Programação
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Disciplina ministrada e coordenada pela Professora Dra. Conceição Evaristo.
Sobre: Apresentar a ideia fundante do conceito de Escrevivência, na área da Literatura, desde os primeiros usos do termo. Discutir a ampla utilização do conceito de Escrevivência como suporte teórico para o desenvolvimento de pesquisas e produção crítica em diversas áreas do conhecimento, assim como mote de criação para dança, teatro, etc. que pretendem apresentar o cotidiano de sujeitos e grupos subalternizados em seus processos de resistência. Refletir como o conceito de Escrevivência pode ser utilizado em sala aula, como incentivo para o que aluno/a crie textos escritos, desenhados, pintados, etc sobre ele mesmo e seu entorno. Fomentar pesquisas que sejam capazes de incorporar novos objetos de estudos promovendo uma pluridiversidade no campo acadêmico, aprofundando demandas desde a organização do currículo programático à composição diversificada do quadro de professores.
A disciplina será divida em 4 módulos, 15 encontros no total.Módulo 1: Das africanas e suas descendentes escravizadas: o silêncio que se transforma em voz da coletividade
Módulo 2: Das empregadas domésticas em seus pequenos quartos ampliados pela Escrevivência
Módulo 3: Escrevivência e epistemes afrodiaspóricas
Módulo 4: Escrevivência como rasura de um discurso acadêmico – Quando o “eu-acadêmico” fala de “nós”
⚠️EMENTA COMPLETA AQUI. (Considerar sempre o cronograma das aulas neste documento e no site do IEA)
⚠️LINK SOBRE A DISCIPLINA SITE IEA (Contato sobre a disciplina com a Profa. Dra. Calila das Mercês - calila@usp.br) -
Módulo 1: Das africanas e suas descendentes escravizadas: o silêncio que se transforma em voz da coletividade (Aula 1)
06/03/2023 - Aula 1 (presencial): Apresentação do curso e das pessoas participantes
Descrição: Apresentação do surgimento do termo, “Escrevivência” em pesquisa de Mestrado da escritora Conceição Evaristo, defendida em 1995 na área da literatura e a sua expansão para outras áreas do conhecimento. Escrevivência – a escrita de nós: aproximações e distanciamentos dos modos de escrita de si, de autoficção, de escrita narcísica.
Textos suportes para discussão:
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Rio de Janeiro: UFF, 1996. Dissertação de Mestrado.
“O eu que narra – As literaturas de si e a construção do sujeito”, de Jéssica Antunes Ferrara. Revista PHILIA, Filosofia & Arte, Porto Alegre, Vol.1, fevereiro, 2019
“Escrita de si; Genealogia”, de Bruno Lima Oliveira. Revista Virtual de Letras. V07, nº1, jan/julho, 2015.
Escrevivência: a escrita de nós – Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo,(org) Constância Lima Duarte e Isabella Rosado Nunes, São Paulo/Rio de Janeiro, Itaú Social/Mina, 2020.
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Módulo 1: Das africanas e suas descendentes escravizadas: o silêncio que se transforma em voz da coletividade (Aula 2)
13/03/2023 - Aula 2 (online): A mãe da prole da Casa-Grande – Lendo Gilberto Freyre em Casa Grande & Senzala
Descrição: A representação da Mãe Preta na Literatura Brasileira em prosa e verso.
Textos suportes para discussão:
Gilberto Freyre. Casa-Grande e Senzala. Capítulos 4 e 5.
Poemas: “A mãe Preta”, Urucungo -Poemas Negros, Raul Bopp, 1932
“A mãe-preta na Literatura Brasileira: a ambiguidade como construção social”, de Rafaela de Andrade Deiab, USP, 2006. Dissertação de Mestrado. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-04092007-123741/pt-br.php. Acesso em 01/11/2022.
“História de acordar casa-grande: a ancestralidade e a metapoesia de Conceição Evaristo” Letícia Nery, Fórum Lit. Bras. Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 13, nº 25, pp. 135-53, jun. 2021.
