2.2 Cerrado

Você acertou quando pensou no segundo maior bioma do Brasil? Pois é, o Cerrado! Apesar de ocupar uma área que corresponde a apenas 1/3 do total da área encoberta pela Floresta Amazônica, o Cerrado ocupa a maior parte da Região Centro-Oeste do país. E parte do nosso estado de São Paulo também.

 


Figura 6.3: Esquema do Cerrado com alguns exemplares da fauna e flora características.
Fonte: Extraído de POR et al, 2005
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Curiosidades: o Cerrado possui pouquíssimas espécies endêmicas (menos de 15%). Apesar de ser uma savana, podemos perceber as diferenças entre esse bioma e as savanas africanas que vemos na mídia: enquanto na África encontramos os grandes mamíferos herbívoros, nos Cerrados, a grande maioria dos animais não pesa mais do que 5kg!

O Cerrado é um tipo de savana (lembrem-se das savanas africanas), uma região onde as estações chuvosas e a seca são bem delimitadas. Além disso, o alumínio presente e a baixa produtividade dos solos contribuem também e são determinantes para a ocorrência do Cerrado. A fisionomia desse bioma é bem aberta, com uma mistura de bosques e campos alternando-se, dependendo dos nutrientes do solo e da disponibilidade de água do local, entre outros fatores. (Figura 6.4).


Figura 6.4: Esquema linear mostrando as diferentes fisionomias do Cerrado, do campo limpo até o cerradão (uma mata fechada).
Fonte: Extraído de POR et al, 2005 apud COUTINHO
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Para sobreviver à estação mais seca, as plantas do Cerrado possuem adaptações, como os caules tortuosos, troncos com casca grossa e extensas raízes, que podem chegar a mais de 20 metros de profundidade! Por isso, também se diz que o Cerrado é como uma “floresta invertida” (já que as árvores não são altas, mas possuem raízes profundas, ao contrário das árvores das florestas tropicais).


Figura 6.5: As árvores típicas do Cerrado na região da Grande São Paulo.
Fonte: Fotografia de Ana Luisa Mengardo.

Figura 6.6: As veredas, áreas permanentemente alagadas do Cerrado, com presença da palmeira buriti (Mauritia flexuosa) e do capim-dourado (Syngonanthus nitens), na região do Jalapão (Tocantins).
Fonte: Fotografia de Ana Luisa Mengardo.

Atualmente grande parte do Cerrado já foi devastada, principalmente para o cultivo da cana- de-açúcar, da soja e da criação extensiva do gado.