As questões objetivas ou testes de múltipla escolha com somente única alternativa correta constituem um dos métodos mais utilizados em todo o mundo em exames destinados a avaliar habilidades cognitivas, especialmente nas avaliações somativas. Provas contendo predominantemente questões objetivas de múltipla escolha são utilizadas, sobretudo, nos exames em que muita coisa está em jogo, como nos concursos vestibulares, nas provas finais de cursos de graduação e nos exames próprios dos concursos de ingresso à Residência Médica ou de obtenção de título de especialista. Esta ampla difusão justifica-se pelo fato de os exames compostos com este tipo de questão preencherem mais completamente os requisitos de validade e de fidedignidade, além de terem vantagens quanto à viabilidade ou factibilidade, particularmente em provas com grande número de candidatos. No entanto, os requisitos de validade e fidedignidade, em especial, somente são preenchidos adequadamente quando se seguem normas próprias das boas práticas de construção de exames e de elaboração dos testes propriamente ditos.

Nesta oficina apresentamos um conjunto de regras práticas para se construir questões de múltipla escolha de boa qualidade, no que se refere à forma e ao conteúdo, além de oferecer uma oportunidade para experimentar a revisão de testes no formato de um "painel de especialistas".