Permutação e recombinação


Permutação e recombinação gênica


Os genes que integram um grupo de ligação só podem ser separados através da permutação, fenômeno que ocorre durante a meiose I (animação 3). A permutação é a responsável pela formação de gametas com combinações diferentes dos alelos (gametas recombinantes) que estavam ligados nos cromossomos recebidos dos pais (gametas parentais).


Animação 3


No exemplo anterior, as fêmeas duplo-heterozigóticas formaram dois tipos de gametas em maior porcentagem – que são sempre os parentais – e dois em menor porcentagem – que são sempre os recombinantes. Isso se deve ao fato de que a permutação não ocorre, geralmente, entre os mesmos genes em todas as células que estão se dividindo por meiose. Se os genes estiverem localizados em um mesmo par de homólogos, mas tão distantes que sempre se apresentarão recombinados nos gametas, os resultados vão simular uma segregação independente e a frequência de cada tipo de gameta será de 25%.
Quando há a formação de gametas recombinantes, fala-se em ligação gênica incompleta ou ligação gênica com permutação. A porcentagem de gametas recombinantes permite calcular a taxa de permutação ou taxa de recombinação. No exemplo citado em Drosophila melanogaster, essa taxa seria de 17%, número que corresponde à soma das porcentagens dos gametas recombinantes (8,5% + 8,5%).
Em um indivíduo duplo-heterozigótico, é possível identificar duas disposições distintas dos diferentes alelos de dois genes ligados:

arranjo cis – os alelos dominantes localizam-se em um dos cromossomos e os alelos recessivos, no respectivo cromossomo homólogo;
arranjo trans – o alelo dominante de um gene e o alelo recessivo do outro gene estão presentes no mesmo cromossomo do par de homólogos.