8. A prometáfase e a metáfase

Na prometáfase (Fig. 6) os centrossomos continuam a migração para os pólos opostos da célula e alguns microtúbulos do fuso encontram-se ligados a regiões específicas dos cromossomos denominadas de cinetócoros (fibras cinetocóricas), localizadas nos centrômeros (Fig. 4), que correspondem a uma pequena constrição em cada cromossomo duplicado, sendo cada uma das cópias denominada de cromátide. Segue-se a desestruturação do envoltório nuclear, bem como a condensação dos cromossomos, que estão mais próximos do plano equatorial da célula. A partir deste ponto, a atividade gênica é extremamente reduzida e o nucléolo desaparece.

Esquema geral das várias fases da mitose
Figura 6: Esquema geral das várias fases da mitose. A imagem central mostra uma célula em prometáfase vista ao microscópio de fluorescência (cromossomos em vermelho, fuso de divisão com os microtúbulos em verde).

Fonte: Composição de: ALBERTS, B.; BRAY, O.; HOPKIN, K., JOHNSON A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Fundamentos da Biologia Celular. 2a. edição. Porto Alegre, Artmed, 2006. ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. - Molecular Biology of the Cell. 5th Edition, New York, Garland, 2008.

Na metáfase os centrossomos estão localizados nos pólos opostos da célula e todos os cinetócoros estão ligados aos fusos (Fig.4, 6); o envoltório nuclear está completamente desestruturado e os cromossomos, já se encontram no plano equatorial da célula. Nesta fase, o DNA cromossômico atinge seu nível máximo de compactação, formando a fibrila de 700 nm (quarto nível de compactação), de modo que as duas cromátides unidas têm um diâmetro total de 1400 nm.

Esquema geral das várias fases da mitose

Figura 7: Esquema geral das várias fases da mitose. A imagem central mostra uma célula em metáfase vista ao microscópio de fluorescência (cromossomos em vermelho, fuso de divisão com os microtúbulos em verde).

Fonte: Composição de: ALBERTS, B.; BRAY, O.; HOPKIN, K., JOHNSON A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Fundamentos da Biologia Celular. 2a. edição. Porto Alegre, Artmed, 2006. ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Molecular Biology of the Cell. 5th Edition, New York, Garland, 2008.

Esta fibrila é resultado do enrolamento do arcabouço protéico, formando um helicóide com as alças de cromatina espalhadas nos diferentes planos. Este nível de compactação permite a visualização mais evidente dos cromossomos onde se pode identificar duas regiões bem características em cada um deles: um centrômero e dois telômeros (regiões terminais dos cromossomos)(Fig. 7).

Cromossomos metafásicos evidenciando os centrômeros e os telômeros
Figura 8: Cromossomos metafásicos evidenciando os centrômeros e os telômeros.

Fonte: Composição de: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Molecular Biology of the Cell. 5th Edition, New York, Garland, 2008 e Site: http://www.cakens.com/research/understanding-the-mechanisms-of-ageing-worth-a-nobel-prize/ acesso em 10/09/2010.

A região centromérica, acima citada, é composta basicamente por seqüências repetitivas de DNA, as quais permanecem associadas a um complexo protéico, também já mencionado, denominado cinetócoro, o local de associação dos fusos durante a divisão celular. Devido a essa associação, a região centromérica é de extrema importância para a célula, uma vez que a ligação correta dos fusos aos cinetócoros garantirá o sucesso da divisão celular, permitindo a perpetuação das diferentes linhagens de células.