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Seu objetivo é oferecer uma reflexão sobre temáticas relevantes para a compreensão da história das artes no continente africano, construindo uma perspectiva crítica e sistematizada. Nos encontros que teremos em História da Arte Africana (EHA-5712) neste primeiro semestre de 2021, pretendemos criar possibilidades de discussões e de pesquisa com foco nos entrelaçamentos entre artes - como instituição e campo acadêmico, práticas criativas de trajetórias de artistas e de comunidades -, e sua base/matéria/suporte. Na tensão das artesanias de arte, indagamos afastamentos e proximidades que diferentes sistemas de tessitura de sentido estabelecem entre artes e seus feitios, considerando temporalidades diferenciadas a partir do presente.
Além de espaços de explicitação de linguagens múltiplas do contemporâneo mundi-localizado e enunciações existenciais do cotidiano (a exemplo de Festivais culturais e redefinições de museus e feiras), buscamos discutir técnicas e estratégias de criação, produção e investimentos (de inovação, renovação e de sobrevivência), para abrir horizontes a manifestações artísticas que estão alimentando processos criativos em África nesse momento atual. Ou seja, para fazermos pontes e conexões a fim de que o novo e as releituras das permanências se apresentem para nós.
Realçamos:
- o pensamento artístico está igualmente na transmissão e aperfeiçoamento (receber, transformar e passar a diante) do conhecimento, conectado com presente, futuro e passado (sendo, portanto, tecelagem da história) e modos de vida;
- a criação artística e a construção de identidades como intrinsecamente conectadas entre si e ao meio ambiente como corpo-conexão;
- a organização rizomática de arte e/com/de tecnologias presentes na arte africana atual (fotografia, redes sociais, cinema etc.);
- o borramento dos campos de linguagens artísticas, mantidas separadas no ocidente, por não operar dentro de classificações estanques de expressão artística.
- a co-presença de coisa e seres (como campo simultaneamente, complementar, concorrente e antagônico), humanos e alterhumanos com subjetividades conectadas em biosfera comum e relação com materiais-naturais.
- os objetos (feitos) contam e participam continuamente da construção da história e das artes, formando campo de atenção metodologicamente denso. Esse debate nos remete, também, aos processos África-Europa-América do Norte, formação de museus, circulação de objetos e os embates sobre restituição.
Nossa preocupação tem uma postura ética epistemológica que implica o constante exercício de (re)definir quem, para quem, onde, quando como guia de olhar expressões estéticas e éticas em/sobre África.
- Docente: Denise Dias Barros
- Docente: dilma de melo silva