Programação

  • Plano, Bibliografia, Instruções e Professor

    Atenção:

    AS AULAS SERÃO PRESENCIAIS.

    Não haverá transmissão remota.

    BIBLIOTECA, INFORMAÇÃO E SOCIEDADE

    Primeiro semestre de 2023

    Departamento de Informação e Cultura (CBD)

    Escola de Comunicações e Artes (ECA)

    Universidade de São Paulo (USP)


    Período matutino: terças-feiras, das 8h00 às 11h45.

    Período noturno: terças-feiras, das 19h30 às 22h50. 

    Créditos Aula:

    Créditos Trabalho:

    0

    Carga Horária Total: 

    60 h 

    Tipo:

    Semestral 

    Ativação: 

    01/01/2012 

    Desativação:

     

    Objetivos 

    Apresentar aos discentes as relações necessárias entre informação confiável e cultura democrática, de modo a habilitar e estimular o profissional em formação a observar os requisitos da verdade factual para o acesso à cultura e ao conhecimento. Nesta disciplina, as bibliotecas serão pensadas como instituições abertas ao público e articuladas com as garantias individuais do Estado Democrático de Direito, com o objetivo de estimular a capacidade de análise crítica de políticas públicas para a informação, a cultura e o conhecimento.

    Docente Responsável

    Eugênio Bucci


    Monitora

    Martha Raquel Rodrigues


    Programa Resumido

    • Estudo das interfaces entre sociedade, informação e cultura democrática.
    • Fundamentos do direito do cidadão à informação, à educação, à cultura e ao exercício do poder.
    • A biblioteca além do acervo de livros: porta de entrada universal para a imaginação sem fronteiras e para o conhecimento dos direitos.
    • Noções de Estado e de sociedade civil.


    Tópicos do programa

    1. Fundamentos do liberalismo político (Revolução Francesa e Revolução Americana).
    2. O direito à informação.
    3. Noções de sociedade e de comunidade.
    4. Origens da ideia de biblioteca pública.
    5. Conceitos de Informação: como categoria matemática, como mercadoria, como História, como conhecimento etc.
    6. Verdade factual.
    7. Relações entre Informação e Comunicação.
    8. Relações entre Cultura e Informação.
    9. O estatuto dos fatos no pensamento político.
    10. Informação pública, ação e gestão cultural.
    11. Redes sociais, pós-verdade e informação confiável.

    Avaliação

         

    Método

    Aulas, seminários e produção de textos.

    Critério

    Notas atribuídas ao desempenho nos seminários, da participação em aula e trabalhos.

    Norma de Recuperação

    A recuperação será oferecida aos reprovados que obtiveram mínimo regimental e nota superior a TRÊS, segundo os prazos fixados pelo calendário de Atividades Acadêmicas.

    Observações:

    Composição da nota: a Prova 1 terá peso 1/10; o trabalho em grupo, peso 4/10; a Prova Final, peso 5/10.

    Sobre os seminários:

    Devem ser preparados para durar 90 minutos, com uso de recursos audiovisuais. Os alunos buscarão referências suplementares além dos textos recomendados na bibliografia, que são obrigatórios nas apresentações. ATENÇÃO: Com uma semana de antecedência, os grupos distribuirão à toda a turma um texto impresso preparatório do seminário, com cerca de 6 000 caracteres, expondo os pontos principais da exposição a ser feita. Esse material conterá a bibliografia usada, com todas as referências bibliográficas segundo as normas ABNT. 


    Bibliografia

    LIVROS

    ARENDT, Hannah. Verdade e Política. In: ______. Entre o Passado e o Futuro. Tradução de Manuel Alberto. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1995. 

    BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. Tradução: Cid Knipel. Prefácio: Manuel da Costa Pinto. 2ª Ed. São Paulo: Globo / Biblioteca Azul. 2012.

    Ou: HAMILTON, Tim. Fahrenheit 451 (Adapatação em HQ autorizada por Ray Bradbury). São Paulo: Editora Globo, 2011.

