3. Finalizando

Após estudar os protostômios, ao começar o estudo dos vertebrados, estamos passando para a segunda grande linhagem de animais bilaterais, os deuterostômios, entre os quais o maior grupo é o dos cordados Vertebrata. Isso nos dá maior capacidade de estabelecer uma comparação direta com o maior grupo dos protostômios, os Arthropoda. Os fatores principais evocados neste tópico foram o crescimento e alguns elementos adaptativos (que, ainda que parcial e indiretamente, podem ser estendidos a outros animais), usados como indícios de que, após mais de 0,5 bilhão de anos, grupos animais bastante divergentes apresentaram soluções diferentes, mas satisfatórias, em relação às restrições impostas pelo ambiente — restrições seletivas e dinâmicas, que em ambas as linhagens provocaram muitas extinções.

Apesar de esse ser um pequeno grupo de seres vivos (com pouco mais de 60.000 espécies atuais, representando menos de 4% da biodiversidade), não é à toa que recebe grande parte de nossas atenções, e os motivos incluem a sensação de familiaridade e de pertinência (afinal, o homem é um vertebrado - estudando os vertebrados, entendemos nossa história), identificação de linguagem corporal e apelo sentimental (é intuitivo para nós percebermos quando um cão está com medo), muitas espécies são estruturadoras de ecossistemas, facilidade de fossilização, animais de tamanho avantajado, várias espécies-bandeira, dentre outros.

O sucesso evolutivo dos vertebrados é bastante significativo, e continuaremos analisando o contexto histórico pelo qual ele se estabeleceu no próximo tópico.


Figura 4.9 Lobo cinzento (Canis lupus) é o maior membro sobrevivente da família Canidae devido, por exemplo, à sua capacidade de adaptação à sazonalidade ambiental. É encontrado na Eurásia, Norte da África e América do Norte.
Fonte: Thinkstock