experimento ter uma aparência mais simples, procuramos torná-lo interessante, algo que não deu muito certo. A ideia de partir de um experimento, de maneira investigativa, para chegar à teoria, não vem mostrando ser muito promissor; é como se os alunos dessa turma possuíssem certos bloqueios os quais não estamos conseguindo quebrar. Sentimos que falta um afinamento entre a nossa proposta e os métodos da professora, que consiste mais em aplicação de fórmulas prontas.

Após a aplicação da primeira parte do roteiro, tentamos estabelecer de maneira mais expositiva, alguma relação entre o que acontecia na prática com os conceitos de quantidade de movimento e energia, já que percebíamos pelas respostas e participação dos alunos que não havia nenhum tipo de associação de ideias com o que era visto, era uma apatia geral.

Em relação ao roteiro, percebemos que ele tinha um caráter complementar e não investigativo, pelo menos para essa turma. Talvez em uma outra turma, mais acostumada à esse tipo de metodologia de ensino ou que estivesse um pouco mais familiarizada com os fundamentos de Mecânica, esse roteiro se encaixaria melhor. Nos pareceu que esse roteiro seria melhor aproveitado após a introdução dos conceitos, ou então adaptado para se adequar a realidade desses alunos.

Ao contrário da nossa aula, a aula do outro grupo mostrou-se mais promissora, mesmo também sendo simples o experimento aplicado, eletrização por atrivo com papel e canudinhos plásticos. Pode ser que a ilusão de “algo invisível” atraindo e repelindo dois materiais sem haver intermédio de fios, tenha sido muito mais atrativo do que as nossas bolinhas em choque mecânico, mas o mais provável é que a diferença de resultados tenha sido dada pela diferença entre turmas, já que essa era uma turma equivalente ao 3º ano do Ensino Médio.

Conjecturas à parte, para o próximo semestre, talvez seja muito mais interessante a exposição de uma Física de divulgação do que uma Física experimental investigativa, até pelo fato de termos pouco tempo (cerca de duas horas no mês) para trabalhar com a turma e pelas dificuldades conceituais, ou mesmo por falta de aptidão e interesse, em desenvolver esse conhecimento por parte dos alunos.