    BUCCI, Eugênio. Existe democracia sem verdade factual? – Cultura política, a imprensa e bibliotecas públicas em tempos de fake news. Coleção Interrogações, organizada por Lucia Santaella. Barueri: Estações das Letras e Cores, 2019.

    BUCCI, E. Segura o fascio: Os filmes da nossa morte, a propaganda libidinal e o autoritarismo regurgitado. In: NOVAES, Adauto (Org.). Mutações: Ainda sob a tempestade. São Paulo: Edições Sesc, 2020. 480pp. (p. 51-80)

    CAPURRO, R; HJORLAND, B. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007.

    COELHO, T. A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós-2001. São Paulo, Iluminuras, 2008.

    COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo, Iluminuras, 1997.

    CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA. Código de Ética e Deontologia do Bibliotecário Brasileiro. Brasília, 9 nov. 2018.

    GLEICK, J. A informação: uma história, uma teoria, uma enxurrada. São Paulo, Cia das Letras, 2013.

    MANGUEL, Alberto. A Biblioteca à noite. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

    MELLO, Patrícia Campos. A máquina do ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. 

    MILANESI, L. Biblioteca. São Paulo, Ateliê, 2002.

    MILANESI, L. A casa da invenção. São Paulo, Ateliê, 2000.

    MILANESI, L.A. A formação do informador, Inf.Inf., Londrina v.7, n.1, p.07-40, jan./jun. 2002.

    SANTAELLA, Lucia. A pós-verdade é verdadeira ou falsa? Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2018 (Coleção Interrogações). 

    SORJ, B. BRITO CRUZ, F. SANTOS, M.W. ORTELLADO, P. Sobrevivendo nas redes: guia do cidadão. São Paulo: Plataforma democrática, 2018. PDF em www.plataformademocrática.org.

    SUAIDEN, E.J. LEITE, C. Cultura da informação: os valores na construção do conhecimento. Curitiba: CRV, 2016.

    WILLIAMS, R. Palavra-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo, Boitempo, 2007.


    ARTIGO

    BRAYNER, Christian. Bibliotecas e fake news: algumas inverdades desta relação. Carta Capital, 1 abr 2019. https://biblioo.cartacapital.com.br/bibliotecas-e-fake-news-algumas-inverdades-desta-relacao/ Acesso em 31 jan 2020. 


    FILMES

    Nada de novo no front (Im Westen nichts Neues). Alemanha. 2022. Direção: Edward Berger. Neflix. 

    O nome da Rosa. Itália-Alemanha-França. 1986. Direção: Jean-Jacques Annaud.

    Danton e o processo da revolução. FRA/Polônia 1982. Direção de Andrzej Wajda.

    Uma cidade sem passado. Alemanha, 1990. Direção: Michael Verhoeven.

    Cidadão Ilustre. Argentina-Espanha, 2016. Direção: Gastón Duprat e Mariano Cohn.

    Driblando a democracia. França, 2018. Direção: Thomas Huchon. 

    Brexit: The Uncivil War. Inglaterra, 2019. Roteiro: James Graham. Direção: Toby Haynes. Exibido pelo Channel Four (Reino Unido) e pela HBO.

    Fahrenheit 451. Reino Unido. 1966. Direção: François Truffaut. 

    Fahrenheit 451. EUA, 2018. Produção e exibição: HBO. Diretor: Ramin Bahrani. 


