Programação
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ENDEREÇO PARA ENTREGA DAS RESENHAS: trabalhodecontemporanea2@gmail.com
0 - Apresentação
1 - A era do imperialismo: Teorias e Debates sobre o Capital Monopolista, Capital Financeiro e Exportação de Capital
2 - A guerra imperialista (1914-1918) e as revoluções na Rússia e Alemanha
3 – A Revolução Russa de 1917 e a Economia Planificada como matriz alternativa ao mercado
4 - Da prosperidade à Crise de 1929: a revolução espanhola e os capitalismos tardios
5 - Fascismos e a Segunda Guerra Mundial
6 - O Desenvolvimento Capitalista nos “Trinta Anos Gloriosos” (1945-1975)
7 - Da revolução chinesa à revolução cultural
8 – Entre a revolução cubana e o Maio de 1968
9 - Os Processos de Descolonização e a revolução dos Cravos
10 – A Desagregação do Império Otomano e a Formação do Oriente Médio
Contemporâneo
11 - Da crise de 1971 à queda da URSS: Globalização e conflitos contemporâneos
Textos indicados para leitura preparatória às aulas:
1 - A crise de 1893 e a era do imperialismo
BUKHARIN, Nikolai. “A economia mundial e o estado nacional”. IN: A economia mundial e o imperialismo. Esboço econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1986. pp. 95-100.
BOTTOMORE, Tom. “Notas introdutórias”. IN: HILFERDING, Rudolf. O capital financeiro. São Paulo: Nova Cultural, 1985.
* HOBSBAWM, Eric. “Uma economia mudando de marcha” e “A era dos impérios”. IN: ______. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. pp. 57-124
COGGIOLA, Osvaldo. “Século XIX do auge à crise”. IN: ______. As grandes depressões 1873-1896 e 1929-1939: fundamentos econômicos, consequências geopolíticas e lições para o presente. São Paulo: Alameda, 2009. pp. 71-132.
LÊNIN, Vladimir. Imperialismo, fase superior do capitalismo. Brasília: Nova Palavra, 2007. pp. 129-151.
2 – A guerra imperialista (1914-1918) e as revoluções na Rússia e Alemanha
* HOBSBAWM, Eric. “Da paz à guerra”. IN: ______. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. pp. 417-451.
MACKENZIE, Norman. Breve História do socialismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. pp. 99-118
WALDENBERG, Mark. “A estratégia política da social-democracia alemã”. IN: HOBSBAWM, Eric (org.). História do marxismo, vol 2, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. pp. 223-255.
BARRACLOUGH, Geoffrey. “O desafio ideológico – o impacto da teoria comunista e do exemplo soviético”. IN: ______. Introdução à História contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1973. pp. 181-210.
* LOUREIRO, Isabel. “Revolução de 1918-1919: a fase moderada”. IN:______. A revolução alemã (1918-1923). São Paulo: Editora Unesp, 2006. pp. 41-75.
3 – A União Soviética e o início da planificação econômica socialista
* TROTSKY, Leon. “Peculiaridades do desenvolvimento da Rússia”. IN: ______. História da revolução russa. Parte Um – A queda do tsarismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. pp. 23-33 e 385-391.
* CARR, Edward. A revolução Russa de Lênin a Stálin (1917-1929). Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. pp. 122-130
ARRIZABALO, Xabier. Capitalismo y economia mundial. Madrid: IME-Arcis-UdeC, 2004. pp. 245-275.
PREOBRAJENSKY, Eugênio. A nova econômica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. pp. 167-253.
4 - Da prosperidade à Crise de 1929: a revolução espanhola e os capitalismos tardios
* BROUÉ, Pierre. Revolução Espanhola. São Paulo: Editora Perspectiva, 1992. pp. 114-131.
BEEVOR, Antony. La guerra civil española. Barcelona: Booket, 2011. pp. 409-427.
