Programação
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Apresentação do curso. Formas de avaliação. Bibliografia.
Introdução à Antropologia: teoria e método.
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Atividades programadas para o semestre.
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Para compreender, em perspectiva antropológica, as relações entre diferentes, é necessário saber de que ponto partimos, de que perspectiva analisamos a diversidade. Assim, analisaremos dois textos sobre o Brasil que foram escritos em contextos diferentes mas sobre situações semelhantes e recorrentes.
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Por enquanto leremos apenas o Prefácio e a Introdução do clássico de Darcy Ribeiro. Portanto, somente até a página 26.
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Texto do antropólogo Igor Machado que analisa a atual conjuntura política brasileira.
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Texto da antropóloga Francirosy Barbosa acerca de tempos de crise, violência e intolerância com o diferente.
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Para compreender o Brasil é necessário conhecer a origem das teorias sobre raça, sobre a diversidade humana e sobre a desigualdade no sistema mundial de mercados. Qual o lugar do Brasil neste sistema? Temos muitos autores que tratam desses aspectos. Vamos começar com um clássico de Claude Levy-Strauss.
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Texto de Levy-Strauss para apresentação e análise
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Este livro tem muitos capítulos interessantes para complementar este módulo. Recomendo, especialmente:
BALIBAR, Etienne. Is there a Neo-Racism? p. 17-28
WALLERSTEIN, Immanuel. The ideological tensions of capitalism: universalism versus Racism and Sexism. p.29-36
BALIBAR, Etienne. Racism and Nacionalism. p. 37-68
WALLERSTEIN, Immanuel. Class conflict en the Capitalism World-Economy. p. 115-124
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É possível relacionar Antropologia e Direito?
O que é antropologia jurídica?
Para responder essas questões, já formuladas, as próximas duas aulas serão dedicadas à apresentação e comentários sobre o clássico texto de Clifford Geertz "O saber local: fatos e leis em uma perspectiva comparativa".
GEERTZ, Clifford. O saber local: fatos e leis em uma perspectiva comparativa. In: O Saber Local: novos ensaios em Antropologia Interpretativa. 14. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014, pp.169-238.
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A Antropologia está associada à experimentação do pesquisador, à sua vivência do outro.
O que é a etnografia, o que faz um etnógrafo e como é o seu método de trabalho?
Neste módulo teremos uma aula e diálogo com a antropóloga Francirosy Barbosa, professora do Departamento de Psicologia da FFCLRP-USP sobre a Etnografia. A partir dela, vamos explorar alguns clássicos da Antropologia com textos de Malinowski e Eduardo Viveiros, que analisam, sob o ponto de vista antropológico, costumes e regras sociais em sociedades tradicionais, que Malinowski chama de "selvagens". Eduardo Viveiros, sob inspiração de Geerz, analisa a visão dos jesuítas sobre os Tupinambás e os significados atribuídos pelos Tupinambás sobre seus "maus hábitos".
TEXTOS-COMPLEMENTARES (MODULOs 04 E 05):
BRONISLAW, Malinowski. Crime e Costume na Sociedade Selvagem. RJ, Petrópolis: Vozes, 2015.
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CASTRO, Eduardo Viveiros. O Mármore e a Murta: sobre a inconstância da alma selvagem. Revista de Antropologia. São Paulo: USP, 1992, v. 35, p. 21-74.
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BARBOSA, Francirosy Campos. As mil e uma noites de experiência etnográfica: uma construção metodológica para pesquisadores-performers da religião.
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Como articular a produção do conhecimento em direito sob perspectiva antropológica e o campo de pesquisa da antropologia no Direito?
Alguns exemplos de abordagem em autores brasileiros contemporâneos.
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Ana Lúcia Pastore trabalha as simbologias de poder presentes no júri popular.
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Luís Roberto Cardoso de Oliveira analisa, sob perspectiva antropológica, e dialogando com Geertz, os conflitos sociais, os direitos e concepções de justiça não apenas como saber local, mas também internacional.
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Rita Laura Segato também analisa o conflito entre a dimensão local do Direito frente ao internacionalismo dos direitos humanos, ou, sob outro aspecto, aparentemente contraditório, o conflito entre a tendência universalista dos direitos humanos e o a tendência relativista dos antropólogos culturalistas.
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Carlos Frederico Marés Filho, um dos poucos juristas que trabalham com direito dos povos tradicionais no Brasil, discute neste artigo a invisibilidade dos direitos coletivos e a impossibilidade de sua tutela jurídica pelo judiciário em face à ausência de meios processuais para sua defesa.
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Este trabalho é um exercício de etnografia, isto é, demanda uma "descrição densa" (GEERTZ) sobre aspectos relativos ao direito. Vocês poderão: 1) utilizar as observações realizadas nas aulas de laboratório: 2) utilizar observações e relatos em relação ao curso (e a faculdade) de direito; 3) e ainda, descrever as observações feitas em atividades junto a órgãos jurídicos (audiências, tribunal do juri, visitas ao fórum, defensoria pública, ministério público, etc).
A descrição densa destaca: o contexto em que a observação foi feita, os atores, ou pessoas que atuaram nesse contexto e os efeitos provocados (ou observados) por essas ações.
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