    SOBRE O PROFESSOR

    Eugênio Bucci, jornalista, graduado em Comunicação Social e em Direito pela Universidade de São Paulo, é doutor pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde atualmente é Professor Titular, dando aulas na graduação (no CBD, no CJE e no CRP) e na pós-graduação (PPGCOM). É Superintendente de Comunicação Social da USP e coordenador acadêmico da Cátedra Oscar Sala (IEA-USP). Na Editora Abril, exerceu as funções de repórter, editor, editor sênior, diretor de redação e Secretário Editorial. Foi presidente da Radiobrás (de 2003 a 2007). É articulista quinzenal em O Estado de S. Paulo. Em 2011, recebeu o Prêmio Luiz Beltrão, na categoria Liderança Emergente, concedido pela Intercom. Em 2012, recebeu o Prêmio Excelência Jornalística, na categoria Opinião, da SIP (Sociedad Interamericana de Prensa). Recebeu também o prêmio Esso 2013 na categoria “Melhor Contribuição à Imprensa” pela Revista de Jornalismo ESPM, da qual é integrante e secretário do Conselho Editorial. Em 2017, recebeu o prêmio Tese Destaque, na USP, por ter orientado a melhor tese de 2016 na área de Ciências Sociais Aplicadas. Também em 2017, foi a personalidade homenageada do Prêmio Especialistas (conferido pela revista Negócios da Comunicação e pelo CECOM). É autor de vários livros e ensaios, entre eles “O Estado de Narciso – a comunicação pública a serviço da vaidade particular”, “A Forma Bruta dos Protestos” (ambos pela Companhia das Letras, 2015 e 2016) e "A Superindústria do Imaginário" (Autêntica, 2021).

    SOBRE A MONITORA:

    Martha Raquel Rodrigues, mestranda pelo Programa de Pós-Graduação Integração da América Latina (PROLAM), na Universidade de São Paulo (USP), atuando na linha de Comunicação e Cultura. Pesquisadora da Cátedra José Bonifácio do Centro Ibero-americano do Instituto de Relações Internacionais da USP. Possui graduação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2015). Coordenadora, editora e repórter da Rede Jornalistas Livres, também atua na produção e apresentação do Boletim Venezuela e é responsável pelo setorial da América Latina. Atua na Frente de Produção de Conteúdo e Redes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Foi responsável pela coordenação do núcleo de jornalismo do Brasil de Fato em Roraima. Atuou como editora e repórter com foco no estado do extremo Norte do país e na fronteira do Brasil com a Venezuela. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Direitos Humanos, atuando principalmente nos seguintes temas: questões indígenas, mineração, América Latina, direitos humanos, educação, saúde, política, movimentos sociais e populares, jornalismo comunitário e colaborativo. E-mail: martharaquel@usp.br

  • 14 de março.

    Atividades extra-classe (semana de recepção aos calouros).

    Não há aula regular.

  • Aula 1 – 21 de março.

    1. Interação em Sala de Aula: apresentações e depoimentos pessoais sobre percursos culturais (identidades culturais).

    1. Apresentação do programa do curso e divisão da sala em grupos.

    2. Prova escrita (Prova 1): 1. O que é cultura? O que é informação? O que é conhecimento? O que é sociedade e em que ela difere de uma comunidade?

    3. Aula expositiva: A persistência das mentalidades autoritárias na cultura política.


  • Aula 2 – 28 de março

    1. Avaliação dos trabalhos pelo professor.

    2. Perguntas dos alunos.

    3. Noções de informação, cultura e sociedade. 

    4. Apresentação da disciplina: Primeira parte: A informação e a verdade em nossos dias.



  • Aula 3 – 11 de abril

    1. Aula expositiva: Uma defesa da verdade factual. A relação da ideia de fato com a ideia de política e mesmo de Filosofia (segunda parte da apresentação geral da disciplina).

    1. Questões relacionadas:

      • Características da Revolução Francesa em relação à verdade: epifanias e construções.
      • Limites democráticos da Revolução Francesa: pobres e mulheres não votam; as grandes massas não têm acesso à informação.


  • Aula 4 – 18 de abril

    Conforme consta do programa da disciplina, a aula consiste na exibição do filme "Danton, o processo da revolução". Como o filme está disponível no Youtube, a orientação é de que ele seja assistido pelas duas classes. Não haverá encontro em nossa sala de aula presencial ou virtual. O horário deverá ser usado pelos discentes para ver o filme.

    O link é  


    "Danton, o processo da revolução" (Danton, FRA/Polônia 1982). Direção de Andrzej Wajda.

    Durante o período do “terror” na Revolução Francesa, a radicalização dos jacobinos sob a liderança de Robespierre passa a se valer de expurgos, julgamentos fraudados e uma série de execuções na guilhotina. Danton, orador carismático e figura símbolo da revolução, se opõe a Robespierre.