Revista Caracol (Departamento de Letras – FFLCH/USP), n. 11 (jan-jun de 2016), “Dossiê 80 anos da Guerra Civil Espanhola”: http://www.revistas.usp.br/caracol/issue/view/8885/showToc
HOBSBAWM, Eric. “Rumo ao abismo econômico” e “A queda do liberalismo”. IN: ______. Era dos extremos. O breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. pp. 90-143.
* MARICHAL, Carlos. Nova História das grandes crises financeiras: uma perspectiva global 1873-2008. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2016. pp. 73-115 .
TROTSKY, Leon. O imperialismo e a crise da economia mundial. Textos sobre a crise de 1929. São Paulo: Editora Sundermann, 2008. pp. 97-103.
ARRIZABALO, Xabier. Capitalismo y economia mundial. Madrid: IME-Arcis-UdeC, 2004. pp. 224-236.
5 – Fascismos e a Segunda Guerra Mundial
* HOBSBAWM, Eric. “Contra o inimigo comum”. IN: ______. Era dos extremos. O breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 144-177.
PAYNE, Stanley. El fascismo, Madrid: Alianza Editorial, 2014.
TROTSKY, Leon. “Uma vez mais aonde vai a França”. IN: ______. Aonde vai a França. São Paulo: Ed. Desafio, 1994. pp. 61-93.
6 - O Desenvolvimento Capitalista nos “Trinta Anos Gloriosos” (1945-1975)
* MARICHAL, Carlos. Nova História das grandes crises financeiras: uma perspectiva global 1873-2008. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2016. pp. 117-150.
ARRABAZALO, Xabier. Capitalismo y economia mundial. Madrid: IME-Arcis-UdeC, 2004. pp. 277-336.
CHOMSKY, Noam. Contendo a democracia. São Paulo: Editora Record, 2003. pp. 23-95.
7 - Da revolução chinesa à revolução cultural
* ANDRADE, Everaldo. A revolução chinesa. Maringá: EDUEM, 2016.
ZIZEK, Slavoj. Em defesa das causas perdidas. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011. pp. 167-215
BADIOU, Alain. A última revolução? IN: ______. A hipótese comunista. (Coleção Estado de Sítio). São Paulo: Boitempo Editorial, 2012. pp. 61-96.
SADER, Eder. “Introdução – a cultura de uma revolução”. IN: ______. (org.). Mao Tsé-Tung (Política). São Paulo: Editora Ática, 1982. pp. 7-33.
8 – Entre a mitológica Sierra Maestra e o Maio de 1968: onde estava a classe operária
* FERNANDES, Florestan. Da guerrilha ao socialismo: a revolução cubana. São Paulo: T.A. Queiroz, 1979. pp. 53-95.
ANDRADE, Everaldo. O ano de 1968 na América Latina. (cópia mimeografada). 2008.
RIDENTI, Marcelo. “1968: rebeliões e utopias”. IN: AARÃO REIS, Daniel; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. (orgs.). O século XX. O tempo das dúvidas. Do declínio das utopias às globalizações. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2000. pp. 135-159.
* FUENTES, Carlos. Em 68, Paris, Praga e México. Rio de Janeiro: Rocco, 2005. pp. 7-16.
BARBROOK, Richard. Futuros Imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global. São Paulo: Editora Peirópolis, 2009. pp. 299-338.
9 - Os Processos de Descolonização e a revolução dos Cravos
LINHARES, Maria Yedda. “Descolonização e lutas de libertação nacional”. IN: AARÃO REIS, Daniel; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. (orgs.). O século XX. O tempo das dúvidas. Do declínio das utopias às globalizações. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2000. pp. 37-64.
VISENTINI, Paulo. “Introdução”. IN: ______. As revoluções africanas. Angola, Moçambique e Etiópia. São Paulo: Editora UNESP, 2012. pp. 25-43.
HOBSBAWM, Eric. “O fim dos impérios”. IN: _____. Era dos extremos. O breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. pp. 198-219.
