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Objetivos: Apresentar os contornos do surgimento e do desenvolvimento da antropologia do direito em alguns países, com ênfase e aprofundamento em propostas que vêm constituindo, desde o final dos anos 1970, a antropologia do direito no Brasil, caracterizada por estreitos diálogos com estudos de gênero, estudos de outros marcadores sociais da diferença, da antropologia da política e dos direitos humanos.


Justificativa: 
Além de a antropologia do direito acumular um vasto conjunto de referências bibliográficas em diversas línguas, há aproximadamente 40 anos ela vem se expandindo e se adensando no Brasil, onde existem, hoje, vários grupos e núcleos de pesquisa a ela voltados, especialmente vinculados a programas de pós-graduação em antropologia social de universidades públicas. Igualmente variadas são as atividades promovidas por esses grupos e núcleos em congressos, seminários e reuniões de associações internacionais e nacionais de antropologia.

O Núcleo de Antropologia do Direito da USP (NADIR), desde 2009, sempre nos anos ímpares, vem realizando os Encontros Nacionais de Antropologia do Direito (ENADIR) e fazendo um mapeamento-balanço-crítico do estado da arte no país.

Por fim, vale pontuar que com os Pareceres n° 55/2004 e 211/2004 do CNE/CES (Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Superior), a antropologia passou a fazer parte dos currículos dos cursos de graduação em Direito, o que tem demandado de docentes, seja com formação jurídica, seja com formação em antropologia/ ciências sociais ou mesmo com ambas, uma especial capacitação em antropologia do direito.


Conteúdo: 
A disciplina será desenvolvida em 15 aulas semanais expositivo-dialogadas que introduzirão problemáticas e propiciarão debates. Serão indicadas leituras obrigatórias e complementares para cada aula, bem como alguns documentários e filmes, com base nos quais, seja após explanações da docente e/ou de grupos de estudantes encarregados(as) de seminários (S), a palavra circulará entre os(as) presentes para que os seguintes temas sejam explorados e aprofundados.

  • Panorama do campo de estudos e pesquisas da antropologia do direito.
  • A antropologia do direito no Brasil. Dos primeiros estudos a um mapa-balanço atual: os ENADIR.
  • Justiça, lei e costume nas “sociedades primitivas”: alguns textos antropológicos clássicos.
  • Encontro entre os saberes antropológico, psicológico, médico e jurídico. A antropologia criminal e seus desdobramentos.
  • Repressão e criminalização de práticas mágico-religiosas no Brasil: um balanço e questões atuais.
  • Fatos, leis e perspectivas comparativas.
  • Fontes documentais em pesquisas antropológico-jurídicas.
  • Leituras antropológicas do Tribunal do Júri.
  • Antropologia, Ética e Direitos Humanos.
  • Violência, cidades, polícias e segurança pública/ privada: reflexões antropológicas.
  • Abordagens antropológicas de profissões do sistema de justiça no Brasil.

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