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Introduzir a questão do imaginário natural e construído, por intermédio do suporte visual e escrito. Em particular, o interesse recai sobre a iconografia dos viajantes, especialmente os que percorreram a província/ estado de São Paulo ao longo do século 19. De par com isso, os relatos, quer dos mesmos viajantes ou de outros, que consolidaram versões sobre as paisagens, usos, costumes e formas de trabalho. A partir disso, estudar o circuito de tais relatos (visuais e textuais): produção, circulação e apropriação em muitas variáveis e até mesmo suas contestações.

A disciplina busca contribuir no estudo e aproximação de diferentes fontes para a produção de conhecimento histórico. O valor documental básico se refere à problemática das representações sociais, às possibilidades de compreender o imaginário concebido e não apenas à capacidade de confirmação de traços empíricos, características específicas de determinados espaços físicos, de estruturas arquitetônicas, equipamentos, detalhes de ações, formas de trabalho e convivência etc. Imagens e textos são construções discursivas, que dependem das formas históricas de percepção e de leitura, das linguagens e técnicas disponíveis, dos conceitos e valores vigentes.

Partindo-se da premissa da mudança de entendimento do mundo a partir da Ilustração (século 18) e do forte empenho em catalogar seres animados e inanimados, aliado ao aparecimento dos romantismos como reação aos excessos racionalistas no final daquele mesmo século e de um novo entendimento da natureza, a disciplina se concentra em alguns dos relatos e imagens produzidos por artistas-cientistas-viajantes estrangeiros que percorreram parcela da província/estado de São Paulo ao longo do século 19, e como tais paisagens, edificações, costumes e formas de trabalho foram representadas e divulgadas. Terá como contrapontos as representações produzidas por alguns membros locais e como os mesmos elementos são interpretados, como tais imagens e textos foram apropriados para uma determinada construção histórica, em especial por Afonso d'Escragnolle Taunay, quando diretor do Museu Paulista (1917-1945), tanto em parcela das exposições da instituição como em outros suportes. Por fim, como tais imagens e textos são analisados na contemporaneidade.




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