* MARQUES, José. “Herança e memória do colonialismo”. População e Sociedade. Vol. 25. Porto: CEPESE, junho de 2016. pp. 144-159. (http://www.cepesepublicacoes.pt/portal/pt/obras/populacao-e-sociedade-n-o-25/heranca-e-memoria-do-colonialismo)
10 – A Formação do Oriente Médio Contemporâneo
* GRINBERG, Keila. “O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses”. IN: AARÃO REIS, Daniel; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. (orgs.). O século XX. O tempo das dúvidas. Do declínio das utopias às globalizações. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2000. pp. 99-131.
SAID, Edward. “A fase mais recente”. IN: ______. Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. pp. 289-332; 350-353.
COGGIOLA, Osvaldo. “A crise do petróleo e os antecedentes da Revolução”, “O fim da dinastia Pahlevi e a Revolução”. IN: ______. A Revolução Iraniana. São Paulo: Editora UNESP, 2008. pp .45-88.
Revista Diálogos (artigos específicos)
11 – Da crise de 1971 à queda da URSS: Globalização e conflitos contemporâneos
ARRIZABALO, Xabier, Capitalismo y economia mundial. Madrid: IME-Arcis-UdeC, 2004. pp. 543-580.
* MARTINS, Carlos Eduardo. “A globalização e a crise do moderno sistema mundial”. IN: ______. Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina. São Paulo: Boitempo, 2011. pp. 113-168.
MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. A reunificação alemã. Do ideal socialista ao socialismo real. São Paulo: Editora Unesp, 2009. pp. 141-204.
ARRIGHI, Giovanni. Adam Smith em Pequim – origens e fundamentos do século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008. pp. 358-382.
SIZE, Pierre. Dicionário da Globalização – a economia de A a Z. Florianópolis: IBERT, 1997. pp. 23-84.
Bibliografia:
Práticas de ensino de História:
Bittencourt, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.
Fonseca, Thaís Nívea de Lima. História e Ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
Monteiro, Ana Maria, Gasparello, Arlete, Magalhães, Marcelo de Souza (orgs.) Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad/Faperj, 2007.
Geral:
Albuquerque, Eduardo da Motta. Agenda Rosdolsky, Belo Horizonte: ed. UFMG, 2012.
Anderson, P. O fim da história: de Hegel a Fukuyama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1992.
Andrade, Everaldo de Oliveira (org.). Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial, Curitiba: CRV, 2016.
Arantes, Paulo. Zero à esquerda. São Paulo: Conrad, 2004 (coleção Baderna).
Arrigh, Giovani. O longo século XX, São Paulo: Contraponto/Unesp, 2003.
_____________ Adam Smith em Pequim – origens e fundamentos do século XX, São Paulo: Boitempo, 2008.
Arrizabalo M., Xabier. Capitalismo e economia mundial, Madrid: IME (Instituto Marxista de Economia), 2014.
Bandeira, Luiz Alberto Moniz. A reunificação da Alemanha, São Paulo: ed. Uneso, 2009.
Barbosa, Carlos Alberto (org.). Revoluções contemporâneas paradigmáticas, Maringá: ed. UEL/PPH, 2016
Barraclough, Geoffrey, Introdução à História contemporânea, São Paulo: Círculo do Livro, s/d.
Broué, Pierre, A revolução espanhola, São Paulo: Perspectiva, 1992.
Chesneaux Jean. China - A Revolta dos Camponeses (1840-1949). Lisboa, Editora Ulisseia, s/d.
Chomsky, Noam. Contendo a democracia, São Paulo: Record, 2003.
Coggiola, Osvaldo. O capital contra a história. São Paulo: Xamã, 2002.
Frieden, Jeffry A., Capitalismo global, História Econômica e política do século XX, Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Furet, F. O passado de uma ilusão: ensaios sobre a ideia comunista do século XX. São Paulo: Siciliano, 1995.
