Essa pergunta em um primeiro momento parece fácil. A gente responde com nosso nome, idade, a cidade que moramos, o que estudamos, onde trabalhamos, se temos filhos... Mas e o que gostamos de fazer quando ninguém está olhando? Quais são nossas atividades preferidas, o que gostamos de comer, ler, assistir, se gostamos de conversar e trocar com outras pessoas? Onde entram todas essas informações? 


Para começar nosso curso sobre Direitos Humanos, o convidamos a participar de um exercício que você fará para você mesmo: a escuta interna. Ele será importante para abrir reflexões que serão trabalhadas durante o curso. Ao final da formação iremos retomá-lo.  


Só conseguimos compreender o nosso papel enquanto cidadão depois que sabemos quem somos e o que queremos. É com essa compreensão que podemos também entender o outro e o enxergamos como sujeito semelhante, com seu universo de particularidades, que sofre, se alegra. 


Já pensou que, assim como você, outras pessoas têm medos, angústias, dores, alegrias, memórias, cicatrizes? Muitas vezes não compartilhamos com outras pessoas o que estamos sentindo, as cicatrizes que carregamos, os motivos que nos trouxeram até aqui. Da mesma forma, o outro do nosso lado também tem suas questões que não estão sendo compartilhadas mas que estão lá, preenchendo sua subjetividade e o formando como sujeito. 


Cada um sabe o que carrega dentro de si, às vezes é só difícil organizar esse conglomerado de sentimentos e emoções. O que eu mais gosto? O que menos gosto? O que desejo? Que tal se mapear para fazer essa leitura sobre você mesmo? O convite nessa abertura de curso está feito.


Feita essa reflexão inicial leia as frases abaixo e reflita quais delas dialogam com você, quais representam seus valores e opiniões. Se julgar necessário, faça anotações.

  1. Nosso país é multicultural e isso é muito importante.

  2. Os índios, os portugueses e os negros tiveram igual influência na cultura brasileira. 

  3. No Brasil muitas pessoas têm preconceito mas não me enquadro nesse cenário. 

  4. Prefiro amigos homens porque mulheres são mais falsas.

  5. Hoje muitas discussões na verdade são mimimi.

  6. Nunca elogiei o trabalho de colegas mas já os critiquei sem motivo.

  7. Acredito em toda forma de amor. 

  8. Acredito na cultura do feedback e do reconhecimento dentro do ambiente de trabalho.

  9. “Mercado negro”, “Lista negra”, “a coisa tá preta” são só uma forma de expressão. Nada mais que isso. 

  10.  Na família o homem é que tem o poder.

  11.  Acredito que cada um tem que ser feliz do jeito que é. 

  12.  Já cantei colegas de trabalho que ficaram desconfortáveis

  13.  Cabe somente à mulher tomar providências para não ter filhos.

  14. Tenho um cargo de gestor e dou ordens confusas e contraditórias aos meus colegas.

  15.  As mulheres não deveriam ter as mesmas profissões que os homens.

  16.  A pessoa tem que ser chamada como está em sua certidão de nascimento e não pelo seu nome social.

  17.  Os negros enfrentam mais dificuldades do que os brancos.

  18.  A cor da pele influencia a inteligência.

  19.  Tudo bem ser homossexual, só não precisa ficar se mostrando. 

  20. Todas as pessoas devem ser tratadas iguais perante a lei.


Guarde essas respostas em um lugar que só você vá ver. Agora estamos prontos para começar! 

Ilustração por Thiago Krening


Última modificación: jueves, 2 de junio de 2022, 20:06