Tradução gênica


A síntese de proteína significa, na verdade, “o que estava informado no gene”, ou seja, é a tradução gênica (Animação 1 / Vídeo 1). Desse processo, participam entre outros um ribossomo, um RNAm, vários RNAt, vários aminoácidos e diferentes enzimas.

Um ribossomo se encaixa em uma extremidade da molécula de RNAm e “caminha” até a outra extremidade. A cada etapa desse caminhar, diferentes moléculas de RNAt vão alinhando os aminoácidos segundo a sequência de códons do RNAm. Cada molécula de RNAt, em uma de suas extremidades, possui uma trinca de bases nitrogenadas, denominada anticódon, a qual é complementar a um determinado códon presente na molécula de RNAm; na outra extremidade, cada RNAt se liga a um aminoácido que será transportado até os ribossomos.

A informação contida na sequência de bases nitrogenadas do RNAm vai sendo traduzida em uma sequência de aminoácidos na proteína recém-sintetizada. Um segundo ribossomo pode se encaixar no mesmo RNAm, à medida que o primeiro ribossomo “caminha”. Em seguida, um terceiro, um quarto e assim por diante se encaixam, formando um conjunto de ribossomos que traduzem um mesmo RNAm, o qual é denominado polirribossomo.

Ao final do processo, várias cadeias polipeptídicas do mesmo tipo podem ser formadas a partir de uma mesma molécula de RNAm. A tradução gênica se inicia com um RNAt específico, cujo anticódon é UAC, que reconhece o primeiro códon AUG do RNAm denominado códon de início de tradução. A síntese de uma cadeia polipeptídica termina quando o ribossomo chega a um dos três códons “pare”, que não codificam aminoácidos e são denominados códons de parada.

Vídeo 1: Tradução gênica: esquema do processo de tradução e síntese de proteínas nos ribossomos.