Godement François, “A China depois de Mao”, in Hobsbawm, Eric (org), História do Marxismo, v. 11, Rio: paz e terra, 1991.
Gorbachev, Mikhail. Perestroika, 22ª ed., São Paulo: Best Selles, 1988.
Hobsbawm, Eric J.. A Era dos Extremos. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005, 11º ed.
Hobsbawm, Eric J.. Nações e Nacionalismo desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
Jamenson, Fredric. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 2002.
Kurz, R. O colapso da modernização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Marx, Karl. O capital, São Paulo: Abril cultural, 1984.
Martins, Carlos Eduardo. Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina, São Paulo: Boitempo, 2011.
Negri, T. Cinco lições sobre Império. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
Pedrosa, Mário. A Opção imperialista, Rio de Janeiro: civilização brasileira, 1966.
Pirrene, Henri. Lembranças do cativeiro na Alemanha, São Paulo: Edusp, 2015.
Polanyi, Karl. A grande transformação, Rio de Janeiro: Campus, 2012.
Poulantzas, Nicos. A crise das ditaduras: Portugal, Grécia e Espanha, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
Russel, Bertrand, Crimes de guerra no Vietnã, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
Schnaiderman, Boris. Caderno Italiano, São Paulo: Perpspectiva, 2015.
Sokol, Markus. Revolução e contra-revolução no país de Outubro, Florianópolis: ed. Letras Contemporâneas, 1988.
Trotsky, Leon. A revolução traída, São Paulo: Sundermann, 2005.
___________ O imperialismo e a crise da economia mundial, São Paulo: Sundermann, 2008.
Varoufakis, Yanis. O minotauro global, São Paulo: Autonomia literária e fundação Perseu Abramo, 2016.
Visentini, Paulo Fagundes. As revoluções africanas, São Paulo: Unesp, 2012.
Wolf. Eric R. Guerras Camponesas do Século XX. São Paulo, Global Editora, 1984.
Zizek, Slavoj. Em defesa das causas perdidas, São Paulo: Boitempo, 2011.
História da África contemporânea:CUNHA, Anabela. “Processo dos 50”: memórias da luta clandestina pela independência de Angola. Revista Angolana de Sociologia. Vol. VIII, 87-96, 2011.DÁVILA, Jerry. Hotel Trópico: O Brasil e o desafio da descolonização africana 1950-1980. São Paulo: Paz e Terra, 2011.MATEUS, Dalila Cabral; MATEUS, Álvaro. Guerra colonial: causas e consequências. 4º ed. Lisboa: Texto Editores, Lda. 2015.PARADA, Maurício; MEIHY, Murilo Sebe Bom; MATTOS, Pablo de Oliveira de. História da África Contemporânea. Rio de Janeiro: Ed. PUC RIO: Pallas, 2013.RATO, Maria Helena da Cunha. O colonialismo português, fator de subdesenvolvimento nacional. Análise Social. Lisboa. Vol. XIX, 1121-1129, 1983.SILVA, A. E. Duarte. O litígio entre Portugal e a ONU (1960-1974). Análise Social. Lisboa. Vol. XXX, 5-50, 1995.TELO, António José. Portugal e a NATO: dos Pirenéus a Angola. Análise Social. Lisboa. Vol. XXX, 947-973, 1995.VIEIRA, Patrícia L. O Império como fetiche no Estado Novo: Feitiço do império e o sortilégio colonial. P: Portuguese cultural studies. 126-144. Spring. 2010VISENTINI, Paulo Fagundes. As Revoluções Africanas. São Paulo: Editora UNESP, 2012.VISENTINI, Paulo Fagundes; RIBEIRO, Luiz Dario Teixeira; PEREIRA, Analúcia Danilevics. História da África e dos Africanos. 3º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.WHEELER, Douglas; PELISSIER, René. História de Angola. 6º ed. Lisboa: Tinta de China, 2016.-
Resenha de livro Tarefa
Livros sugeridos para resenhas:
Henri Pirrene, Lembranças do cativeiro na Alemanha.
