Nome:
Marcio Koji Umezawa e Rivaldo Xavier Jr.
Turma:
3º E e 3º F
Relato:

De volta as atividades com nossas turmas desta vez retornamos também com temas os relacionados ao eletromagnetismo, mas especificamente com o temas dos condutores, visto na aula de reconhecimento do primeiro semestre.

Inicialmente iríamos adotar a mesma abordagem das aulas anteriores, ou seja, um texto a ser lido com os alunos seguida da atividade. Ao invés disso resolvemos trocar a primeira parte por uma introdução rápida do tema feita por um de nós, seguida de uma demonstração / simulação online que retrata as escalas do universo (http://htwins.net/scale2/lang.html).

Para que isso ocorresse chegamos mais cedo à escola e contatamos o diretor do Liberatti pedindo por uma sala que possuísse os recursos necessários. Ele nos ofereceu a sala de artes, que continha um projetor e mesas próprias para trabalho em grupo. Embora com algumas dificuldades com relação a conexão de internet e uma imagem projetada com um certo desajuste de cores, o aparato da sala se mostrou bastante adequado, o que nos fez pensar que deveríamos ter utilizado esta sala em todas as nossas atividades.

Quanto a aula em si tivemos que a turma permaneceu muito agitada durante nossa introdução, talvez pelo fato de nossa presença já não ser novidade (foi a primeira vez que conseguimos realizar duas atividades seguidas, seguindo o cronograma oficial da disciplina), mas a nossa ferramenta de escala trouxe a eles o elemento de novidade que canalizou o interesse deles. Daí que trazer algum elemento surpreendente a cada aula pode ser o começo para a elaboração de algo produtivo em termos educacionais.

Terminadas as apresentações começamos as atividades em grupo. Devido a configuração das mesas da sala os grupos já estavam definidos previamente e assim novamente cada estagiário ficou responsável por uma mesa (embora haviam seis mesas e neste semestre estamos com cinco estagiários). Tínhamos um roteiro com alguns materiais para os testes de condução e deixamos espaço para testes com materiais escolhidos pelos alunos. Tudo isso ficou numa mesa, o que gerou algum congestionamento na sala, que é um pouco menor que a sala normal, e um quase desabastecimento da segunda turma, devido ao alto uso dos materiais ou de uma subestimativa por parte de nossa parte.

Novamente surgiram um velho problema, que aparentemente não seremos capazes de solucionar: o tempo. Entre deslocamento e acomodação de cada turma na sala de artes, apresentação, retirada de materiais e finalmente a realização do experimento, se passa algo próximo a metade da aula, o que leva novamente à pressão pela realização rápida do experimento. A ideia era de fazer com que os conceitos de ligações químicas e condutividade fossem abordadas de acordo com o andamento dos testes feitos com o equipamento, relacionando com o texto entregue junto com a atividade e talvez com a nossa animação, mas isso só foi possível em parte. Foi possível abordar alguns assuntos em momentos esporádicos, como na condução pelo corpo e da diferença entre água de torneira e a destilada, entretanto tudo pareceu um tanto disperso e serve mais como uma simples curiosidade, ao invés de algo mais elaborado.

Nessa atividade procuramos adotar novamente um procedimento que desse mais autonomia aos alunos, cuja viabilidade foi constatada na aula da máquina de Heron, mas queríamos corrigir alguns erros dela, como o excesso de procedimentos e teorias envolvidas. O resultado obtido dessa vez foi de que percebe-se a existência de habilidades empíricas dos alunos, mas isso não é vinculado a aspectos teóricos, ou seja, parece que eles não estão sendo capazes de assimilar que existe um relacionamento entre os diversos elementos apresentados (texto, apresentação oral, vídeos) que fazem parte de uma teoria física. Tentamos abordar um tema que, embora no primeiro semestre já tivesse sido visto pelos alunos, pudesse criar um vínculo entre as aulas "normais" e as nossas atividades, mas isso continua sendo um dos maiores desafios do nosso trabalho lá na escola.

Para a próxima aula, visto esses problemas, tentaremos "corrigir" a atividade, buscando explicar os aspectos teóricos que ficaram perdidos ao longo da aula. Além disso queremos avaliar os alunos em relação ao nosso trabalho com eles, para tentarmos descobrir o que eles pensam de nós e também tentar conhecer um pouco mais sobre eles e o que realmente pensam sobre seu futuro e se a Física será algo relevante a eles.

Anexos: