A disciplina apresenta e discute os fundamentos da ciência cognitiva, sua filosofia, seus modelos e aplicações. As atividades compreendem a análise e modelagem de sistemas cognitivos naturais e a concepção e de sistemas cognitivos artificiais e suas aplicações. Os temas são tratados sob dois aspectos: (i) Científico, que envolve a compreensão da cognição e dos demais processos cognitivos, de suas manifestações e propriedades, sob ponto de vista multidisciplinar (filosófico, matemático, computacional, físico, biológico e humanístico) focalizando em aspectos de interesse das diferentes áreas do conhecimento relacionados com o assunto. Nesse sentido, a disciplina enseja estimular a formalização dos conceitos, princípios e modelos, dirigida ao amadurecimento e à consolidação da linguagem e da metodologia sob um cunho interdisciplinar, objetivando seu uso na atividade de síntese e emprego em problemas de aplicação; (ii) Tecnológico e Aplicado, segundo uma abordagem de engenharia, aplicada à síntese de agentes e ferramentas de apoio, dirigidos à solução de problemas em que a informação requeira tratamento através de processos cognitivos (por exemplo, para aplicações à robótica, aos sistemas de inteligência distribuída, a interfaces e dispositivos que necessitem da construção e uso de conhecimento ou interpretação da informação, e congêneres). A disciplina oferece oportunidade aos alunos de aprofundarem seus conhecimentos em um assunto interdisciplinar, atual e em efervescência, proporcionando-lhes temas de estudo, discussão e atividades que visam desenvolver habilidades para analisar aspectos abstratos relacionados aos processos cognitivos em agentes (tais como percepção, cognição, atenção, tomada de decisão, raciocínio, controle de ações e do comportamento, aprendizagem, consciência, linguagem e comunicação, entre outros) sob o ponto de vista dos problemas e questões que surgem na situação natural (em que os agentes são de natureza biológica). Tais aspectos referem-se à maneira como os processos tratam, coordenam e adquirem informação, identificam seus aspectos invariantes, procedendo à sua representação, transformação e interpretação, conferindo-lhe ou não o caráter de conhecimento, e sua preservação, recuperação e uso. Busca-se, então, a identificação desses aspectos nos agentes biológicos, analisando-se suas características estruturais e funcionais quanto ao aspecto de tratamento de informação, e a investigação de suas correlações necessárias com a organização e constituição biológicas. Esse conhecimento é utilizado como embasamento para a análise e síntese de sistemas cognitivos artificiais nas diversas escalas (agentes robóticos, ambientes inteligentes e dispositivos com autonomia relacionada à aquisição, construção e uso de conhecimento). Por outro lado, argumentos e hipóteses formais, são elaborados para a concepção de modelos teóricos para os sistemas biológicos, sendo então discutidos métodos de verificação e procedimentos de simulação e teste. O nível desta disciplina é intermediário, sendo apropriada tanto para alunos de mestrado como de doutorado, e se mostra particularmente interessante para aqueles que desejam desenvolver seus trabalhos em áreas relacionadas à inteligência computacional e aos sistemas cognitivos. A avaliação dos alunos poderá envolver atividades que vão do estudo de casos e situações, à modelagem, simulação e projeto, conforme os perfis individuais dos alunos interessados, uma vez que seu escopo se aplica tanto aos alunos das engenharias e ciências exatas, bem como aos das demais áreas de conhecimento, nas ciências biológicas e humanas.