Henri Pirenne (1862-1935), professor titular de história medieval da Universidade de Gand, foi deportado para a Alemanha em 1916, com seu colega, o professor Paul Fredericq, e mantido em cativeiro até a assinatura do armistício em 1918. Lembranças do Cativeiro na Alemanhafoi publicado originalmente na Revue des Deux Mondes e descreve a prisão de seu autor e a sua experiência como prisioneiro, bem como as suas observações e reflexões sobre os alemães, o que nos permite reviver muitos dos fatos ocorridos no país durante a Primeira Guerra. No texto, destaca-se a visão do historiador, que soube observar a realidade complexa de seu tempo para além dos livros, perscrutando-a atentamente, conversando com os prisioneiros oriundos de diferentes países, captando seus preconceitos, esperanças e incertezas, e muitas vezes reconsiderando seus próprios pontos de vista.
Leon Trotski, Minha Vida.Autobiografia de Leon Trotsky, uma das principais lideranças da Revolução Russa de 1917, líder do Exército Vermelho e fundador da IV Internacional. Uma obra politica em seu tempo, mas que se integrou ao patrimônio da literatura universal pelas suas qualidades narrativas e analíticas.
André Breton, Nadja.
Quatro anos após o lançamento de seu Manifesto do Surrealismo, que marca o surgimento desse movimento, André Breton publicou, em 1928, Nadja, como resultado imediato dos princípios que constituíram a base do Surrealismo. No entanto, Nadja supera amplamente todas as limitações circunstanciais do movimento e sobrevive desde seu aparecimento não apenas como uma das obras mais representativas do Surrealismo e uma das poucas em que este logrou produziu um grande texto, mas sobretudo como um dos romances mais belos, mais instingantes e mais poeticamente inspirados que vieram à luz do século XX.
George Orwell, Lutando na Espanha
Pela primeira vez, o livro 'Homenagem à Catalunha', (Conhecido no Brasil como o título de 'Lutando na Espanha'), do romancista e ensaísta inglês George Orwell, é traduzido segundo o texto modificado pelo próprio escritor pouco antes de morrer. E além de nova tradução, de Recordando a Guerra Civil Espanhola, seu segundo trabalho fundamental sobre o tema, foram selecionados mais 25 textos de Orwell para compor o presente volume, que complementam, problematizam ou mesmo alteram as interpretações e posições ideológicas presentes nos seus escritos anteriores. Entre cartas, depoimentos para a grande imprensa ou diversas resenhas críticas da historiografia sobre a guerra e a Espanha, vai-se delineando a importância que a guerra civil espanhola teve para os destinos do autor, das obras que escreveu e de sua história editorial.
José Saramago, O ano da morte de Ricardo Reis
Um tempo múltiplo. Labiríntico. As histórias das sociedades humanas. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro de 1935. Fica até Setembro de 1936. Uma personagem vinda de uma outra ficção, a da heteronímia de Fernando Pessoa. E um movimento inverso, logo a começar: "Aqui onde o mar se acaba e a terra principia"; o virar ao contrário o verso de Camões: "Onde a terra acaba e o mar começa". Em Camões, o movimento é da terra para o mar; no livro de Saramago temos Ricardo Reis a regressar a Portugal por mar. É substituído o movimento épico da partida. Mais uma vez, a história na escrita de Saramago. E as relações entre a vida e a morte. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro e Fernando Pessoa morreu a 30 de Novembro. Ricardo Reis visita-o ao cemitério. Um tempo complexo. O fascismo consolida-se em Portugal.
Boris Schnaiderman, Cadernos italianos.
Acontece, porém, que nós outros, ex-combatentes, temos o dever de vir a público, sempre que possível, e prestar nosso depoimento em face da incompreensão generalizada em relação ao nosso desempenho na Itália. Que se afirme tratar-se de um setor de combate relativamente secundário, se pensarmos na Frente Russa ou no desembarque na Normandia, tudo bem, nada a objetar. Mas não pensar um pouco sequer no sacrifício de tantos jovens e no que isto significou na vida de cada um é um verdadeiro absurdo.
