Programação

  • ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
    CENTRO COLABORADOR DA OPAS E OMS PARA DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM
    ERP 5769 - Saberes e Práticas em Saúde Mental - (2016)
    • Prezados alunos, sejam bem-vindos à disciplina Saberes e Práticas em Saúde Mental.
      As atividades da disciplina serão intercaladas entre tarefas e discussões presenciais e à distância via plataforma moodle.
      Esperamos que aproveitem as leituras, discussões e convidados!
    • CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

      12/09/16

      8 -12h

      Auditório II

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      14 às 18h

      Auditório II

      Discussão do programa da disciplina e apresentação dos participantes.

      Exposição e orientação sobre elaboração dos seminários

      Leitura/ elaboração para apresentação dos textos

      Textos para leitura

      PESSOTTI, I. A loucura e as épocas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.

      Grupo I O conceito da loucura na antiguidade (p.13 - 79)

      Grupo II A doutrina demonista (p.83 - 120)

       

      FOUCAULT, M. História da loucura. 5ª ed. São Paulo: Editora Perspectiva,1997.

      Grupo III Médicos e doentes (p.297 - 338). 

      Grupo IV O nascimento do asilo (p.459 - 503). 

       

      Elaboração do seminário: loucura na antiguidade, idade média e enfoque médico da loucura


           13/09/16

      8:30 -12h

      Sala 2

       

      Apresentação do seminário e discussão.

       

      14 -18h

       

      Sala 2

      Textos para leitura

      Referências Bibliográficas:          

      FOUCAULT, M. Vigiar e punir – história da violência nas prisões. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 1987.

      Grupo I Os corpos dóceis (p.125 - 172).

       

       GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1974.

      Grupo II As características das instituições totais (p.15 - 84)

       

      MACHADO, R. et al. Danação da norma – medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Grall, 1978.

      Grupo III Aos loucos o hospício (p.423 - 492)

       

      BASAGLIA, F. A instituição negada. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

      Grupo IV As instituições da violência (p.99 - 133)

       

      Elaboração do seminário: A docilização dos corpos e os recursos de adestramento. A vigilância, a disciplina. As características das instituições totais. A constituição e consolidação do saber psiquiátrico no Brasil.

      14/09/16

      8:30 - 12h

      Auditório II

       

      Apresentação do seminário e discussão.

       

      14:00- 18:00h

      Auditório II

       Leitura do texto

      Referência Bibliográfica:

      Yasui, S. Rupturas e encontros: desafios da Reforma Psiquiátrica brasileira, principalmente os capítulos 2, 3 e conclusão.

      Site: http://bvssp.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=639

       

      15/09/16

      8:30- 12h

      Sala 2

       

       

      14 -18h

      Sala 2

       

      Desafios da reforma psiquiátrica brasileira                    

       Prof. Dr. Silvio Yasui

      Docente do Departamento de Psicologia Evolutiva Social e Escolar

      UNESP/Campus ASSIS

       

      Filme/Discussão: Si pou fare

       Texto para leitura prévia: moodle

       

      19/09/16

      8:30 - 12h

      Auditório II

       

       

      14 -16h

      Auditório II

       

       

      Documentário: Os 10 anos da Reforma Psiquiátrica

      Discussão

       

       

      Desafios da saúde mental na atenção basica

      Profa. Carmen Lucia Cardoso

      Departamento de Psicologia da FFCLRP-USP

      Os desafios do processo de desistitucionalização em saúde mental

        

      Texto para leitura prévia

      SARACENO, B. Libertando identidades: da reabilitação psicossocial à cidadania possível. Rio de Janeiro: Instituto Franco Basaglia/Te Corá, 1999. Cap 1, 4 e 5

       

      26/09/16

      8:30 -12h

      Auditório II

           

      14 -18h

      Auditório II

       

       

      História e desenvolvimento do conceito de reabilitação psicossocial

      Profa. Sonia Barros

      Departamento Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem - USP

        

      Reabilitação psicossocial: variáveis e eixos da vida real

        

      Texto para leitura prévia: moodle 

       

      03/10/16

      8:30 -12h

      Auditório II

       

      14 -18h

      Sala Castor

      A construção de saberes e práticas relacionadas ao álcool e drogas sob a perspectiva da redução de danos

       

      Prof. Dr. Rubens de Camargo Ferreira Adorno

      Departamento Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública – USP

       

      Texto para leitura prévia:moodle

       

      10/10/16

      8:30-12h

       


      Auditório II

      Determinantes sociais em saúde mental

       

      Profa. Regina Célia Fiorati

      Docente do Curso de Terapia Ocupacional da FMRP-USP

       

      Texto para leitura prévia: moodle

       

      17/10/16

      14-18

      Sala 2 

      O cuidado como desafio para o pensar e o fazer nas práticas de saúde

      Prof. Dr. Jose Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres

      Docente do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina – USP

      24/10/16

      Último dia de entrega do trabalho no moodle




  • 12/09/2016

  • 13/09/2016

  • 14/09/2016

    • Yasui, S. Rupturas e encontros: desafios da Reforma Psiquiátrica brasileira, principalmente os capítulos 2, 3 e conclusão.

      www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4426/2/240.pdf 

    • Conforme combinado, coloquei aqui algumas reflexões, baseado numa síntese dos seminários de ontem, para conversarmos um pouco mais, se tiverem interesse, ou apenas refletirem

      Abraços

      Jacqueline

                                                                                       ***
      Para fazer uma síntese dos seminários de ontem, gostaria de relembrar a fala da Marisa durante o seminário sobre os corpos dóceis, quando ela mencionou o caso do filho dela que teve um problema com a professora. Em dado momento que ela relatava-nos o fato ela mencionou: "nós precisamo 'fazer o social' de um modo a não agredir o outro"


      Penso que essa fala ilustra bem o "papel" dos mecanismos de controle descritos por Foucault, que pode ser traduzido como "regulação social". Isto é, a ideia era a de que, para que todos pudessem exercer sua "liberdade" seria necessário algumas regras e exercícios que controlassem os corpos e a conduta das pessoas, de modo a ser possível a convivência social.


      Dessa forma estes mecanismos de controle foram instaurados em alguns dispositivos (como serviço militar, conventos) e uma vez que foram considerados "bem sucedidos" ao fim que se destinavam, foram legitimados (considerados eficazes) e instaurados em vários outros ambientes (fábricas, escolas etc).


      Esses mecanismos, como vcs viram nos textos, eram extremamente metódicos e rigorosos, mas inicialmente destinados a pessoas ditas "normais". Em relação aos "desviantes" das normas sociais, vislumbrava-se que estes mecanismos não foram totalmente eficazes e que para este grupo (loucos, criminosos, "vagabundos" etc) seria necessário que o rigor de tais mecanismos fosse intensificado, "justificando" (bem entre áspas) a lógica utilizada nas instituições totais.


      E aí, gostaria de destacar uma frase citada pelo Goffman quando fala sobre o cotidiano e normas das instituições totais, referindo que uma das regras era ter uma divisão bem delimitada entre os profissionais e os internados: "Existe sempre o perigo que o internado pareça humano" pg 75 - logo, o mecanismo de controle em sua vertente mais extrema visava de fato a anulação das subjetividades das pessoas (subjetividade entendida como aquilo que temos de desejos, particularidades e que nos diferencia dos outros, aquilo que nos faz humanos).


      Destacando, portanto, que nossa subjetividade se faz e se reforça nas relações que estabelecemos com as outras pessoas em espaços diversos como casa, trabalho, locais de lazer (lembrando que uma das características das instituições totais é romper com tais delimitações, isto é, trabalho, lazer e o morar se dar no mesmo espaço e com as mesmas pessoas).


      E aí surge a reflexão que tudo o que anula a subjetividade do indivíduo (o que nos faz humanos em relação a nós mesmos) e todos os atos/ações que reduzem ou impossibilitam as relações com o outro são mecanismos de controle que podem ter diferentes intencionalidades.


