Nome:

Guilherme e Luis

Turma:

1N e P

Relato:

Nosso sexto experimento tinha como tema a discussão de conceitos relacionados à grandeza física Trabalho, no caso utilizamos como modelo para o nosso roteiro o roteiro sugerido “Puxando o carrinho”, porém abordando somente a parte conceitual e reduzindo o roteiro  aos pontos mais importantes para que o problema da falta de tempo e impossibilidade de terminar os roteiros.

Começando sobre o nosso velho problema com tempo, pela primeira vez todos os alunos nas duas turmas conseguiram terminar o trabalho, independentemente do desempenho dos alunos todos conseguiram responder as três perguntas e fazer uma breve discussão conclusiva.

Apesar de termos encontrado a extensão ideal para o nosso modelo de roteiro, comecei a notar com mais atenção alguns problemas que já comecei a discutir no roteiro passado, em particular o problema com o silencio por parte dos alunos após fazermos uma breve introdução sobre o tema, pois então, esse problema é pior que imaginava. O silêncio dos alunos não é por causa da discussão, mas sim a minha presença nas bancadas, em dado instante eu comecei apenas a observa-los a distancia e notei que após algum tempo eles voltavam a discutir sobre o experimento, porém a qualquer sinal de uma aproximação minha eles paravam, se eu começava a acompanhar outra bancada os primeiros voltavam a discutir.

O que mais me perturba é que isso acontecia comigo nas aulas de laboratório, ou mesmo nas aulas em que há algum tipo de discussão em que o professor circula pela sala, em geral os alunos param com a discussão, mesmo assim eu não havia notado isso quando na posição de professor. Esse tipo miopia para observação de uma situação quando acontece essa mudança de referencial me preocupa, especialmente porque nos já passamos da metade dos experimentos e não tinha me dado conta disso até então.

Nesses momentos de observação que pratiquei nessa ida a escola aproveitei alguns minutos para conversar com o professor Rafael sobre esse problema, na opinião dele a reação dos alunos a esse tipo situação é resultado de certa expectativa que os alunos tem do professor “resolver os problemas” para eles, uma certa postura passiva com relação ao processo de aprendizagem, apesar disso parecer obvio e de já ter lido a respeito desse sintoma com reação aos modelos de educação mais tradicional, eu fico de certa forma decepcionado comigo mesmo por não ter notado isso até agora.

Mesmo usando de todos os artifícios possíveis que explorassem a criação de certa autonomia por parte dos alunos noto agora que eles já estão tão acostumados com o modelo tradicional que eles chegam ao ponto de gostar e se sentir incomodados com a mudança, e novamente vejo que eu não havia feito uma analise correta ou pelo menos mais abrangente do perfil  dos alunos.

Pensando nessa analise pouco detalhada que fiz dos educandos  procurei novamente a opinião do Rafael, que sem sobra de duvidas conhece os alunos melhor do que nós, para a confecção do nosso próximo roteiro, no caso continuaremos explorando o mesmo tema, só que de uma forma mais “bancária” ou mais puxado para o FAI, mas que no final tenha um fundo mais “Vygotsquiano”, com uma ou duas medições e aplicação de formula. Apesar de ser contra esse tipo de modelo com essa minha última experiência em sala me leva a concluir que não amadureci suficientemente a minha intuição pedagógica para propor roteiros totalmente fora dos moldes tradicionais, já que esses fazem parte da vida dos alunos e isso é de fundamental importância para se ter em mente ao entrar em sala de aula.

Anexos: Documento Word 2007 relato 8.docx