Primo Levi, A trégua.
Primo Levi (Turim, 1919-87) inscreveu seu nome entre os maiores escritores do século XX, a partir da experiência de prisioneiro e sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz. Sua prosa literária tem a força expressiva das narrativas em que a voz da testemunha alia-se ao trabalho da memória e da recriação da vida nos limites máximos da dor e da destruição.
A trégua narra a longa e incrível viagem de volta para casa depois da liberação de Auschwitz e do fim da guerra. Numa Europa semidestruída, o autor e vários companheiros de estrada viajam sem destino pelo Leste até a URSS, premidos entre as ruínas da maior de todas as guerras e o absurdo da burocracia dos vencedores.Everaldo de Oliveira Andrade (org.), Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial afetou o conjunto da humanidade com um poder de destruição inimaginável até então. Ela precipitou a civilização nos limites da barbárie, cujos exemplos mais brutais foram certamente o assassinato metódico e em escala industrial de milhões de seres humanos nos campos de extermínio nazistas e o lançamento das duas bombas atômicas sobre o Japão dizimando milhares de seres humanos em poucos segundos. O pano de fundo da barbárie era produto direto das disputas interimperialistas entre as grandes economias capitalistas por mercados mundiais, que se aprofundava durante a década de 1930. O conflito, por outro lado, fez renascer a resistência popular e uma verdadeira onda revolucionária nos seus últimos meses que abalou o coração do capitalismo e provocou uma impossível estabilidade no imediato pós-guerra. A mobilização para a guerra permitiu a muitos governos nacionais, em particular o brasileiro dirigido por Getúlio Vargas, aprofundar inicialmente seus traços mais conservadores e ditatoriais. As estruturas de controle político e ideológico foram reforçadas em diferentes níveis do aparato repressivo do estado brasileiro. Essas políticas repressivas muitas vezes se deram ao lado dos apelos pela união nacional buscando anular a luta de classes e as reivindicações das camadas trabalhadoras que eram diretamente penalizadas pelos efeitos do conflito. Da mesma forma, em um nível mais amplo, os Estados Unidos se aproveitaram do conflito mundial para consolidar sua implantação econômica e ideológica na América Latina com novos espaços às grandes corporações estadunidenses, bem como uma profunda e perene influência cultural e ideológica como até então não ocorrera. Esses e outros resultados menos perceptíveis foram sentidos nos anos imediatamente seguintes ao conflito em todos os países da América Latina.
Karl Polanyi, A grande transformação.
Analisa, minuciosa e criativamente, a formação da economia capitalista de mercado. Desvenda os processos através dos quais o mercado separou-se das demais instituições sociais, até se tornar uma esfera autônoma, "auto-regulável", que pretende dominar o resto da sociedade pela transformação do trabalho, da terra e do dinheiro em mercadoria. Integrando contribuições da História, da Antropologia e da Economia Política, este livro é um trabalho magistral, constituindo-se em leitura indispensável par a todos os interessados em Ciências Sociais.
Carlos Alberto Sampaio Barbosa (org.), As revoluções contemporâneas paradigmáticas.
Este livro analisa seis revoluções que mudaram o mundo, tanto do ponto de vista da política como da organização social e revolucionária. Os leitores poderão revistar a comuna de Paris, as revoluções russa, mexicana, chinesa e cubana, além do ideário revolucionário durante a guerra civil espanhola.
Bertrand Russel, Crimes de guerra no Vietnã.
