5. A formação das vesículas micropinocíticas

Esta modalidade de endocitose é efetuada, normalmente, por uma classe especial de vesículas micropinocíticas denominadas de vesículas revestidas (Fig. 2). Este nome vem da presença de um revestimento difuso na face citoplasmática de suas membranas, constituído por arranjo altamente ordenado de proteínas, das quais a clatrina (Fig. 6) é a mais importante.

Esquema da formação de uma vesícula revestida por clatrina
Figura 6: Esquema de formação de uma vesícula revestida por clatrina.A clatrina se associa aos receptores de membrana formando depressões revestidas. Em seguida, ela se organiza em um arranjo semelhante a uma bola de futebol, formando uma vesícula revestida. Após a formação desta vesícula, o revestimento é removido.

Fonte: POLLARD, T.D. & EARNSHAW, W.C. – Biologia celular. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006.

Estas proteínas são responsáveis não apenas pela formação das vesículas como também pelo reconhecimento dos receptores acoplados aos ligantes. As vesículas revestidas são originadas a partir de invaginações de regiões especializadas da membrana plasmática, encontrada sob a forma de pequenas depressões igualmente revestidas em sua face citoplasmática. Estas depressões correspondem, portanto, aos sítios de interiorização micropinocítica dos receptores e respectivos ligantes.

A maioria dos receptores das LDL são encontrados nas depressões revestidas. Outros receptores, como os da insulina e transferrina, encontram-se geralmente distribuídos ao longo da membrana plasmática; apenas após o acoplamento de seus ligantes específicos é que os complexos ligante-receptor se movem, graças à fluidez da membrana, agrupando-se nas depressões revestidas para serem interiorizados.