Topic outline
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24-31/08 e 14/09
- A Revolução Impressa e as Descobertas é o tema central dessa primeira etapa do curso. Para tanto, faremos uma rápida revisão de alguns fundamentos da Revolução de Gutenberg para, então, compreendermos o alcance que o evento das Grandes Descobertas teve a partir da inovação midiática que foi a imprensa de tipos móveis.
Todavia, essa história ficaria incompleta se não voltássemos nossos olhos para as culturas dos povos americanos, o que nos convida a reconhecer os sistemas de escrita preexistentes e o impacto que a imprensa de Gutenberg representou no Novo Mundo.
Impacto, mas, também, instrumento de aculturação...
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7.0 MB PDF document Uploaded 17/08/20, 14:30
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8.9 MB PDF document Uploaded 17/08/20, 13:17Os alunos devem ter este texto em mãos (se possível, impresso) na aula do dia 31/08.
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O texto reproduzido abaixo me foi enviado por Ciro Leichsenring e tem relação direta com o que foi apresentado pela Maria Julia e abordado pela Regina no final da aula, a propósito da escrita de Anchieta na primeira edição impressa de sua Arte da Gramática.
Sem dúvida, o autor da descrição do processo de transliteração do original impresso de Anchieta para o português contemporâneo revela o estranhamento que existe entre um sistema de escrita e outro, considerando que estamos a tratar de um mesmo idioma. Em primeiro lugar, devemos considerar que a língua é viva e tanto a ortografia (eleto. mais evidente) quanto a sintaxe se transformam com o tempo.
Mas há um aspecto que nos interessa mais de perto e que está relacionado ao potencial de fixação da língua pela tipografia - como temos insistido nas últimas aulas.
Notem que há da parte do tipógrafo o esforço de transliteração (ou seja, conversão) do manuscrito para o sistema tipográfico. Isso o obriga a criar uma série de sinais diacríticos que vão muito além do simples abecedário e do uso da pontuação. O tipógrafo deve reproduzir sinais fixados na tradição dos manuscritos, o que não é nada óbvio quando se trata de compor em caracteres móveis.
É evidente que estas fórmulas não são exclusivas do texto da Arte da Gramática. Elas se fixaram nas línguas latinas, bastando observar outros textos contemporâneos, em francês, em espanhol e também em italiano. Mas também em outras línguas, para as quais ainda vemos a sobrevivência das ligaturas, de glifos herdados de outros alfabetos (por exemplo, o caso do cirílico na escrita língua romena) e assim por diante.
É preciso ainda assinalar a dificuldade de transliterar as abreviaturas do manuscrito para o sistema tipográfico.
Tudo isso daria um excelente exercício de transliteração, como certamente fizeram os indígenas guaranis nos livros produzidos nas Missões!
É claro que o compositor da Arte da Gramática precisou superar outros percalços, por exemplo, ao transliterar as palavras em tupi do manuscrito para o impresso, preservando os seus sons...
É o que vemos na explicação abaixo.
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21/09
Dando prosseguimento aos estudos sobre o período colonial, neste tópico abordaremos as primeiras experiências editoriais no Brasil. Da brevíssima passagem de Antônio Isidoro da Fonseca pelo Rio de Janeiro, em 1747, à instalação da Impressão Régia quando da chegada da Corte na mesma cidade, em 1808.
Ainda que sob o signo da censura estatal e eclesiástica, o período representa uma primeira expansão do comércio e consumo de livros e mesmo de jornais, que agiriam como fermentos nos movimentos políticos e culturais do novo século que se anunciava.
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