Programação
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BIBLIOGRAFIA:
BERRY, Wallace. Structural functions in music. New York: Dover, 1987.
DE LA MOTTE, Diether. Armonía. Barcelona: Idea Books, 2006.
HARRISON, Daniel. “Supplement to the Theory of Augmented-Sixth Chords”. In: Music Theory Spectrum, v. 17, n. 2, pp. 170-195, Autumn, 1995.
JANNERY, Arthur. Workbook for PISTON/DeVOTO Harmony. 5th ed. New York and London: Norton, 1987.
MENEZES, Flo. Apoteose de Schoenberg. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
PISTON, Walter. Armonía. Cooper City, Fl: Span Press, 1998.
PISTON, Walter. e DeVOTO, Mark. Harmony. 5th ed. New York and London: Norton, 1987.
RATNER, Leonard. Classic music: expression, form and style. London: MacMillan, 1985.
REGER, Max. Modulation. Mineola, NY: Dover, 2014 [1904].
ROSEN, Charles. The classical style: Haydn, Mozart, Beethoven. New York e London: Norton, 1997.
SALZER, Felix. Structural hearing: tonal coherence in music. New York: Dover, 1992.
SCHOENBERG, Arnold. Harmonia [1911]. São Paulo: Editora UNESP, 2001.
SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical [1937-48]. São Paulo: EDUSP, 1993.
SCHOENBERG, Arnold e STEIN, Leonard. Funções estruturais da harmonia. São Paulo: Via Lettera, 2004 [1954].
ZAMACÓIS, Joaquin. Tratado de Armonía. Libro III. Barcelona: Labor, 1982.
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Estrutura do curso
1) Modulação
- Redução harmônica: análise da condução de vozes
- Tipos de modulação: diatônica (acorde pivô), cromática, enarmônica, por uníssono
2) Acordes cromáticos
- Acordes de sexta
- Mediantes cromáticas
- Redução harmônica: análise da condução de vozes
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AVALIAÇÃO
- Seminários: a turma será dividida em grupos, de 4 a 6 alunos, que apresentarão seminários sobre obras específicas a serem analisadas durante o semestre.
- Prova: em 07 de novembro.
- Seminários: a turma será dividida em grupos, de 4 a 6 alunos, que apresentarão seminários sobre obras específicas a serem analisadas durante o semestre.
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O que é modulação?
Padrões típicos na música barroca (forma binária).
Bach: Bourée da suíte para alaúde, c. 1-8. Prelúdio nº1 em Dó Maior do CBT1, c. 1-11. (diatônica em ambos os casos). Prelúdio nº1 em Dó Maior do CBT1, c. 12-21: de Sol M para Fá Maior (cromática); c. 21-35: de Fá Maior para Dó Maior (cromática).
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Seminário grupos 1 e 2
Demonstrar e analisar os processos de modulação em:
Bach: Allemande da suíte nº3 para cello (dó maior)
Bach: Minueto da Suíte Francesa nº2 (dó menor)
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Sonata Clássica (séc. XVIII)
- Áreas temáticas: tonalidade estável, textura instável
- Áreas de transição: tonalidade instável, textura estável
(Rosen, 1998)
Modulação: análise em dois níveis
- modulação na transição: alvo bem definido
- modulação no desenvolvimento: marcha aleatória
(De La Motte, 2006)
Mozart:
- Sonata para piano KV545 (Dó maior), I, c. 12-21; 21-35;
- Sonata para piano KV333 (Sib Maior), I, c. 1-24.
- napolitana (N ou Nap.): geralmente usado em 1ª inversão, pensando no II grau rebaixado (bII6)
- alemã (Ger.): é o único caso em que a resolução no V grau admite o movimento de 5ª paralela.
- francesa (Fr.)
- italiana (It.)
(Piston, 1987, cap. 26 e 27 - 5ª ed. em inglês)
Obs.: há ainda o acorde chamado "sub V", terminologia comum na música popular, que às vezes se confunde com os acordes cromáticos de sexta clássicos. Trata-se de uma dominante com sétima que compartilha o mesmo trítono presente na dominante do tom principal, por enarmonia. É usado como um acorde substituto, em contexto totalmente diferente do uso histórico dos acordes de sexta.
Mozart, Sonata KV332 (Fá maior): há uma passagem com acorde de 6ª Alemã (Ab6# - G).
- Áreas temáticas: tonalidade estável, textura instável
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Grupo 3:
Beethoven: Rondó Op. 51 em Dó maior - trechos modulantes a serem analisados em maior detalhe: c. 1-43; 50-66; 71-79; 87-92; 105-120.
Grupo 4:
Beethoven: Sonata Op.2 nº2 em Lá maior, I (Allegro vivace). Comentar a transição para o 2º tema e desenvolvimento.
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Dia 03/10
Grupo 5
Beethoven: Sonata para piano Op. 31 nº1 em Sol Maior, I (Allegro vivace). Comentar a transição para o 2º tema (exposição e recapitulação) e desenvolvimento.
Grupo 6
Beethoven: Sonata para piano Op. 53 nº1 em Do Maior ("Waldstein"), I (Allegro con brio). Comentar a transição para o 2º tema (exposição e recapitulação) e desenvolvimento.
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Modulação por enarmonia
Obras a serem estudadas:
- Haydn, QC Op. 76/6, II (Fantasia)
- Brahms, Sonata nº3, Fá menor, I
- Chopin, Noturno Op. 9, Sib menor
- Chopin, Mazurka Op. 7, nº3, Fá menor.
- Haydn, QC Op. 76/6, II (Fantasia)
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Modulação por uníssono ou por exclusão/omissão de nota da tríade: trata-se da retirada de nota do acorde (quinta, terça ou a própria fundamental), de modo que o par ou nota restante se torne ambíguo o suficiente para que a inserção de outras notas altere substancialmente o significado tonal do acorde. Ver no livro de De La Motte (2006, pp. 143-4).
O último tipo a ser estudado é o caso da chamada modulação por enharmonia. Veremos alguns casos na música de Chopin e Brahms.
No dia 07 de novembro haverá prova.
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Eis o gabarito da prova.
Os seminários todos foram considerados muito bons e foi dada nota 9,0 (nove) a todos os trabalhos apresentados. Para calcular a média final, some a nota do seminário à da prova, divida por 2. Arredondar para cima, se necessário.