Nome:

Agnaldo, Ronaldo, Vitor

Turma:

Feira de Ciências

Relato:

19/10 - Feira de Ciências

 

A feira de ciências programada para o Liberatti iniciou-se às 8 horas da mahã pontualmente.

 

Os alunos estagiários montaram suas bancadas no pátio do colégio em mesas dispostas ao longo deste envolvendo os bancos que os pais utilizaram para sentar. Até por volta das 10 da manhã, foram apresentados vários vídeos informativos (tais como um breve documentário sobre obesidade na infância), espetáculos de “stand-up comedy”, números musicais (utilizando instrumentos clássicos como piano e também um número musical com copos) e teatro. Todas elas preparadas e apresentada pelos alunos da escola.

 

Ao término das apresentações, foram iniciadas as oficinas. A partir de então, as bancadas passaram a ser visitadas pelos pais e alunos.

 

Constantemente explicávamos os experimentos que havíamos trazido. O interessante é notar como evolui a explicação conforme a repetimos (posso garantir que a última pessoa que passou pela minha bancada recebeu uma explicação muito mais detalhada que a primeira).

 

Resumindo sucintamente o que foi apresentado, a idéia inicial era propor que o visitante “acendesse” o LED da bobina utilizando o imã para na sequência discorrer sobre o campo magnético dele em si. Uma representação de um imã e seu campo magnético fora impressa e levada para auxiliar na explicação.

 

Nesta ocasião, ocorreu algo que também aconteceu nas demais atividades no colégio: a mudança repentina com relação ao planejado. Entretanto, nesta ocasião, esta mudança certamente foi para muito melhor já que  O planejamento inicial previa a seguinte sequência:

  1. Desafio ao visitante para acender o LED;
  2. Mostrar a atração da limalha de ferro no imã;
  3. Explicar a ley de Faraday;

 

Ao longo da feira, acabei mudando a apresentação para a seguinte:

  1. Mostrar a ilustração impressa do campo magnético e questionar se já haviam visto algo similar (a maioria das pessoas já havia visto);
  2. Perguntar se acreditam naquela imagem e se eles tinham alguma idéia de onde o desenhista daquela imagem tinha tirado aquilo;
  3. Mostrar a limalha de ferro sendo atraída pelo imã e aproximar os dois pólos dos imãs para mostrar as características do campo magnético e correlacionar com a ilustração;
  4. Mostrar a aplicação do campo magnético, propondo o desafio de acender o LED;
  5. Mencionar que eles acabaram de ver a diferença entre a profissão do Físico e de um Engenheiro. O Físico estuda o campo magnético em si, enquanto que o engenheiro o aplica;

 

O mais prazeroso foi ouvir alguns feedbacks (aparentemente) sinceros de algumas pessoas, que mencionaram que a minha didática era muito boa!

 

Esta atividade do Liberatti foi a comprovação de que é possível mostrar a Física para as pessoas (e não somente alunos) de uma forma muito mais interessante. Basta correlacionar os conceitos físicos com algo que seja familiar ao dia-a-dia deles.

 

 

21/10 - Observação – Cor das coisas 2º ano

 

Na aula do 2º colegial, o experimento escolhido foi “a cor das coisas”.

 

Foram formados grupos de alunos que se revezavam para ir observar a luz sendo refletida em objetos dentro de uma caixa de madeira. A idéia era refletir sobre as cores observadas nos objetos, questionando se as cores que observamos são de fato as cores do objeto ou se são proveniente de alguma interação com a luz incidente sobre ele.

 

Os alunos deveriam responder a um questionário acerca das observações. Basicamente, este quesitonário continha perguntas investigativas voltadas à reflexão tais como “o que vocês acham... ?”, “imaginem...”.

 

Trata-se de uma atividade com pouca interação por parte dos alunos. A maior parte do tempo foi voltado à responder o questionário e à discussão do que fora observado dentro da caixa.

 

Curiosamente, nesta turma um dos alunos veio conversar comigo. Ele faz curso técnico em eletrônica e pretende concorrer à uma vaga na Escola Politécnica. Dei total apoio e passei meu contato a ele.

 

Observação – 3º ano

 

Este relato refere-se à uma reflexão feita o longo da observação da aula.

 

Não preparamos atividade para este dia pois o professor havia solicitado que deixássemos somente para a próxima visita (04/11) para que ele pudesse ministrar conteúdo neste dia.

 

Ao chegar na sala, fomos cumprimentados por alguns alunos. Isso é um excelente sinal, pois nota-se uma proximidade maior deles para conosco. Isso me parece essencial para um bom andamento das aulas.

 

Notamos um atraso de quase 15 minutos até que os alunos estivessem ordenados em suas carteiras. Isso me fez recordar as semanas anteriores, onde pedimos aos alunos mais “bagunceiros” para nos ajudar a organizar a sala. Desta forma, eles continuariam “conversando” mas estariam usando sua energia em prol da aula (e também economizando tempo).

 

O professor deixou a aula para que finalizássem um trabalho, entretanto, reparei que nenhum aluno de fato se empenhou em finalizá-lo. Esse é um indício de que aulas tradicionais não são atrativo nenhum para os alunos e fica ainda mais evidente o quão valiosas são as atividades que fazemos nas turmas. Alguns alunos até comentaram que ficam chateados quando não levamos atividade nenhuma para eles.

 

Outro ponto claro que pudemos observar é o tamanho da importância do professor dentro da sala. A liderança da aula é dele. Se ele não intervir, não há aula. O problema não é aula em si, tampouco o desinteresse dos alunos, mas sim a dificuldade que nós professores temos de saber focalizar a energia dos alunos em prol da aula e do conhecimento.

 

No dia 4/11, voltaremos com mais uma atividade.

Anexos: