Topic outline
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Como avaliação do curso Morfologia da Língua Portuguesa (FLC0276) serão solicitados dois fichamentos individuais (no máximo 5 páginas cada) dos seguintes capítulos:
- ROSA, Maria C. Introdução à Morfologia. São Paulo: Contexto, 2000. Capítulo 7 (Classes de palavras, tipos de significado e questões relacionadas), p. 91-114
- SAPIR, Edward. A linguagem: introdução ao estudo da fala. Trad. Joaquim Mattoso Câmara Jr. Rio de Janeiro, MEC/INL, 1964. Capítulo 4 (A forma na linguagem: os processos gramaticais), 5 (A forma na linguagem: os conceitos gramaticais) e 6 (Os tipos de estrutura linguística), p. 65-147
As datas máxima de entrega dos dois fichamentos são, respectivamente, dias 31/10/2018 e 21/11/2018.
Além disso, haverá um trabalho (de um a três integrantes) até o dia 21/11/2018.
Tanto o trabalho quanto os fichamentos devem ser enviados para viaro.morfologia@gmail.com em formato PDF.
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TRABALHO
Número máximo de integrantes = três
(1) Selecione uma estrofe de quatro versos de um poema qualquer e segmente todos os seus possíveis morfemas. Por exemplo:
Quando ven-s para mim, abr-i-ndo o-s braç-o-s
N-um-a carícia lângu-id-a e quebr-a-d-a,
Sint-o o esplend-or de cant-o-s de alv-or-a-d-a
N-a am-or-os-a frem-ênc-ia d-o-s teu-s passo-s
(Cruz e Sousa, Êxtase)
Justifique as segmentações mais difíceis cf. “segmentamos braç-o-s por oposição a braç-o e braç-a; a segmentação de alv-or-a-d-a é fundamentada em pares com a palavra alv-o, alv-or, alv-or-esc-e-r”.
Baseiem suas respostas em dicionários e não apenas em seu conhecimento como falante nativo. Sugestão: Consultem o Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa (Heckler, Back, Massing, 1984-88, 5 v.).
(2) É possível falar de morfemas sem significado, da mesma forma que se fala de morfemas- zero, sem significante? Ou o significado, nem sempre referencial, também nos informa algo sobre a morfologia da palavra, isto é, uma “visão de língua” herdada e aplicável a todos os elementos de um paradigma morfológico, independente da visão socio-cultural? Exemplifique sua resposta com a questão do gênero gramatical em português.
(3) Na bibliografia sobre morfologia surge a questão da segmentação dos morfemas de acordo com o posicionamento teórico de autores acerca de seu reconhecimento ou não. Por exemplo, o prefixo con- é facilmente destacável em con-viv-e-r, mas é menos reconhecível em con-v-i-r, con-venc-e-r, con-vers-a-r, a não ser quando o pesquisador em morfologia se vale de informações diacrônicas. O caso de con-vir é bastante interessante: se, por um lado, é possível, na sincronia atual, observar que se trata de uma composição do verbo vir (ou seja, pertencem à mesma “irregularidade”: vem/convém, vieram/convieram, venha/convenha, vinha/convinha, vindo/convindo), por outro lado, é difícil ao falante nativo atribuir um significado ao prefixo con-. Com base em problemas desse tipo, responda:
(a) Qual deve ser o papel do estudo diacrônico no reconhecimento de morfemas derivacionais?
(b) Qual é o papel da semântica nessas segmentações? Podemos falar de um significado para esse morfema con- apenas quando alguma produtividade (isto é, capacidade de geração de novas palavras) seja detectável?
(c) Procure no mínimo 10 palavras muito diferentes com o prefixo con-. Como você(s) as agruparia(m) em paradigmas semânticos?
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Entrega: 31/10/2018.
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Entrega: 21/11/2018.
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Meus caros,
haja vista a paralisação de hoje (17/10/2018), informo que não haverá aula na semana que vem (dia 24/10/2018) porque estarei numa atividade na UFBA (Salvador): palestra/exame de qualificação/defesa de doutorado.
Pensando que nos reveremos apenas dia 31/10/2018 e que a aula de hoje teria servido para esclarecer vários pontos do trabalho final, fiz este documento para que se orientem e que sirva de base para discussão nas próximas aulas em que nos revirmos.
Por favor, após a leitura, façam o exercício que está no final do PDF, pois ele será corrigido.
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