Justificativa

O Brasil investe 6,0% de seu PIB em educação, sendo R$ 75,4 bilhões somente nas instituições de ensino superior (BRASIL, 2018). Assim, toda a sociedade é contribuinte para o desenvolvimento de conhecimento científico do país, do qual sua imensa maioria é oriundo das universidades públicas (CROSS; THOMSON; SINCLAIR, 2018). Entretanto, apesar de aparecer bem posicionado nos rankings de produção científica, o Brasil não se sai tão bem assim com seu IDH (PNUD, 2015; UNESCO, 2015). Isso sugere que a produção científica brasileira pouco se converte em melhoria na qualidade de vida da população.

Pensando nisso, esta atividade vem como forma de contribuir com o pilar de extensão da Universidade. O conhecimento científico é produzido por e para acadêmicos, sendo, portanto, pouco acessível à população de modo geral. Por meio de materiais de divulgação científica esse conhecimento pode ser “traduzido”, e levado ao grande público de forma amigável e interessante. Acredita-se que para que a população valorize a ciência, é necessário que a ciência seja capaz de dialogar com a população. Assim, a divulgação científica contribui para a alfabetização científica dos cidadãos, tornando-os mais aptos a participarem de debates sócio científicos (BUENO, 2010).

Ademais, ao produzirem conteúdos explicativos os estudantes poderão se envolver de forma mais aprofundada com o conhecimento. Segundo a teoria proposta por Edgar Dale em sua pirâmide de aprendizagem, atividades relacionadas ao fazer – tal como preparar uma apresentação sobre o assunto – são as que promovem maior retenção de informações (PICOLLI; SPERS; MORAES, 2013). Por fim, o ato de criar encontra-se no mais alto nível cognitivo da Taxonomia Revisada de Bloom (KRATHWOHL, 2002). Assim, para criarem um conteúdo, é necessário que os estudantes tenham dominado todos os outros níveis cognitivos da taxonomia: relembrar, entender, aplicar, analisar e avaliar.


Objetivo

Criar um material de divulgação científica sobre o tema designado ao seu grupo.

Vocês devem explicar, de forma acessível, os conceitos químicos por trás dos fenômenos em foco. As perguntas investigativas podem orientá-los nessa busca.

A forma do material a ser criado é totalmente livre, decidida a critério dos estudantes. Podem ser produzidos quaisquer tipos de materiais, tais como vídeos, jograis, músicas, cartazes, esquetes, livretos, intervenções em mídias sociais, infográficos, palestras etc.

São disponibilizados artigos científicos para servir de guia no início das investigações. A bibliografia oferecida não responde a todas as questões levantadas, de modo que vocês não devem se restringir a ela. Os grupos deverão realizar pesquisas autônomas a fim de complementar as informações fornecidas.



Referências

BRASIL. Aspectos Fiscais da Educação no Brasil. Brasília: [s.n.]. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/318974/EducacaoCesef2/eb3e416c-be6c-4325-af75-53982b85dbb4>. Acesso em: 15 jan. 2020.

BUENO, W. C. Comunicação cientifica e divulgação científica: aproximações e rupturas conceituais. Informação & Informação, v. 15, n. esp, p. 1–12, 2010.

CROSS, D.; THOMSON, S.; SINCLAIR, A. Research in Brazil A report for CAPES by Clarivate Analytics. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/images/stories/download/diversos/17012018-CAPES-InCitesReport-Final.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2020.

KRATHWOHL, D. R. A Revision of Bloom’s Taxonomy: An Overview. American Journal of Psychology, v. 41, n. 4, p. 212–218, 2002.

PICOLLI, C. DE A.; SPERS, E. E.; MORAES, S. G. DE. A Reconstrução de um Plano de Ensino: uma Investigação Sobre Estilos e Habilidades de Aprendizagem, 2013.

PNUD. IDH Global | PNUD Brasil. Disponível em: <https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idh-global.html>. Acesso em: 14 jan. 2020.