Modificado de “O Globo”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) havia divulgada no último ano, as dez prioridades para a área da saúde em 2020. A agência, ligada à Organização das Nações Unidas, pretendia ampliar em 1 bilhão o número de pessoas com acesso a saúde no mundo. Entre as metas, há as que impactam diretamente na vida da população idosa, como o controle de doenças crônicas não transmissíveis e de cuidados na atenção primária, entre outros.

Segundo a OMS, diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo – o equivalente a 41 milhões de óbitos. Em 2018, dados do Ministério da Saúde apontam que 39,5% dos idosos possuem alguma doença crônica e quase 30% possuem duas ou mais. Os números são do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi), uma rede internacional de pesquisa sobre o envelhecimento.

Já o levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), ligada ao MS, revela que o diagnóstico de diabetes aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que 13 milhões de brasileiros convivam com a doença.

Outro ponto de destaque nas recomendações da OMS é para a atenção primária de saúde, que, segundo a organização, “é geralmente o primeiro ponto de contato que as pessoas têm com o seu sistema de saúde e, deve fornecer, ao longo da vida, cuidados integrados, acessíveis e baseados na comunidade”. É a Unidade Básica de Saúde, o cenário mais favorável para a prevenção assim como o diagnóstico precoce além de ser o ambiente mais adequado para o gerenciamento da frequente associação de doenças crônicas, da associação de diferentes medicamentos em uso e consequente risco de iatrogenia e polifarmácia.

O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), rede internacional para pesquisas sobre envelhecimento, apontou que 75,3% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde.

Última atualização: segunda-feira, 22 jun. 2020, 10:06