Nome:

Felipe Sardinha Gonçalves, Mariana De Marchi e Walter Mendes Leopoldo

Escola:

E.M.E.F. Desembargador Amorim Lima

Turma:

9ºA - TARDE/ Professora Solange

Relato:

          Fizemos essa visita no dia 24/04, pois no dia 17/04 teve uma paralisação pedagógica na rede municipal e acabamos participando da oficina no instituto.

          Como havíamos acordado com a professora Solange na nossa ultima visita, ficamos no período as 13h às 14h com os alunos no Salão de estudos. Nele estavam alunos de três séries diferentes e percebemos o quanto o trabalho no Amorim é diferenciado. Os alunos ficam senados em grupos com, aproximadamente, seis integrantes que estudam os mais variados roteiros. Conseguíamos visualizar grupos com alunos estudando história ao mesmo tempo em que alunos, do mesmo grupo, estudavam ciências ou matemática. Isso tornou essa primeira hora num período dinâmico, no qual, tentávamos a medida do possível, sanar as dúvidas que viessem a surgir dos alunos.

          Próximo às duas horas descemos para o Laboratório de Ciências para nos preparar para receber aos alunos. O encontramos com algumas manchas de tinta guache e um pouco desorganizado e tentamos deixa-lo minimamente organizado. Descemos para a coordenação para pegar os kits e nos deparamos com um pequeno problema: a professora de artes necessitaria de utilizar o laboratório de ciências porque o de sua disciplina estava sendo usado para outro projeto e ela necessitava de água corrente para desenvolver a sua atividade. Como não necessitaríamos, necessariamente, do laboratório para desenvolver a nossa atividade, cedemos o espaço e combinamos com a Dona Renata que ficaríamos no pátio da escola desenvolvendo o experimento.

          Com a mudança do local da aula, os alunos acabaram chegando espaçadamente, o que se agravou ainda mais com uma segunda mudança de local, isso porque a professora Solange nos alertou que a partir das 15h o pátio seria utilizado para o intervalo dos alunos do Fundamental I, sendo assim, seria melhor irmos para o Laboratório de Informática.

          Iniciamos a nossa aula tentando lembrar aos alunos que na última vez que visitamos a escola eles começaram a ver o roteiro de Energia e que nessa aula faríamos experimentos relacionados ao tema. Como a última visita tinha sido realizada no dia 03/04 os alunos afirmaram que lembravam muito pouco dos conceitos abordados nos roteiros e alguns disseram que nem haviam terminando os objetivos propostos.

          Separamos a turma em pequenos grupos de três a quatro integrantes e nos dividimos para atender a todos os grupos. Entregamos as duas primeiras partes do roteiro e muitos dos alunos se mostraram relutantes em ler a introdução ao tema como também os “procedimentos” das tarefas.

          Conforme os alunos apresentavam as suas justificativas, tentávamos verificar como eles entendiam determinados jargões apresentados, perguntando, p. e., “FORÇA: O que é isso? Como se aplica?”, e nessa verificação, podemos perceber com que surgiram diversas concepções, muitas delas relacionadas ao trabalho.

          Como já esperado, alguns alunos respondiam que as coisas caem porque alguém soltou, mas essa justificativa era rapidamente questionada quando víamos o apagador grudado na lousa e flutuando ele não caía, aparecendo então à forma magnética e a ação do ímã.

          Ao questionar sobre o que aconteceria se fizéssemos o mesmo experimento na Lua, dentre as diversas respostas que recebemos, uma foi mais extrema e exemplifica a necessidade que já havíamos percebido de tentar entender o que significa cada termo para o aluno. Muito embora acreditemos que a aluna estava brincando, uma das alunas nos respondeu que a bolinha não cairia na Lua porque na lá há gravidade e na Terra não, ou seja, a gravidade seria a responsável por fazer as coisas flutuarem. Frente a essa resposta tentamos dar um contraexemplo verificando se a aluna já assistira a vídeos de astronautas na Lua e se eles caíam ou não.

          Ao chegarem ao final da segunda parte, muitos alunos tentaram “nos enganar” para afirmar que chegaram à solução do desafio colocando, discretamente, o dedo ou até mesmo apoiando o peso na mesa e descendo o tubinho de caneta. Depois de muito pensar e tentar enganar, um dos alunos (o Bruno) descobriu que girando a borracha ele conseguia superar o problema proposto. Uma coisa bastante curiosa foi o fato dele ter efetuado o movimento circular na vertical, diferentemente da forma que havíamos imaginado (que descobririam o movimento na horizontal). Após a descoberta, quase todos os grupos copiaram a solução do Bruno e entregamos a terceira parte de roteiro (a resposta do desafio).

          Tivemos de introduzir a ideia de que força é uma grandeza vetorial, ou seja, tem módulo, direção e sentido. No entanto, simplificamos a ideia falando que em ciências costumamos usar as “setinhas” para representar essas propriedades.
Alguns alunos nos surpreenderam comentando sobre “força rotacional” e alguns conceitos que apareceriam mais adiante no roteiro de Energia ou que não eram apresentados de maneira muito aprofundada no livro didático.

          Terminamos a nossa atividade com dez minutos de antecedência e a professora liberou o uso dos computadores.

          Como a atividade foi realizada fora do Laboratório de Ciências, tivemos casos de alunos que queriam ficar mexendo no computador ao invés da atividade. Esse foi de certa forma um fator agravante, pois tínhamos de ficar o tempo todo desligando computadores que esses alunos ligavam sem a nossa autorização.

          A professora Solange ficou grande parte da aula fora, lendo o nosso roteiro e tentando entendê-lo apenas no final da aula. Entregamos o roteiro do nosso próximo estágio para ela e os únicos retornos dados foram sobre um consenso que os professores da escola chegaram de não se usar isopor no ambiente escolar e a “qualidade da nossa formatação”.

          Todos os roteiros preenchidos ficaram com a professora e ela disse que repassaria para os tutores dos estudantes. 

ANEXO: