Conceito equivocado: Não existem fósseis intermediários



Essa é uma critica que se faz ao registro da evolução: existem fósseis de um tipo de organismo e depois de outro, não se tem o registro das formas intermediárias. De fato, depois que um ser vivo morre, ele normalmente é devorado ou decomposto, não deixando vestígios. Assim, a fossilização é um acidente, é algo que não acontece com frequência. Além disso, as rochas sofrem continuamente processos de erosão e de modificações pelos movimentos da crosta terrestre, muitas rochas sedimentares sofrem processos de transformação ou são simplesmente reprocessadas quando há movimentos das placas tectônicas.

Ademais, os cientistas são bastante cautelosos quando posicionam filogeneticamente uma espécie fóssil, pois todos os organismos atuais tiveram ancestrais, mas o fato de existir um fóssil de um organismo que viveu no passado não significa que tenha produzido descendentes!

Mas, apesar disso tudo, há fósseis de organismos que podem muito bem ser encaixados como intermediários. Um dos fósseis mais famosos é o do Archeopteryx, mostrado na figura 2. Trata-se de um organismo que apresenta características evidentes de répteis e a presença inequívoca de penas, atributo exclusivo de aves.

Figura 2 - Semana 6

Figura 2


Outros fósseis notáveis por representar formas intermediárias são os do Tiktaalik (figura 3), que representa bem aquilo que seria o ancestral dos vertebrados terrestres e aquele que poderia muito bem ser o ancestral das baleias, com patas traseiras e dianteiras bem desenvolvidas (figura 4). Esses são somente alguns dos exemplos disponíveis; assim, a ideia de que não existem formas fósseis intermediárias não procede.

Figura 3 - Semana 6

Figura 3


Figrua 4 - Semana 6

Figura 4