Você recebe para atendimento Maria, 72 anos com história de dores ósseas desde março de 2022, inicialmente na transição tóraco-lombar que melhorou e atualmente em região torácica posterior e anterior. Relata anemia há algum tempo atrás tendo sido medicada, mas não se recorda se houve avaliação para verificar resposta ao tratamento

Ao Exame clínico:

IG: REG, fácies de dor, inquieta no leito, fala entrecortada, taquipneia, com semblante cerrado e fala levemente agressiva. Descorada ++/4, desidratada +/4, febril, acianótica e anctérica.

ACV: rcr bnf. 2t ss pp+ bilat e sim AR: mv + bilat e sim s/ ra

ABDM: Globoso, flácido, indolor, sem vcm,RHA + e nls.

EXTREM: sem edema, cianose ou empastamento.

Sistema Retículoendotlial: sem adenomegalias ou esplenomegalia.

Exames na admissão:

Hemograma:

Hb inicial 7,5g/dL - pós transfusão 9,0. Leuc e plaq OK.

Acido fólico: 5,77 Creat 1,3. Uréia 38,2. Cálcio iônico 5,4. DHL 417,7  Ac úrico 3,1

PCR 0,1; Proteínas totais 10,18 sendo albumina 3,02 e globulina 7,16

Beta2 microglobulina: 5,67

RX de torax vértebra torácica T6 acunhada/desabada parcialmente.

Com estas informações você conseguiu pensar na principal hipótese diagnóstica para o caso, mas para confirmar, resolveu solicitar exames laboratoriais adicionais.

Explicou à paciente que iria fazer a medicação para controlar as dores e que seria importante ter esse diagnóstico definitivo e por isso, uma amostra da medula

deveria ser colhida além de exames mais específicos.

A paciente então perguntou: Então essas alterações do sangue estão relacionadas diretamente com as minhas dores que eu venho tendo?

No dia seguinte ao passar visita na enfermaria você recebe ligação do laboratório com resultado preliminar do mielograma: Identificado 30% de plasmócitos na medula. Na sequência recebe os resultados dos exames solicitados ontem:

Imagem


Com esses resultados você já tem um diagnóstico firmado.

Você deve responder as perguntas da paciente:

1. O que mostram os testes sanguíneos e de medula óssea? Como esses resultados se comparam com o “normal”?

2. Que tipo de tratamento será necessário?

3. Existem diferentes tratamentos para meu caso?

4. O tratamento será coberto pelo meu plano de saúde ou pelo SUS?

5. Que efeitos colaterais posso esperar do tratamento?

6. O que pode ser feito para lidar com esses efeitos colaterais?

7. Com que frequência e por quanto tempo necessitarei acompanhamento médico?

8. Precisarei alterar minha rotina ou evitar alguma atividade?

9. Quais as perspectivas após o tratamento?

Aguarda ainda: Imunofenotipagem e Citogenética = pedido autorizado = no prontuário físico (programação para coleta e envio em 25/07).

Avaliação da ortopedia.


Última atualização: quarta-feira, 18 out. 2023, 08:35