3. Atividade de motivação para a disciplina

O estudo da diversidade e caracterização do reino animal e de como esses organismos estão agrupados, objeto principal deste curso, é uma infindável fonte de pesquisa que tende a aumentar à medida que compreendemos cada vez mais a vida desde o nível macroscópico até o nível molecular. Assim, lançam-se as bases para a geração de conhecimento relacionado à aplicação e conservação da biosfera, para que o nosso planeta se dirija à sustentabilidade em diversas áreas. Portanto, nesta seção propomos que o cursista se submeta a um processo de triagem e identificação visual de diferentes organismos disponibilizados em forma de imagens, com o intuito de verificar e/ou enriquecer sua experiência no conhecimento da diversidade de vida de organismos uni e pluricelulares eucariontes. Assim, haverá uma oportunidade para verificação do conhecimento prévio dos participantes, gerando um diagnóstico motivador à procura de maior conhecimento zoológico. Esse exercício pode ser aplicado aos alunos do nível médio. Nos quadros de identificação, podem ser acrescentados aspectos sobre embriologia usados em classificação, tais como: tipo de simetria, tipo de celoma, origem do blastóporo, tipo de segmentação etc. Pode-se iniciar a atividade pedindo para que os alunos separem os organismos pelo possível número de células presentes em seu corpo (uni ou pluricelular) e discutindo suas implicações no plano corporal desses organismos entre outras características.

Antes, porém, de proceder à identificação, é importante esclarecer alguns aspectos sobre taxonomia. Sabe-se que o nome do animal, na nomenclatura científica, é único e universal, mas o nome popular pode variar de um local a outro, dependendo da visão de certo grupo de pessoas que, geralmente, entram em contato frequente com animais. Assim, diversos nomes regionais podem ser dados a uma espécie que apresente ampla distribuição. Para grupos animais menos conhecidos, pode não haver nomes populares e, neste caso, costuma-se usar o nome vernacular (derivado de vernáculo – idioma próprio de uma região ou de uma nação) a partir do nome científico para esse grupo. Veja os exemplos: filo Chaetognatha escreve-se Quetognata; filo Brachiopoda, Braquiópoda; filo Onycophora, Onicófora etc. E ainda é importante ressaltar que, em alguns casos, não existem todas as categorias taxonômicas para um dado filo animal, por falta de conhecimento do grupo e/ou pelo número reduzido de seus representantes. Por exemplo: para os filos Priapulida e Phoronida, não existem classe nem ordem estabelecidas; para os filos Kinorhyncha e Loricifera, não existe a classe estabelecida etc.

Assista ao vídeo:

Legenda: larva dos foronídios, animais pouco conhecidos, que apresenta desenvolvimento indireto, com a formação de uma larva planctotrófica denominada actinotroca, que passa semanas na coluna d'água até assentar no habitat do adulto, que inclui tanto substratos consolidados quanto inconsolidados, dependendo da espécie.
Fonte:  http://cifonauta.cebimar.usp.br.

Então! Vamos conhecer os nossos animais?