  • Aula 5 – 25 de abril

    Aula: Autoritarismo, totalitarismo e fascismo – o poder e suas modalidades de suprimir a cultura e a liberdade de opinião.

    (Leitura: BUCCI, E. Segura o fascio: Os filmes da nossa morte, a propaganda libidinal e o autoritarismo regurgitado. Texto da conferência apresentada pelo autor durante o Ciclo Mutações 2019 (Tema geral: Ainda sob a tempestade), no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mímeo. ECA-USP. 2020. NOTA DE ALERTA: Esse texto ainda será publicado em coletânea a ser organizada por ADAUTO NOVAES. Pede-se não divulgar para fora da sala de aula.)

    1. Aula expositiva sobre o tema. 

    2. Debates em sala:

      • Relações entre fascismo e nazismo.
      • Barreiras para a cultura em tempos de autoritarismo e totalitarismo.
      • Analogias entre a história do século XX, as distopias da ficção científica e as ações culturais.


    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 1 de preparação para o Seminário 1.

  • Aula 6 – 2 de maio

    Seminário 1: Fahrenheit 451: Quando a ficção científica informa sobre a nossa vida real.

    (Leitura: Fahrenheit 451, de Ray Bradburry.)

    1. Apresentação do seminário. 

      • Fontes de inspiração dessa obra de Ray Bradbury.
      • Que outras obras de ficção ela influenciou e por quê.
      • Paralelos entre o cenário ficcional e traços da realidade presente.
      • Qual o lugar dos livros segundo a visão do autor?
    1. Comentários do professor.

    1. Debate em sala:

      • Qual o modelo de sociedade que queima livros para queimar ideias e depois queimar pessoas? 
      • Quais as formas de se queimarem as ideias? 
      • De que outras maneiras a arte, a ficção e a informação sobre a realidade se alimentam reciprocamente?


    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 2 de preparação para o Seminário 2.

  • Aula 7 – 9 de maio

    Seminário 2: Problemas reais da desinformação e do discurso preconceituoso, conforme o que se lê no livro de Patrícia Campos Melo, A máquina do ódio.

    (Leitura: A máquina do ódio, capítulos 2 e 3 (da página 75 à página 166).

    (Outras passagens do livro poderão ser mencionadas se o grupo julgar pertinente.)

    Observar, na apresentação do seminário:

    1. Como a repórter se tornou vítima do assassinato de reputação.

    2. Semelhanças e diferenças dos modelos de populismo em marcha no mundo.

    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 3 de preparação para o Seminário 3.


  • Editar Aula 8 – 16 de maio

    Seminário 3: Desinformação na imprensa, na política e nas bibliotecas. 

    (Leitura: Apresentação e Primeira Parte do livro-base da disciplina, Existe democracia sem verdade factual?, da página 9 à página 28.)

    1. Apresentação do Seminário:

    ·         Como surgiu a expressão pós-verdade.

    ·         A relação tormentosa da imprensa com a verdade.

    ·         Como a “verdade factual”, segundo Hannah Arendt, pode ser separada de outras concepções de verdade.

    ·         Como a desinformação e as fake news conturbam o debate político.

    ·         Como mentiras influenciam decisões democráticas.

    ·         Como é o impacto da desinformação e das fake news nas bibliotecas públicas.

    ·         Modos de prevenir os estragos: Ifla e outros.

    ·         Exemplos práticos.

    2. Comentários do professor.

    3. Debates em sala.

    ·         Qual a distinção entre a atividade de quem faz política e a atividade de quem verifica a verdade? Por que essas esferas não são coincidentes, embora possam compartilhar de zonas comuns?

    ·         Por que a pós-verdade e as notícias fraudulentas agravam as ameaças contra a cultura democrática?

    ·         É racional esperar da imprensa que ela só diga a verdade?

    ·         Redes sociais e redações profissionais: qual das duas opções é mais confiável?

    ·         Como distinguir a verdade religiosa da verdade científica e da verdade na vida política da sociedade democrática?

    ·         Como as bibliotecas podem atuar nesse contexto?