Iluminado pela coragem lúcida de Bertrand Russel, este livro coloca diante da nossa consciência um dos momentos históricos que mais desonram a existência humana no século XX. O racismo do Ocidente, sobretudo o dos EUA, criou uma atmosfera tal que se torna extremamente difícil deixar clara a responsabilidade da "América" em relação a problemas que se asseguram "internos" aos países subdesenvolvidos. As atrocidades brutais cometidas pelos EUA no Vietnã são documentadas e denunciadas aqui. Os argumentos que tentam defender tais atos são os mesmos utilizados para a defesa da "civilização cristã ocidental".
Alejo Carpentier, A sagração da primavera
Alejo Carpentier é um dos escritores mais importantes de todos os tempos. O não-Nobel mais polémico de sempre!
O conhecido ballet de Stravinski A Sagração da Primavera, com os seus motivos de morte e renascimento como ritos de passagem da natureza, dá título a uma das mais ambiciosas obras literárias de Alejo Carpentier (1904 – 1980), cuja trama gira em torno de dois personagens: Vera, bailarina russa que fugiu do seu país após os acontecimentos de 1917, que atua na companhia de Diaghilev, e Enrique, membro de uma família cubana endinheirada, que, por sua militância contra a ditadura de Gerardo Machado, se vê obrigado a exilar-se no Paris boémio dos anos 30. Uma obra na qual o autor aprofunda alguns dos mais destacados acontecimentos sociais e políticos do século XX, desde a guerra civil espanhola até à revolução cubana, refletindo-se nela o processo de iniciação artística de Carpentier e onde se exalta o vigor colossal das forças da arte e da revolução para renovar e rejuvenescer os processos históricos.Edward Said, Orientalismo
Nas palavras do romancista Milton Hatoum, Orientalismo é “um ensaio erudito sobre um tema fascinante”: como uma civilização fabrica ficções para entender as diversas culturas a seu redor. Para entender e para dominar. Neste livro de 1978, um clássico dos estudos culturais, Edward W. Said mostra que o “Oriente” não é um nome geográfico entre outros, mas uma invenção cultural e política do “Ocidente” que reúne as várias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e da inferioridade. Recorrendo a fontes e textos diversos — descrições de viagens, tratados filológicos, poemas e peças, teses e gramáticas —, Said mostra os vínculos estreitos que uniram a construção dos impérios e a acumulação de um fantástico e problemático acervo de saberes e certezas européias. A investigação da origem e dos caminhos do Orientalismo como disciplina acadêmica, gosto literário e mentalidade dominadora,vai e volta do século XVIII aos dias de hoje, das traduções das Mil e uma noites à construção do canal de Suez, das viagens de Flaubert e “Lawrence da Arábia” às aventuras guerreiras de Napoleão no Egito ou dos Estados Unidos no golfo Pérsico.Um livro fascinante e indispensável.
Mumia Abu-Jamal, Ao vivo do corredor da morte.
Quanda a Justiça da Pensilvânia condenou Mumia Abu-Jamal à morte, achou que tinha resolvido um problema. Porém, lá do chamado Corredor da Morte, a voz deste jornalista ganhou maior volume. Mumia tornou-se o repórter transmitindo direto do inferno os abusos cometidos pela polícia e o judiciário. Apesar da escandalosa injustiça que foi seu julgamento , Mumia não usa este livro para fazer apenas a sua própria defesa. Ele parte da idéia que a defesa de uma pessoa tem de ser a defesa de todas as pessoas, mostrando a realidade dos guetos norte-americanos e daquele local onde a justiça institucionalizada perde seu pudor - as prisões. É um livro emocionante que, para os brasileiros, chega a mostrar uma certa ironia - saber que na ''maior democracia do planeta'' a Justiça pode ser tão parecida com a brasileira para julgar um homem negro, pobre e militante de oposição.