      Hannah Arendt chama-nos a atenção nesse sentido, isto é, reflete sobre o quanto que a relação com os outros potencializa a existência do diálogo e, através dele, nos humaniza. Ela ressalta a potência dessas relações exemplificando que todos os regimes totalitários (tirania) tiveram como uma das principais estratégias a anulação dos espaços de encontro, de relação com o outro, de diálogo.


      Como disse a Helcimara durante o seminário, "é inerente ao ser humano relacionar-se". Então proponho dois questionamento:


      - o que produz o espaço de "não relação"??


      - e voltando à questão da regulação social: como poderia ocorrer certa "regulação social" nos espaços (de cuidado ou da vida cotidiana) sem se desumanizar? Ou seja, como garantir que os direitos dos outros sejam respeitados sem mecanismos de controle tão rigorosos?


      Anderson Funai respondeu as 1:30 pm (1 hour) ago



      Sobre o primeiro questionamento, o que produz o espaço de "não relação"?

      Penso que a experiência humana é repleta de situações onde a disputa está sempre presente, logo a não relação estaria associado ao interesse de estar sobre. O sonho do oprimido se tornar opressor e não a utopia do oprimido quando destituir o opressor modificar o paradigma vigente.


      Após a apresentação dos seminários do dia 14, a Professora Regina fez uma intervenção excelente após um questionamento meu sobre a maneira como a Disciplina estava sendo conduzida. Questionei se estávamos sendo testados a questionar o modelo de condução da disciplina, pois o conteúdo parece ser totalmente oposto ao qual estávamos vivenciando, "controle rigoroso" e seminário com pouco tempo de preparo (Realizei o Serviço Militar e sabe a situação em que o Atirador precisa se virar nos 30 e o último tem que chegar pagando, rsrsrsrsr). Mas professora Regina mencionou durante a resposta de meu questionamento, a Escola de Filosofia de Frankfurt - A tese de que para uma sociedade chegar ao ponto de não ter a necessidade de regulação social, somente seria possível quando todos os indivíduos dela participante, tivessem um comprometimento ético tão elevado que a regulação deixaria de ser regulação, seria um estilo, um modo.   


      Helen Patricia do valle respondeu as 1:30 pm (1 hour) ago


      Sobre o primeiro questionamento, o que produz o espaço de "não relação"?

      Boa tarde

      Esses são questionamentos bastante importantes.Como não nos relacionarmos não é?Talvez o  sistema em que nos encontramos tenha nos impactado de tal forma que nos comportamos como máquinas, como foi salientado por um dos integrantes dos seminários apresentados. Acabamos esquecendo nosso valor por viver na correria, acabamos não nos vendo como unidade. O sistema arranjou uma forma para valorizarmos o que temos e não o que somos. Isso foi importante na fala das professoras no momento da discussão. Procuramos ter um automóvel novo, um celular de última geração, etc. E aí refletimos: mas podemos mudar o sistema? A resposta a meu ver é sim. Podemos ser transformadores e não docilizados.Podemos  aceitar ou não os mecanismos de controle e principalmente refletir sobre o que faz sentido pra mim. Nossos recursos e valores, aquilo que acreditamos deve prevalecer, entendendo o que algumas situações requerem de mim naquele momento e principalmente não desprezar o que faz sentido e significado para o outro, sendo um aspecto muito importante na relação/interação com as pessoas

  • 15/09/2016

  • 19/09/2016

  • 26/09/2016

  • 03/10/2016

  • 10/10/2016 Determinantes sociais da saúde mental

  • 17/10/2016

  • 24/10/2016

    • Texto com reflexão crítica sobre temática relacionada à Reforma Psiquiátrica articulando os conhecimentos trabalhados na disciplina.

      O trabalho poderá ser realizado individualmente ou em dupla.

      Se for feito em dupla favor colocar o nome dos participantes na primeira página do texto.

      (mínimo 10 e máximo 15 páginas)

      Obrigada!

  • Avaliação da disciplina

    Prezad@s alunos,

    Por favor, respondam este questionário com sua opinião e sugestões. Sua contribuição será muito útil para a melhoria da disciplina.

    Obrigada!