4. O homem e a geração de impactos negativos

Qual é o nosso impacto no ambiente?

Partindo-se do princípio de que todos os animais produzem detritos orgânicos, poderíamos afirmar que qualquer animal causa impactos no ecossistema. Por exemplo, suponha um rio de águas límpidas, onde vivem algumas espécies de peixes em equilíbrio populacional. Esses animais lançam suas fezes no rio. No entanto, não costumamos dizer que esse material produz um impacto no ecossistema. Por quê? Por outro lado, um rio onde uma cidade despeja todo o seu esgoto, constitui uma área altamente impactada, com graves consequências à saúde humana. Qual é, então, a diferença entre essas duas situações? O que muda é, essencialmente, a escala do problema. No primeiro caso, o ambiente tem condição de assimilar a pequena quantidade de detritos, por meio da decomposição da matéria orgânica, processo que transformará o detrito em material utilizável por outras espécies (como plantas aquáticas). Já no segundo caso, como o aporte de detritos depositados é imensamente maior, ele não é decomposto em sua maioria. Os resíduos acumulados acabam gerando eutrofização do curso d’água, morte da biota natural, proliferação de microorganismos patogênicos, entre outros problemas, constituindo um impacto ambiental.

O aumento da densidade da população humana leva ao crescimento da urbanização, da industrialização, do transporte de pessoas e produtos, da geração de energia, da produção agrícola, e de outras tantas atividades necessárias à sobrevivência das sociedades atuais. Essas atividades aumentam os impactos negativos ao meio ambiente de tal forma que o meio se degrada e diminui a capacidade dos sistemas naturais de prover seus serviços. Assim, o maior custo dos impactos ambientais negativos é a degradação do meio físico e a perda de biodiversidade, resultando em perda de serviços ecossistêmicos.

Serviços ecossistêmicos

são funções desempenhadas pelos ecossistemas que beneficiam o homem, seja direta ou indiretamente. Esses serviços acabam prestando serviços importantes ao seu bem-estar e mesmo à sobrevivência humana. Podem ser classificados em: serviços provedores (que fornecem produtos como provisão de alimentos), serviços reguladores (promovem a regulação dos sistemas, como a regulação climática, a depuração hídrica e atmosférica, a ciclagem e degradação da matéria), serviços socioculturais (promovem o bem-estar humano, atividades educacionais, culturais e de lazer).

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