Sintaxe como resposta à organização mental

Durante a vida escolar, passamos por várias formas de treinamento mental para ter acesso ao que a mente humana criou durante sua evolução. Cada forma de estudar a língua materna é uma solução encontrada por estudiosos para entender a sistematicidade de nossos hábitos de comunicação. A sintaxe é um desses aprendizados que fazemos sob formas distintas.

Na escola, tomamos contato com a sistematização da escrita e da interpretação desse código de comunicação. Os modelos que vamos aprendendo não passam de possibilidades de compreensão. Nenhum deles conseguiu até hoje abarcar toda a riqueza da língua e da sintaxe. Sempre algo ficará por ser feito e por ser pensado, daí os estudos contínuos que se realizam em sintaxe.

Não há, assim, um único modelo que possa dar conta de todas as facetas sintáticas das línguas. Temos, assim, que aprender a reconhecer que estudar variados modelos e neles encontrarmos onde podemos mais fundamente contribuir é o papel do pesquisador de língua e de gramática.

Essas diferentes perspectivas não permitem consenso no uso de rótulos linguísticos. A cada modelo, será preciso estudar cautelosamente como se define língua e sintaxe e o que é priorizado para estudo. Até mesmo as perguntas denunciam em que perspectiva se insere o pesquisador, porque a busca da resposta demandará um conjunto de conhecimento teórico e um encaminhamento metodológico mais apropriado e que lhe facilitará alcançar mais adequadamente seus objetivos.

Estudar a sintaxe como uma resposta da organização mental demandará assumir que contexto é, tal como defendeu Givón, as possibilidades de mentes reconhecerem adequações interpretativas. Tudo o que está consolidado na Linguística talvez pudesse ser pensado criticamente. Seria mesmo a Linguística a ciência da linguagem humana? Que linguagem é essa? Leia o seguinte texto para ir se familiarizando com as discussões em sintonia com a abordagem cognitivo-funcional:

http://www.portaldeperiodicos.letras.ufrj.br/index.php/rl/article/view/1806-5333.2014v9n1p7


Contexto como outras mentes é o título do livro de Talmy Givón dedicado a essa discussão.