Erosão


Processo de erosão


A erosão é o processo de transporte de material, que pode ocorrer pela ação eólica e hídrica.

A erosão ocorre devido às condições naturais dos terrenos, como:

Chuvas

Ação erosiva ocasionada pelo impacto das gotas de chuva no solo e por meio da enxurrada. A força das gotas de chuva no solo ou nos sedimentos mistura-se a essas matérias que serão arrancadas. Quanto maior a velocidade da enxurrada maior a erosão na superfície do solo. A erosão depende da distribuição pluviométrica e sua intensidade.

Cobertura vegetal

A cobertura vegetal em um terreno, especialmente com a presença de árvores, serve como defesa natural de um terreno contra a erosão, devido aos seguintes fatores:

a) proteção contra o impacto direto das gotas de chuva;

b) dispersão e quebra da energia das águas de escoamento superficial;

c) infiltração da água pela produção de poros no solo pela ação das raízes;

d) aumento e capacidade de retenção de água pela estruturação do solo por efeito da produção e incorporação de matéria orgânica.

Topografia

A intensidade erosiva aumenta com a declividade e o comprimento da encosta.


Tipos de solo


A erosão vai depender de:

Propriedades físicas ( textura, estrutura, permeabilidade e densidade) e propriedades químicas, biológicas e mineralógicas.

A textura, ou seja, o tamanho das partículas influi na capacidade de infiltração e de absorção da água de chuva – solos de textura arenosa são mais porosos, permitindo infiltração mais rápida das águas de chuva.

Solos com estrutura granular, como os latossolos, apresentam alta porcentagem de poros e alta permeabilidade; apresentam agregação entre as partículas, aumentando a resistência do solo ao arraste de partículas.

A matéria orgânica incorporada ao solo permite maior agregação e coesão entre as partículas, tornando o solo mais estável em presença de água, mais poroso, e com maior poder de retenção da água.

A espessura do perfil de solo também influi na erosão – solos rasos permitem rápida saturação dos horizontes superiores, favorecendo o desenvolvimento de enxurradas.

Erosão Laminar: É a remoção do solo de uma área inclinada em camadas finas. O ressecamento e a lavagem da encosta são formas de erosão laminar.

Erosão Linear: Para compreender a erosão linear, devemos conhecer o comportamento das águas de chuva e do lençol freático.

1) Sulcos e Ravinas – Sua formação ocorre pela remoção do solo pela água por canais visíveis ou canaletas muito pequenas, mas bem definidas, onde há concentração do fluxo sobre o solo. Ação das águas superficiais.

Figura 7.4Figura 7.4: Ravina – Pico das Cabras, Campinas/SP.
Fonte: Fotografia de Ermelinda Pataca.


2) Voçorocas (ou boçorocas) – Canais d’água intermitentes, maiores do que as ravinas.

Com a formação e aprofundamento dos sulcos, interceptando o lençol freático, há a ação conjunta das águas superficiais e subsuperficiais, fazendo com que o ravinamento atinja altas dimensões. Há a remoção de partículas no interior do solo, formando canais que evoluem em sentido contrário ao do fluxo de água, podendo dar origem a colapsos no terreno, com desabamentos que alargam a voçoroca.

Fenômenos: erosão superficial, erosão interna, solapamentos, desabamentos e escorregamentos.

Figura 7.5
Figura 7.5: Voçoroca de grandes proporções na borda da mata Santa Terezinha, no município de Paulínia/SP. A voçoroca tem uma extensão de aproximadamente 700 metros na borda da mata (figura 4d). Em alguns pontos, a profundidade da fenda chega a aproximadamente 10 metros, como vemos nas figuras 4a e 4b. Podemos visualizar o afloramento do lençol freático na figura 4c.
Fonte:


Movimento de massa


Movimento descendente de materiais que formam a encosta – rochas, solos, enchimentos artificiais. Envolve o deslizamento, tombamento, queda ou dilatação de massas razoavelmente grandes.

Esse é um grande problema vivenciado em centros urbanos, especialmente na época de chuvas intensas, quando normalmente escutamos ou vivenciamos em nossas cidades deslizamentos de terra.