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Módulo 1: Das africanas e suas descendentes escravizadas: o silêncio que se transforma em voz da coletividade (Aula 3)
20/03/2023 - Aula 3 (online): Nos labirintos do silêncio de Anastácia: um grito de muitas vozes
Descrição: Escrevivência fecundando corpos e mentes de personagens de mulheres negras. Apresentação de um vídeo sobre Anastácia – uma escolha prévia entre os bolsistas definirá uma pessoa para comentar o vídeo, iniciando a discussão.
Textos suportes para discussão:
PEREIRA, Mônica Dias Gualda. Escrava Anastácia: construção de um símbolo e reconstrução da memória e da identidade da Irmandade do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, 2001. UFF. Dissertação de Mestrado. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/17081. Acesso em 31/10/2022 às 20:24.
GUIMARÃES, Geni. Leite do peito. Mazza Edições, 2001.
EVARISTO, Conceição. Dos sorrisos, dos silêncios e das falas. In: SCHNEIDER, Liane; MACHADO, Charliton (Orgs.). Mulheres no Brasil: Resistência, lutas e conquistas. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009.
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Módulo 1: Das africanas e suas descendentes escravizadas: o silêncio que se transforma em voz da coletividade (Aula 4)
27/03/2023 - Aula 4 (online): Encerramento do Módulo 1
Conferência: É possível ler a representação da Mãe Preta na pintura, na fotografia e na música brasileira, como arte da escrevivência?
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03/04/2023 - Aula 5 (online): Ditinha (Becos da Memória), Biliza (Ponciá Vicêncio), Maria e Natalina de (Olhos D’água), Maria do Rosário Imaculada dos Santos (Insubmissas lágrimas de Mulheres) Andina Magnólia (Histórias de Leves enganos e Parecenças), personagens em Escrevivência.
Discussão do filme: Que horas ela Volta? Filme. Dir. Anna Muylaert. Brasil, 2015.
Textos suportes para discussão:
Becos da Memória. Conceição Evaristo. Pallas Editora, 2017. Trechos
Ponciá Vicêncio. Conceição Evaristo. Pallas Editora, 2017. Trechos
Olhos D’água. Conceição Evaristo. Pallas Editora, 2014. Trechos
Insubmissas lágrimas de mulheres. Conceição Evaristo. Ed. Malê, 2016. Trechos
Histórias de leves enganos e parecenças. Conceição Evaristo. Ed. Malê, 2016. Trechos
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10/04/2023 - Aula 6 (presencial): Serão elas solitárias?
Descrição: Leitura e discussão do livro “Solitária”, de Eliana Alves Cruz. Projeção e discussão do filme “Histórias Cruzadas” (Direção Tate Taylor, EUA, 2012).
Texto suporte para discussão:
CRUZ, Eliana Alves. Solitária. Companhia das Letras; 1ª edição, 2022.
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17/04/2023 - Aula 7 (online): Da Escrevivência de Carolina Maria de Jesus e de Preta Rara
Descrição: Lendo o Diário de Bitita – Carolina Maria de Jesus; Eu, empregada doméstica – Preta Rara
Textos suportes para discussão:
RARA, Preta. Eu, empregada doméstica: a senzala moderna é o quartinho da empregada. Ed. Letramento, 2019.
JESUS, Carolina Maria de. O diário de Bitita. Coleção Memória e Sociedade. Ed. Sesi SP, 2014.
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24/04/2023 - Aula 8 (online): Debate
Palestrantes: Eliana Alves Cruz e Preta Rara.
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08/05/2023 - Aula 9 (online): Escrevivência e performance: quando o corpo-voz se inscreve para além do espaço fora do papel
Descrição: Apresentação e discussão de letras de rap.
