2.4 Caatinga

Apesar de ser negligenciada nos estudos das áreas naturais brasileiras, a Caatinga possui uma maior extensão que o Pantanal e os Pampas! Ela ocupa a porção do semiárido brasileiro, em estados como Piauí, Ceará e Paraíba.

 


Figura 6.13: Esquema da Caatinga com alguns exemplares da fauna e flora características.
Fonte: Extraído de POR et al, 2005.

A comunidade que vive nesse bioma está adaptada a uma estação prolongada de seca cortada por chuvas imprevisíveis e temperaturas muito elevadas. Os rios e riachos são, em sua maioria, intermitentes, sem contar o rio mais famoso, o São Francisco. O rio São Francisco é o terceiro maior do Brasil, e é alimentado por águas provenientes de zonas fora das regiões do semi-árido, vindas dos Cerrados brasileiros.

Leia aqui sobre a discussão em torno da transposição do rio São Francisco.

Curiosidades: aproximadamente 70% das chuvas anuais da Caatinga caem durante apenas 90 dias! A temperatura nessas regiões chega em torno dos 40ºC nos meses de verão.

A flora é mais rica que a fauna, e é adaptada a essas condições extremas. As árvores possuem adaptações ao clima seco, como tamanho pequeno e perda das folhas. Também encontramos espécies tradicionais de locais desérticos, como as cactáceas. Devido às situações extremas, muitas espécies vegetais da Caatinga são endêmicas. Entretanto, acredita-se que não haja nenhum mamífero endêmico nessa região. Há uma região de transição entre a Caatinga e a Mata Atlântica que é mais rica em espécies, chamada de “agreste”.

Por ser uma região de difícil desenvolvimento para a agricultura e que apresenta inúmeros desafios à própria sobrevivência humana, as áreas da Caatinga não foram tão devastadas como as dos outros biomas brasileiros.