10. Os filamentos intermediários

Os chamados filamentos intermediários, com cerca de 10 nm de diâmetro, são normalmente considerados como os componentes mais estáveis do citoesqueleto. Não são polímeros de proteínas globulares como nos casos anteriores mas sim de proteínas fibrosas trançadas, semelhantes a cabos de aço (Fig. 18). Possuindo uma composição protéica heterogênea, os filamentos intermediários são particularmente proeminentes em células, ou regiões celulares, sujeitas a tensões mecânicas (Fig. 19).

Micrografia de filamentos intermediários isolados e esquema de formação de um filamento intermediário (A-E)
Figura 18: Micrografia de filamentos intermediários isolados e esquema de formação de um filamento intermediário (A-E).

Fonte: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. - Molecular Biology of the Cell. 5th Edition, New York, Garland, 2008.

Assim, nas células epiteliais, uma classe de filamentos intermediários, formados por queratina, uma proteína extremamente resistente (que constituem as unhas e o cabelo no homem, por exemplo) forma uma rede que se estende por toda a célula, se utilizando dos desmossomos como sítios de ancoragem. Os neurofilamentos, outro tipo de filamento intermediário, são encontrados ao longo dos processos celulares de neurônios, contribuindo para sua estabilidade estrutural. Ao contrário dos outros elementos do citoesqueleto, os filamentos intermediários não estão comprometidos diretamente com movimentos celulares.

Esquema mostrando o papel dos filamentos intermediários na resistência de epitélios à tração
Figura 19: Esquema mostrando o papel dos filamentos intermediários na resistência de epitélios à tração.

Fonte: ALBERTS, B.; BRAY, O.; HOPKIN, K., JOHNSON A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K. & WALTER, P. Fundamentos da Biologia Celular. 2a. edição. Porto