6. Estratégias para a conservação dos recursos naturais

Algumas iniciativas viáveis

A conservação biológica, além de tentar compreender as consequências que os diversos tipos de impactos negativos trazem ao meio ambiente, também procura buscar formas de amenizar os danos. Existem várias estratégias de proteção à natureza, sendo a mais eficaz a criação de áreas protegidas, denominada conservação in situ. Com a criação de áreas protegidas, ou unidades de conservação, protegem-se diversas espécies ao mesmo tempo (todas as que habitam a área), além dos rios, solos e belas paisagens. Outra estratégia é a conservação ex-situ, voltada à proteção de indivíduos, ou parte deles (sementes, genes), fora do seu ambiente natural. Isso ocorre em jardins botânicos e zoológicos, por exemplo. Outra estratégia importante é a criação de corredores biológicos, que interligam fragmentos de habitat, permitindo, assim, que indivíduos ou sementes “transitem” entre fragmentos. Esse recurso aumenta a área de habitat e permite maior fluxo gênico entre indivíduos de vários fragmentos, diminuindo os endocruzamentos.

Além dessas estratégias, as políticas e ações institucionais que disciplinam o uso dos recursos, apoiadas em legislação e fiscalização, são fundamentais para a proteção da biodiversidade. Como exemplo, temos os acordos internacionais contra a caça e a comercialização de animais silvestres, as leis que limitam o transporte de espécies exóticas (e que se podem tornar invasoras), os zoneamentos para uso das terras, visando à proteção de ecossistemas mais frágeis e fundamentais, como nascentes e rios.

Populações viáveis são populações autossustentáveis por longo tempo no ambiente em que vivem. A População Mínima Viável é a menor população isolada que tenha 99% de chance de continuar existindo por 1.000 anos, mesmo considerando-se os efeitos de catástrofes naturais e a estocasticidade demográfica, genética e ambiental (Shaffer, 1981).