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18/05/2023 - Aula 10 (online): Escrevivência em diálogos para além das fronteiras nacionais
Descrição: Leitura e discussão de trechos dos livros “Eu sei porque o pássaro canta na Gaiola” (Maya Angelou); “Amada” (Toni Morrison); “Cachorro Velho” (Teresa Cárdenas); “Cartas a uma negra” (Françoise EGA).
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22/05/2023 - Aula 11 (Online) - Apresentação dos seminários (Parte 1/2)
Grupo 1: 14h40-15h10
Grupo 2: 15h20-15h50
Grupo 3: 16h00-16h30
Considerações finais: 16h40
122/05Beatriz Rodrigues Lima beatriz.lima@usp.br Identidades marginalizadas, escrevivência como afirmação de vida e políticas públicasFernanda Jardim de Melo fernandajmelo@usp.br Mari Costa de Chirico mari.costa@usp.br Nayara Gonçalves Del Santo nayaradelsanto@usp.br Flávia Ribeiro flvia.ribeiro@usp.br 222/05Talita Delfino tltdelfino@usp.br Serão elas solitárias?Lucas Scaravelli da Silva scaravellidasilva@usp.br Maria Angélica Chagas Ferreira angelicachagasf@usp.br Susana Alves dos Santos asantosu@usp.br Dário Daniel Artur dariodaniel944@usp.br 322/05Juliane Olivia dos Anjos juliane.anjos@usp.br Escrevivências de Oxum: identidade, infâncias, maternidade e maternagemOluwa Seyi Salles Bento oluwaseyi@usp.br Maria Carolina Casati Digiampietri carolcasati@usp.br -
29/05/2023 - Aula 11 (Presencial) - Apresentação dos seminários (Parte 2/2)
Grupo 1: 14h40-15h10
Grupo 2: 15h20-15h50
Grupo 3: 16h00-16h30
Intervalo: 16h30-16h40
Grupo 4: 16h40-17h10
Considerações finais: 17h10-17h30.
429/05Eduardo Prachedes Queiroz prachedes@usp.br Pessoas negras objetificadas e sua construção enquanto sujeito a partir das EscrevivênciasMaria Rita Taunay Lorenzo Fernandez mariartaunay@usp.br Conrado de Sousa Santos conradodess@usp.br Danielle Ichikura Oliveira danielle.oliveira@usp.br Luana Ferreira de Sousa Bernardo luana.ferreira.bernardo@usp.br 529/05Alessandra Kelly Tavares de Oliveira ale.tavares@usp.br Escrevivência em diálogos para além das fronteiras nacionaisIuri da Silva Gomes iurigomes@usp.br João Mouzart de Oliveira Junior joaomouzart@usp.br Bárbara Rocha de Araújo rdeabarbara@usp.br 629/05Caroline Gomes de Oliveira caroline.oliveira1@usp.br Nos labirintos do silêncio de Anastácia...Flávia Martins de Carvalho flavia.mc@usp.br Simone Gonçalves Santos simonegoncalvesantos@usp.br Taiane Alves de Lima taianealvesdelima@usp.br Jackson Cruz Magalhães jcmagalhaes@usp.br 729/05Maria Paula de Jesus Correa maria.jesus@usp.br Memória, lembranças, esquecimentos: afetos na literatura, fotografia e outras artesMilena Manhães Rodrigues milenamanhaes@usp.br Jaderson Aparecido de Souza jaderson@usp.br Ariadne Catarine dos Santos ariadnevalentim@usp.br Caio Ricardo Faiad da Silva caiofaiad@usp.br -
Módulo 4: Escrevivência como rasura de um discurso acadêmico – Quando o “eu-acadêmico” fala de “nós” (Aula 1)
Módulo 4: Escrevivência como rasura de um discurso acadêmico – Quando o “eu-acadêmico” fala de “nós”
Seminários de apresentação das pesquisas em curso dos integrantes do Grupo de Estudos em Escrevivência, constituído pela titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do IEA-USP.
05/06/2023 - Aula 13 (presencial): Seminário