2.1 Amazônia

Quando pensamos no maior bioma brasileiro, logo vem em mente toda a exuberância da Floresta Amazônica! Vamos conhecer um pouco mais sobre ela?

 

 

Figura 6.1: Floresta Amazônica.
Fonte: Fotografia de Marília Gaiarsa.

Você sabia que a Amazônia é a maior floresta pluvial do mundo? Ela pode ser dividida para fins didáticos em duas grandes regiões: as matas alagadas de várzea e igapó e as regiões de terra firme.

Curiosidades: o rio Amazonas tem mais de 3.500 km de comprimento, mas apesar disso apresenta uma diferença de altitude de apenas 0,5 cm por quilômetro! Além disso, devido às suas temperaturas altas e constantes, a evaporação local é intensa, e estima-se que em torno de 40% das chuvas que caem na região sejam provenientes da condensação dos vapores de água produzidos na própria floresta.


Figura 6.2: Região de floresta alagada no bioma amazônico.
Fonte: Fotografia de Marília Gaiarsa.

A Amazônia é composta por uma mata de árvores de porte grande, com uma média de 40 metros de altura. Essa cobertura de árvores forma abaixo um microclima (a região do sub-bosque) onde a umidade gira em torno dos 100% e a luminosidade é mais baixa. Isso cria novos ambientes para outras espécies e plântulas das árvores em regeneração, contribuindo para aumentar a biodiversidade local.

As áreas alagadas ficam submersas cerca de seis meses por ano, e os organismos vegetais apresentam adaptações a essa condição, como raízes aéreas ou mecanismos de respiração anaeróbica. Por conta dessa interação com a água, na Amazônia, os peixes têm papel fundamental como dispersores, exercendo a função das aves e mamíferos das florestas como a Mata Atlântica. Lá ocorrem cerca de 1.500 espécies de peixes de água doce.

As áreas de terra firme ocupam a maioria do bioma amazônico e têm solos ricos em argila. Apesar disso, os solos não são ricos em nutrientes, mas o que faz com que haja uma ciclagem constante é a presença da vegetação, que produz a serrapilheira, e da fauna, que realiza a decomposição e reciclagem desses compostos.

O endemismo nesse bioma é muito elevado, como, por exemplo, os insetos, dos quais mais de 80% das espécies só ocorrem nessa região.

O impacto humano na Amazônia foi limitado até meados do século passado. A baixa fertilidade dos solos não era um incentivo ao povoamento local. Mas com o advento da pecuária, as terras pouco produtivas puderam ser exploradas. Atualmente a cultura de soja começa a “comer a Amazônia pelas bordas”, e a pressão sobre a floresta causa preocupação nos conservacionistas. A extração de madeira para fins comerciais é outra forma de exploração que vem sendo combatida no local, além do tráfico ilegal de animais e plantas.