Sob um ponto de vista técnico,  a disciplina propõe estudar – com ênfase na música brasileira contemporânea – as diversificadas manifestações musicais que inventam e utilizam formas complexas de expansão ou hibridação do tonalismo através, principalmente, do uso extensivo do cromatismo e de notas acrescentadas às tríades dos campos harmônicos diatônicos. A partir de uma perspectiva decolonial, anti machista e antirracista, e objetivando superar abordagens tecnicistas e paradigmas eurocêntricos; além do repertório da música erudita ocidental, serão abordados e analisados repertórios diversificados, como por exemplo, o Choro, o Rap, o Funk, a MPB, o Jazz, o Rock, o Forró, o Reggae etc. Com relação à música erudita europeia, será examinado e analisado o repertório ultra cromático do final do século XIX e que precedeu algumas das novas propostas musicais do século XX na Europa (atonalismo, dodecafonismo, serialismo, minimalismo, música concreta, música eletroacústica, música experimental, nacionalismo etc.). Assim, além de aprofundar o estudo de aspecto estritamente musicais, o curso tem como um dos seus objetivos dotar os/as alunos/as de capacidade crítica para discutir e avaliar os aspectos contextuais (sociais, históricos e geográficos) que condicionam as diversas formas de criação e metodologias de análise harmônica que extrapolam as dimensões estritamente musicais (extramusicalidades: ligações entre texto/cena/imagem e música).