Yanis Varoufakis, O minotauro global
Neste livro excepcional, o ex-ministro grego das Finanças no governo do Syriza, Yanis Varoufakis, um dos maiores expoentes antiausteridade na Europa, destrói o mito de que a regulamentação dos bancos é ruim para a saúde econômica. Com rigor e profundidade, ele demonstra como a ganância global do setor financeiro foi a principal causa da última crise econômica. Para ilustrar, Varoufakis recorre à imagem mitológica do Minotauro: uma monstruosidade financeira que não deveria existir e, por tal motivo, vive reclusa em um labirinto, exigindo periódicos sacrifícios dos humanos. Após a bulimia que causou o colapso de 2008 - uma crise pior que a Grande Depressão de 1929 e mais dramática internacionalmente que a crise do petróleo nos anos 1970 –, a besta se reergue levantando junto novas dúvidas: como os principais responsáveis pela crise saíram ainda mais poderosos? O que levou os Estados a torrarem suas reservas e comprometerem seus orçamentos para salvá-los Varoufakis explica com clareza a falência deste complexo sistema que nos jogou na presente crise. E mais do que a identificar o caminho deste processo kafkiano, aponta as saídas para reintroduzir a racionalidade numa ordem econômica altamente irracional, jogando luzes neste labirinto histórico no qual se encontram não apenas os gregos, mas também todo mundo, inclusive os brasileiros.
Observações:
* A ordem dos livros tem um sentido aproximadamente cronológico e temático com o programa das aulas do curso.
* A resenha deve apresentar o livro ao leitor, contextualizar historicamente o momento em que foi redigida e os laços prováveis e possíveis do autor (ou autores) com o tema desenvolvido. Aspectos históricos, teóricos, historiográficos, estéticos e políticos podem ser destacados se forem pertinentes para a compreensão da obra, da sua repercussão ou seus laços com o estudo da história contemporânea.
* As resenhas podem ser redigidas por até duas pessoas. Recomenda-se um texto entre duas e dez páginas (Times new roman, 12, espaço 1,5).
* O envio pode ser realizado por email (trabalhodecontemporanea2@gmail.com) ou postado diretamente nesse espaço de Resenhas.
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Aos interessados está disponível o acesso e informações do Grupo de Estudos "Planificação Econômica e Coletivismo na História".
A relação de textos em discussão e o calendário de encontros encontram-se disponíveis nos links abaixo:
https://gppec2017.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/gp.planificacaoeconomicaecoletivismo.5/about?lst=822148813%3A100021719839297%3A1504124309
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Livro / Leitura obrigatória: "Uma economia mudando de marcha"
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Texto de apoio
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Texto de apoio
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Livro / Leitura obrigatória: "Da paz à guerra"
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Livro / Leitura obrigatória: "Revolução de 1918-1919: a fase moderada"
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Livro / Leitura complementar
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Leitura obrigatória
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Leitura obrigatória
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Livro / Leitura complementar
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Leitura complementar
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Leitura obrigatória
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Textos de apoio
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Livro / Textos de apoio: "Rumo ao abismo econômico” e “A queda do liberalismo”
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Livro / Leitura complementar
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Livro / Leitura complementar
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Leitura complementar
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Livro / Leitura obrigatória: "Contra o inimigo comum"
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Texto de apoio
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Livro / Leitura complementar
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Livro / Leitura complementar
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Leitura complementar
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RESUMO: O autor discute a posição os trotskistas sobre a 2ª Guerra Mundial e qual caracterização deveriam dar à União Soviética, em função da nova situação mundial.
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Leitura obrigatória
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Texto de apoio
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Leitura obrigatória
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Texto de apoio
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Texto de apoio
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Texto de apoio
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Leitura obrigatória
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Leitura obrigatória
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Texto de apoio
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Texto de apoio
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Leitura obrigatória
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Livro / Texto de apoio: "O fim dos impérios"
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Leitura obrigatória
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Texto de apoio
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Textos de apoio
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Texto de apoio
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Livro / Texto complementar
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Acesso endereço da revista Malala:
http://www.revistas.usp.br/malala
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Texto de apoio
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Texto de apoio
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Livro O colapso da modernização
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Não esquecer de baixar a legenda e executar o filme com o player que reconheça (VLC Player por exemplo)