    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 3 de preparação para o Seminário 4.


  • Aula 9 – 23 de maio

    Seminário 4: A verdade que supostamente emancipa – e o conceito que podemos ter de informação.

    (Leitura: Existe democracia sem verdade factual?, segunda parte, “Acerca da verdade que supostamente emancipa”, dá página 29 à página 56. A leitura da primeira parte do livro ajudará na feitura do seminário.)

    1. Apresentação do seminário:

      • De que forma a invenção da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa se encontram com a invenção da biblioteca pública (e sua função educativa): Naudet e Condorcet.
      • A noção de verdade (libertadora) no Iluminismo: Mirabeau e Maleserbes. 
      • O que os símbolos do barrete frígio e da Marianne têm a ver com o Ilumnismo?
      • O desencanto e a maldição do Iluminismo, das gilhotinas às trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
      • O declínio do culto à verdade, a ascensão do conceito de informação.
      • Origem desse conceito em Capurro.
      • A informação e seu valor de mercado: informação como mercadoria.
      • O ideal de se separar opinião e informação.
      • Conceito matemático de informação (Shannon e Weaver) e a informação que reduz a incerteza.
      • Como informação e verdade se reconciliam.
    1. Comentários do professor.

    2. Debate:

      • Uma informação que sirva para as teias digitais, para o Big Data e para a inteligência artificial, mas não tem sentido para os seres humanos, basta para embasar sociedades democráticas?
      • Que relações podem ser pensadas entre Cultura Grega, Renascimento, Iluminismo e a democracia contemporânea?
      • De que forma a revolução liberal burguesa, que não era inclusiva na prática (mulheres não tinham direitos políticos, por exemplo), evoluiu para o conceito contemporâneo de democracia?
      • Qual a importância do direito à informação nesse percurso?

    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 5 de preparação para o Seminário 5 (que será apresentado apenas no dia 6 de junho).


  • Editar Aula 10 – 30 de maio

    A classe deverá assistir, no horário da aula, ao filme Uma cidade sem passado (Alemanha, 1990. Direção: Michael Verhoeven). Não haverá encontro da turma na sala de aula, virtual ou presencial.

    Sonja é uma estudante aplicada e querida por todos na pequena cidade alemã na qual vive. Após vencer um concurso de monografias escolares, ela decide participar de um outro, cujo tema é "Minha cidade natal durante o III Reich". Os habitantes da cidade tornam-se reticentes e negam informações. Sonja tem o acesso ao arquivo municipal dificultado e perde o prazo para a entrega do texto. O tempo passa e, um dia, ela resolve retomar a pesquisa e enfrentar a comunidade. (Sinopse elaborada pela Biblioteca da ECA, a partir do catálogo da II Mostra Banco Nacional de Cinema.)

    (Se possível, é recomendável ver também O nome da Rosa, uma produção ítalo-franco-alemã, de 1986. Direção: Jean-Jacques Annaud. Baseado no romance homônimo de Umberto Eco, lançado em 1980. O padre franciscano William de Baskerville e seu aprendiz Adson von Melk tentam desvendar a autoria de mortes misteriosas em uma abadia medieval no século XIV.)

  • Aula 11 – 6 de junho

    Seminário 5. O que separa a biblioteca secreta da biblioteca pública.

    (Leitura: Biblioteca, o tecido cultural que o livro criou. In: SUAIDEN, E.J. LEITE, C. Cultura da informação: os valores na construção do conhecimento. Curitiba, CRV, 2016. pp. 53-79).

    O seminário deve se basear também no filme Uma cidade sem passado, visto pela turma na semana anterior.

    1. Apresentação do seminário. O núcleo temático do seminário está em refletir sobre a informação interditada versus a garantia de acesso universal ao conhecimento. Essa informação interditada pode residir no passado (como no argumento do filme Uma cidade sem passado ou mesmo nas memórias escondidas da ditadura militar no Brasil) assim como pode residir nas bibliotecas secretas da Idade Média.  Explorar as tensões entre a ideia de uma biblioteca reservada pelos “donos” do saber e o princípio que triunfaria no Iluminismo segundo o qual o conhecimento deve ser universal (90 minutos).

    2. Comentários do professor.

    1. Debates:

      • Por que na Idade Média a Igreja Católica tratava os livros como documentos de um saber oculto?
      • Em que a informação interditada (seja no passado, seja em bibliotecas secretas) ameaça a democracia?
      • O que significa a biblioteca como espaços públicos e universais?
      • Você acha que hoje as portas para o conhecimento são universais e públicas?
      • Por que a democracia depende desse princípio?

    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 6 de preparação para o Seminário 6.

  • Editar Aula 12 – 13 de junho

    Seminário 6: Por que a verdade factual faz diferença?

    (Existe democracia sem verdade facutal?, da página 57 à página 73).

    1. Apresentação do Seminário.

      • Como as redes sociais impulsionam a pós-verdade: em escala e também como fator econômico.
      • As redes sociais são agregadoras ou segregadoras?
      • Dos fatos soterrados à Comissão da Verdade.

    1. Comentários do professor.

    1. Intervalo.

    2. Debate:

      • Como você reflete a respeito do papel dos algoritmos na mediação do debate público?
      • Você acha que o Google vai substituir as bibliotecas do mundo?
      • Você vê algum nexo entre o trabalho do profissional que lida com informação para o público e projetos como a Comissão da Verdade, que investiga e restabelece a memória brasileira?

    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 7 de preparação para o Seminário 7.

  • Editar Aula 13 – 20 de junho

    Seminário 7: Duas estratégias de interdição dos fatos – e o conceito de fato em Aristóteles.

    (Existe democracia sem verdade factual?, da página 75 à página 98).

    1. Apresentação do Seminário.

      • Primeira estratégia de interdição dos fatos (emanada do poder): os apagões de real.
      • Segunda estratégia de interdição aos fatos (cujo discurso se vende como um movimento anti-establishment): o suicídio da consciência.
      • A opinião como farsa.
      • A palavra fato e suas origens gregas e latinas.
      • Os fatos na fundação da Filosofia.
    1. Comentários do professor.

    1. Debate em sala:

      • Como você desenvolveria um discurso crítico em relação às duas estratégias de interdição dos fatos apontadas no texto-base?
      • Poderíamos dizer que as métricas e os indicadores numéricos escondem os fatos? Em que sentido?
      • E o fanatismo? Por que ele pode ser uma forma de negação dos fatos?
      • Em que consiste o Juízo de Fato? E o Juízo de Valor?
      • Por que a Ciência Política se reivindica dos fatos?
      • Poderia haver política sem base nos fatos?
      • Como se relacionam os diversos sentidos de palavras que se referem aos fatos no texto grego de Aristóteles?
      • Por que a própria Filosofia foi buscar apoio nos fatos?
      • E o que tudo isso tem a ver com a Biblioteconomia?


    # DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO DO GRUPO 8 de preparação para o Seminário 8.

  • Aula 14 – 27 de junho

    Seminário 8: A dualidade entre a moral e os fatos em Maquiavel e Weber.

     (Existe democracia sem verdade facutal?, da página 99 à página 123).

    1. Apresentação do Seminário.

      • O Príncipe (de Maquiavel) e o espírito prático.
      • A responsabilidade factual em Weber.
      • Os fatos e a realização da Justiça.
      • A atualidade inconclusa.

    2. Comentários do professor.

    3. Debate em sala:

      • Por que os fatos pesam no pensamento de Maquiavel?
      • Em que termos era necessário separar a Política do domínio religioso do catolicismo?
      • Por que a verdade factual fornece a “textura” do domínio político, mas não cabe aos políticos estabelecer ou determinar a verdade de fato? 
      • A quem cabe investigar a verdade factual?
      • Como você relacionaria a Ética da Responsabilidade (conceito de Max Weber) com a responsabilidade no trato da informação?
      • O que dizer da responsabilidade do profissional da informação quando se trata de orientar os públicos que buscam conhecimento na atualidade.


  • Aula 15 – 4 de julho

    Prova Final

  • Textos I

  • Textos II